Oi, meninas!
No post de hoje falarei sobre as maiores culpas que as mães sentem!
Todas nós sabemos que a culpa faz parte da maternidade. É impressionante como todas as mães, em algum momento, sentem ou já sentiram a tal da “culpa”! Uma pesquisa do site Baby Center apontou que, o gritante número de 94% das mães, têm esse tipo de sentimento.
É bem verdade que toda mãe quer o melhor para o seu filho e quer ser perfeita em tudo o que faz. Nós sofremos com os deslizes que acreditamos ter cometido. Mas, às vezes, as coisas saem do nosso controle e do que idealizamos. E, em vez de encarar com naturalidade esses acontecimentos, abrimos brechas para o clássico sentimento de culpa, que não nos dá sossego.
Você pode trabalhar fora o dia todo ou trabalhar em casa o dia inteiro… Toda mãe sente essa aflição, cada uma do seu jeito, cada uma com seu motivo. A verdade é que temos que aprender a nos preocupar menos e a nos concentrar no que mais importa, assim, criaremos filhos mais felizes e seguros!
Tenho certeza de que com alguma das 10 culpas citadas abaixo, vocês se identificarão! Vamos à lista:
1) Culpa por não ficar muito tempo com os filhos!
Essa é a campeã, a número 1! As mães que trabalham fora vivem esse conflito de querer ficar com os filhos e, ao mesmo tempo, não largar a carreira que constuíram até o momento. A verdade é que, com a entrada da mulher no mercado de trabalho, a exigência pela perfeição feminina – agora, também profissional, além de mãe e esposa – levou a esse conflito. Ninguém, porém, é capaz de exercer todas as funções perfeitamente, inclusive as mães – que podem se achar infalíveis, mas não são!
Claro que o imprescindível é educar nossos filhos e fazê-los felizes, mas pesquisas dizem que crianças cujos pais trabalham fora acabam adquirindo uma liberdade maior e, na maioria das vezes, senso de independência e responsabilidade; enquanto muitas crianças superprotegidas não sabem agir diante do mundo.
Eu trabalho em casa e, mesmo assim, tenho uma dificuldade imensa de sair de casa enquanto meus filhos estão acordados! Sei que é exagero da minha parte, também não é o correto, mas a bendita culpa toma conta de mim!!
2) Culpa por se sentir cansada!
Essa é uma culpa eterna… Quando fico cansada (ultimamente tem ocorrido com frequência), me sinto mal por não estar com minha paciência normal, acabo até elevando a voz com meus filhos e depois, fico péssima por ter me alterado por tão pouco! Claro que podemos, sim, perder a paciência, mas temos que tomar cuidado para que não aconteça. Precisamos ser coerentes e prestar muita atenção no cansaço e no nosso limite.
Precisamos nos respeitar e, se o cansaço bater, temos que descansar até voltarmos ao nosso normal. Afinal, somos humanas e temos a maior intenção do mundo em acertar, mas o respeito e a coerência são primordiais na educação e criação dos nosso filhos!
3) Culpa por não ter amamentado tanto quanto gostaria!
Minha experiência com a amamentação foi bastante frustrante. Como já citei diversas vezes aqui, meus filhos nasceram prematuros e ficaram por 35 dias na UTI Neo Natal. Enquanto estavam lá, eu tirava meu leite diversas vezes ao dia no banco de leite do hospital, e este era enviado aos meus filhos que, por um mês, se alimentaram apenas do leite materno. Porém, descobriram lá mesmo, que os dois tinham um refluxo muito forte e que paravam de respirar com o tal do refluxo. Fizemos um teste com uma fórmula AR (anti-refluxo) e meus bebês melhoram consideravelmente, tendo alta em 5 dias! Foi então que tive a notícia que seria melhor para eles eu parar de amamentá-los, porque não poderia correr o risco deles pararem de respirar na minha casa (onde não seriam monitorados). O que fazer diante de uma informação dessas? Optei prezar pela vida e saúde dos meus filhos (não me julguem!). Fiquei arrasada, com culpa, mil coisas… Mas como poderia fazer meus dois pequenos, recém-chegados em casa, correr algum tipo de risco?
Resumo da ópera: as circunstâncias nem sempre são como gostaríamos, às vezes nos vemos em situações que não achávamos que passaríamos e o melhor a fazer, sempre, é o que fará melhor para nossos filhos e não para nós mesmas. Portanto, mamães que não têm leite o suficiente (ou que por algum motivo não podem amamentar), não se sintam culpadas! Deem o melhor de si para que seu filho seja feliz e saudável. E, se conseguir amamentar exclusivamente até o sexto mês, façam isso, porque realmente esse é o melhor dos mundos!
4) Culpa por deixar os filhos comerem besteiras!
Admiro MUITO as mães que não dão nada de “besteiras” para os filhos. Durante a semana, eu tento realmente estabelecer uma alimentação totalmente saudável para meus pequenos, sem doces, sem frituras, com legumes, frutas etc. Porém, quando temos festinhas, ou até mesmo aos finais de semana, não tenho coragem de não deixá-los comer brigadeiro, pipoca, bolo. Realmente é uma fraqueza minha… Não tenho pulso firme o suficiente para isso! E claro que depois fico me sentindo culpada, pensando que não deveria ter deixado, que faz mal, que sou uma péssima mãe, que queria ser igual minhas amigas que só dão orgânicos e nunca deram açúcar para os filhos etc., etc.
5) Culpa por ser muito rígida!
Segundo pesquisas, essa é uma das culpas que as mães mais sentem. Mas, afinal: que mãe não quer que seu filho seja educadíssimo, bem sucedido e respeitoso? A rigidez deve existir, sim, mas ela também precisa de limites! Quando os critérios de avaliação são muito altos, as mães acabam exigindo tanto dos filhos que, praticamente nada está bom o suficiente… E é aí que mora o perigo, quando não é costume parabenizar pelo acerto, mas sim, crucificar pelo erro. Pois dessa forma, com o tempo, os filhos vão desistindo de querer acertar, já que nada é o bastante para os pais e é difícil suportar a frustração quando ela é constante.
Meus dois filhos têm 2 anos e 4 meses, estão nos “terrible twos”. Meu menino praticamente implora por limites e eu estava realmente perdida nas minhas atitudes, pois quando me considero muito rígida com ele, fico me sentindo a pior pessoa do mundo!!
6) Culpa por não comprar coisas que seu filho quer (ou o contrário, por dar presente fora de hora)!
“Os pais que sentem esse tipo culpa geralmente acham que, assim, compensariam a pouca quantidade de tempo que passam com ele. Mas isso não é verdade. A dedicação à criança não pode ser comparada a um presente”, diz Ana Merzel Kernkaut, psicóloga do Hospital Sírio-Libanês. Ela afirma que, na verdade, a culpa deveria ser justamente o contrário: comprar tudo o que ele quer. “Os filhos precisam aprender, desde pequenos, que ninguém possui tudo o que deseja. Eles devem ter limites e aceitar quando o pai diz ‘não'”, afirma a especialista.
Todas sabemos que não é nada fácil passar em frente a uma loja de brinquedos e seu filho implorar por uma daquelas tentações e você negar. Portanto, temos que nos controlar e fazer valer a regra de conter o consumismo em nossos filhos, conversando com eles desde cedo e explicando quando é a hora de ganhar presentes – por exemplo, em datas comemorativas como o Natal e o aniversário.
7) Culpa por deixar o filho com a babá!
Pensem numa cena: seu filho cai e se machuca e você sai correndo para pegá-lo no colo para acalmá-lo. Daí, a babá aparece e seu filho pula para o colo dela… Se a mãe fica fora o dia todo passará mil coisas por sua cabeça: se está sendo muito ausente, se o filho prefere a babá ou se ela não está sendo boa mãe. Culpa por deixar o filho com outra pessoa é inevitável para uma mãe, mas faz parte do mundo atual. E não é nem apenas por este tipo de situação citada acima, temos também a insegurança e incerteza de saber se a babá ou cuidadora está cuidando bem do seu filho, tanto quanto você estaria cuidando.
Eu, que fico a maior parte do tempo com eles, também tenho essa culpa quando não estou em casa. E, para diminuir essa culpa, é essencial que a mãe tenha confiança absoluta na babá, assim como a certeza de que ela está bem preparada para essa função.
8) Culpa por não sentir culpa!
Existem mães que não sentem culpa nenhuma e se questionam por causa disso! Sobre isso, os especialistas dizem: “Há duas explicações: ou você é uma mãe que realmente conseguiu descobrir a melhor maneira de lidar com seus conflitos – e, apesar dos dilemas diários, já não se abala tanto com isso -, ou você está delegando responsabilidades na criação dos filhos a outras pessoas – geralmente, à escola ou à babá. Um exemplo é do que acontece em várias escolas. Há muitos pais que, hoje em dia, cobram dos educadores mais do que deveriam. E isso acontece principalmente com quem tem filhos pequenos, que ainda frequentam berçários. Estes pais costumam achar que, muito do que é função deles, na verdade é papel do professor”, diz Harumi Kaihami, psicóloga do Hospital Israelita Albert Einstein. Nesses casos, vale a mãe refletir sobre seu papel.
Já, sob meu ponto de vista, considero pura segurança! Acho que mães que não sentem culpa devem ser muito bem resolvidas!
9) Culpa por viajar sem os filhos!
Essa é outra culpa que toma conta de mim… Meus filhos têm 2 anos e 4 meses e viajei quatro vezes sem eles. Sendo que, duas delas, foram para o Rio de Janeiro e Foz do Iguaçu, para passar apenas o final de semana. No meio de outubro, viajarei novamente e já estou nervosa. Eu realmente não fico bem! Sofro por antecipação, mil coisas passam pela minha cabeça, medo deles não ficarem bem, medo de acontecer alguma coisa com eles ou comigo e com meu marido. Fico muito culpada de deixá-los por alguns dias.
Sei que é importante sair um pouco e dar atenção para o marido, mas eu tenho uma dificuldade imensa em lidar com isso ainda. Sinto muitas saudades, chego a chorar nas viagens! Mas o bom é que a tecnologia nos ajuda muito e conseguimos falar e ver o rostinho dos nossos pequenos em tempo real! Isso me tranquiliza (estou me enganando na verdade, rsrs!). Outra coisa que ajuda a me acalmar (um pouco) é o fato da minha mãe “se mudar” para a minha casa, assim eles não mudam, nem estranham algum outro ambiente e não saem da rotina!
10) Culpa por não ser uma mãe perfeita!
Quem é a mãe perfeita? Essa mãe que nós queremos ser nem sempre existe ou é possível. A mãe ideal mora no nosso imaginário e é criada desde que somos pequenas e brincamos com as nossas bonecas. Faz parte de um modelo familiar e sóciocultural que herdamos. Para ser uma mãe possível nós precisamos, primeiramente, admitir que não somos perfeitas. Para isso, devemos nos livrar da culpa do que não conseguimos fazer na nossa rotina e precisamos respeitar nossos limites físicos e emocionais.
Todas nós queremos dar o melhor para nossos filhos: o amor incondicional, a melhor educacão, a alimentação correta, queremos que eles tenham respeito pelo próximo, um bom caráter, e mil outras melhores coisas. Todas essas “culpas” vêm do medo de frustrar os filhos, da busca pela perfeição, por tentar alcançar um modelo quase inatingível. Mas a verdade é que todas nós éramos mães perfeitas, até termos nossos filhos!
Fontes: Revista Crescer / Baby Center / Personare / Delas