Hoje viemos desmistificar a Lactogestação, pois sabemos que muitas mães e pais ainda têm muitas dúvidas! Confiram este post!
Oi Mamães e Papais! Vocês já ouviram falar em Lactogestação?
Quem nunca ouviu: “Se você está amamentando, você não engravida. Não se preocupe.”
Bom, esta frase já foi desmistificada há um tempo…mas outras dúvidas e inseguranças seguem surgindo.
Tenho que fazer o desmame abrupto? Existe a chance de aborto?
Então hoje, a nossa colunista Cinthia Calsinski – Enfermeira Obstetra e Consultora de Amamentação – vai entrar nos detalhes!
Ah! Se você passou por isso, conte para nós no final do post sua experiência. Vamos amar saber!
Há algum tempo, quando uma mulher que amamentava se programava para engravidar novamente, recebia a orientação que a primeira coisa a fazer seria desmamar.
Se ela descobrisse uma gestação ainda amamentando era indicado o desmame abrupto, pois se acreditava que a chance de aborto era alta.
O tempo passou, e hoje sabemos mais sobre a lactogestação.
E ainda, mais do que isso: hoje ela é considerada segura na maioria dos casos de risco habitual, ou seja, gestação que transcorre bem, sem intercorrências.
Hoje sabemos que não existem estudos para uma contraindicação definitiva, e as condutas são baseadas em algumas questões como:
#1 As contrações uterinas fazem parte da gestação.
Se esse era o receio em desencadear um aborto ou parto prematuro, sabemos que as contrações estão presentes desde o início da gestação.
O nível de ocitocina – hormônio que ejeta o leite e que também é responsável pela contração uterina – atinge níveis baixos, que não são preocupantes.
#2 As contrações uterinas que podem ocorrer durante a amamentação são similares as que ocorrem durante o ato sexual.
Portanto, uma outra maneira de pensar é: se a mulher em questão pode ter relação sexual, pode seguir amamentando.
Pode acontecer alguns desconfortos, uma vez que as mamas ficam mais sensíveis no início da gestação.
Algumas mulheres relatam dor, e percepção de diminuição na produção.
O sabor é alterado ficando um pouco mais salgado pelo aumento do sódio e potássio na composição do leite, e não é necessário aumentar a alimentação da mulher para dar conta do recado!
Quem se encontra nessa situação precisa de apoio e empatia, para decidir qual caminho deseja seguir, pois ela pode continuar amamentando, pode decidir diminuir a frequência das mamadas ou até mesmo desmamar.
É importante que não se desmame abruptamente, pois pode ser ruim para a criança assim como para a mulher, pois neste tipo de desmame a chance de intercorrências como ingurgitamento, mastites e desconfortos aumenta muito.
Por fim, se você gostou deste texto sobre Lactogestação, aproveite para ler também: “O eterno dilema: mamas cheias vs. mamas vazias” e “Você sabia que existem diferentes tipos de desmame?”