Vamos falar do tratamento da diástase de reto abdominal e quando uma cirurgia é ou não necessária! E ai, você teve diástase?
Oi Mamães! Quem ai teve que fazer algum tratamento para a diástase de reto abdominal?
Bom, hoje trouxemos a Dra. Larissa Sumodjo – Cirurgiã Plástica – para explicar, principalmente para as mamães de primeira viagem, o que é a diástase de reto abdominal.
Nem sempre essa alteração no abdómen pós-parto requer uma cirurgia, mas venha entender mais detalhes!
Ah, e conta para nós no final do post, se você teve diástase abdominal e como foi!
Você sabe o que é diástase? Essa é uma palavra que muitas mulheres passam a conhecer depois da gravidez.
A parede do nosso abdómen é formada por um músculo longo e achatado que se chama reto, sendo que ele é dividido em ventres.
Durante a gestação, esses ventres vão se abrindo para acomodar o volume do útero que está em crescimento.
Então, é por isso que logo depois do parto a gente sente a barriga tão flácida… Não é só a pele que sobra, nossa musculatura fica flácida depois de ter se afastado, progressivamente, por 9 meses.
Claro que à medida que as semanas e meses vão se passando, a tendência é que ela retorne à sua posição original. A questão é que nem sempre volta completamente, e assim a parede fica fraca e o abdome, abaulado.
Esse afastamento permanente dos ventres desse músculo se chama diástase de reto.
É verdade que a maioria das mulheres que tiveram filhos tem algum grau de diástase.
O grau depende principalmente da genética individual, do número de gestações e do ganho de peso.
Para corrigir essa alteração, o cirurgião plástico reaproxima os ventres musculares em toda sua extensão com pontos. Para isso, é necessária uma incisão que fica na região da cesária.
Agora, nem porque se tem diástase, que uma cirurgia é necessária.
Já recebi algumas mulheres no consultório preocupadas porque fizeram um ultrassom que diagnosticou essa alteração e achavam que precisavam operar. A lógica diz que casos mais severos são cirúrgicos e os mais leves, não.
Mas de forma mais objetiva, vou explicar.
Uma queixa comum depois de gestações é a flacidez excessiva da pele do abdome. Quando ela incomoda, indicamos uma cirurgia que se chama abdominoplastia.
Neste procedimento, além da remoção da pele, fazemos a correção da diástase mesmo que seu grau seja leve. Isso porque é tecnicamente propício e complementa o resultado estético.
Em contrapartida, têm mulheres que podem até ter flacidez cutânea, mas que não justifica uma plástica de abdome – seja pelo fato de ser leve, seja porque não é um ponto de incômodo.
Nesse caso, a necessidade de correção da diástase vem de uma análise da interferência que ela causa.
Isso vai desde um abaulamento discreto durante os esforços, até um afastamento muscular que pode chegar a 10cm causando problemas não só estéticos, mas também funcionais.
Claro que em se tratando de mulheres e suas barrigas, rs, precisamos entender o peso da questão estética.
E nesse ponto, a avaliação da presença de diástase entra na conta, assim como o acúmulo de gordura e a flacidez de pele.
Levando em consideração esses três fatores, fazemos um planejamento cirúrgico individualizado, e que faça sentido para cada mulher.
Por fim, se gostou deste post da Dra. Larissa, aproveite para ler também: “O formato do corpo muda depois da gravidez?” e “A cicatriz da cesárea é um problema sem solução?”.

SOBRE A DRA. LARISSA SUMODJO (CRM124749-SP)
Instagram: @DraLarissaSumodjo
Mãe de dois, é médica Cirurgiã Plástica pela Universidade Federal de São Paulo, e em constante busca de propagar a cirurgia plástica mais consciente!
É membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e ainda é chefe de equipe de reconstrução mamária do programa de filantropia do Hospital Sírio Libanês.