Oi, meninas! Tudo bem?
Na escola do Olavinho conheci uma mãe, a Debora Barbieri, que tem uma empresa de design editorial ( [sic] comunicação) e a convidei para escrever um texto para nosso blog sobre a importância da leitura na vida das crianças e sobre como nos ajudar a escolher um livro ideal para nossos pequenos.
A Debora é mãe do fofo Gabriel!
Espero que gostem…
beijos
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É indiscutível a importância da introdução da leitura logo na primeira infância.
Entre outras coisas, é importante para a inserção da criança no universo das representações, no universo da linguagem, no reconhecimento da identidade de sua cultura, para ampliação de vocabulário, aquisição de senso crítico e criação do hábito de leitura. E saiba que qualquer texto lido para uma criança por um adulto com quem ela tenha um vínculo afetivo será uma experiência boa para ela, promovendo ainda, estreitamento de laços. Por isso, habitue-se a ler para seu pequeno, sempre, mesmo que você não tenha esse hábito. Aliás, esse é um bom momento para criá-lo. Pode ser um livro infantil, um poema, um artigo de revista, uma letra de música, uma historinha de gibi… mas leia!
Agora, falando em livro infantil… você já entrou em uma livraria e se sentiu completamente perdida, sem ter a menor ideia do que comprar? Pois é, bem-vinda ao time!
Nos últimos anos, a literatura infantil brasileira sofreu um boom. Movida principalmente pelos programas de governo, todos os anos são lançados uma infinidade de títulos. E entre eles há muita coisa boa e outras não tão boas. E como saber o que é bom e o que não é?
Primeiro, aqui, vale tudo: livro comum, livro-brinquedo, livro de pano, livro de banho, livro pop-up… quanto maior a diversidade de suportes, melhor (principalmente para os bebês!). Sobre as histórias, o ideal é que não emitam juízos de valor e é bom que o enredo apresente objetos e personagens comuns ao universo infantil. Atente às ilustrações e, novamente, quanto maior for a diversidade, melhor. Não fique apenas na estética “Disney”. Elas vão gostar e compreender aquele desenho cujo traço apenas insinua uma forma ou que, para você, seja meio tortinho e esquisito. Isso vai aprimorar a percepção visual e ampliar o repertório de imagens.
Uma outra técnica que desenvolvi para escolher um bom livro veio de uma conversa que tive com uma amiga (e autora premiada!). Entre um pouco de trabalho e um pouco de café ela me disse “a boa Literatura infantil desperta a criança no adulto, é o que busco para escrever meus livros, buscar a criança em mim”. O que faz todo sentido, afinal, o livro infantil é feito por adultos, para adultos. É o adulto que seleciona, compra e faz a mediação da leitura. Portanto, se uma obra te remeter a alguma lembrança da infância, pode se jogar!
No entanto, tenha em mente que a Literatura também é uma forma de Arte. E assim como as outras Artes, nem sempre é fácil. Afinal, o objetivo da Arte é sensibilizar o receptor de alguma forma, pode ser positiva ou negativamente. Portanto, muitas vezes, exige um esforço não só da criança, mas também do mediador. É necessária uma leitura mais completa, não dá para dissociar texto de imagem. As crianças são bem mais abertas a explorar diversos tipos de imagens do que os adultos e, quanto menores, mais abertas. Por isso, deixe o preconceito de lado. A Chapeuzinho Vermelho “deformada” (CLIQUE AQUI) pode ser bastante instigante e permitir interpretações muito mais legais do que aquela Chapeuzinho loira, óbvia e de traço redondinho.
Bem, mas se esse papo todo é muito subjetivo e se você realmente não quer errar, aí vai uma seleção bem organizada e que pode servir de parâmetro para escolha de outras obras (CLIQUE AQUI).
Debora Barbieri – Mãe do Gabriel, de 2 anos. Formada em Comunicação Social e pós graduação em Design Gráfico. Proprietária da [sic] comunicação que presta serviço de design editorial para editoras nacionais e internacionais.