Hoje trouxemos um tema super importante e que 20% das mães sofrem: o Burnout Materno. Entenda os sintomas e as consequências!
Oi Mamães e Papais! Hoje viemos falar novamente sobre o Burnout Materno, pois ele existe e o número de mulheres impactadas é assustador!
Por volta de 20% das mães sofrem disso, então convidamos a nossa colunista, a Dra. Natasha Vogel, para explicar quais os sinais e também, as consequências se não tratado adequadamente.
Ninguém nega que a maternidade e paternidade são papeis super desafiadores – se não o mais desafiador – na vida de uma pessoa.
Ninguém nega também que os últimos dois anos tem sido ainda mais estressante e desgastante por causa do Covid-19. Hoje, empresas como a Zelle, que criou um sistema para melhor comunicação entre os cuidadores das crianças e outras, estão inovando e trazendo ideias incríveis para Mães e Pais!
Venha entender mais sobre o Burnout Materno, ou o Mommy Burnout!
Provavelmente a maternidade é um dos principais eventos na vida de uma mulher, pelo menos foi na minha! Mas o que vem junto com ela?
Junto a maternidade vem a constante busca pela perfeição, pela escolha “certa” para e pelos nossos filhos. Mas, o que não colocamos na balança são as diversas outras funções que como mães ou pais somamos a nossa rotina e as nossas obrigações.
Ninguém leva em consideração o trabalho “invisível”, que é tudo aquilo que envolve a administração de uma casa.
Ou coloca na balança o compromisso com a profissão/carreira ou a manutenção do relacionamento, e esse é um ponto fundamental, pois as vezes o estresse é tão grande que é difícil manter a harmonia e a compreensão.
Somado a tudo, com o nascimento do bebê vem as noites sem dormir, a adaptação com a amamentação, a aprendizagem constante de como cuidar de um bebê.
Mas, esse bebê cresce e novas demandas surgem, desde quando devo colocar na escola, meio-período ou integral, até qual escola devo escolher.
Esses últimos meses foram intensos com a presença de um novo vírus que nos obrigou a ficar em casa, trabalhar de casa e estudar em casa.
Famílias que passavam parte do dia longe, agora foram obrigadas a conviver em alguns metros quadrados e se adaptarem ao que descrevemos como “novo normal”.
Essa foi a oportunidade para alguns fortalecerem os laços familiares, pois puderam passar mais tempo de qualidade com seus filhos, mas, para outros, principalmente durante o home-office e home-schooling, conciliar todas as demandas trouxe à tona esse assunto: o Burnout Parental.
É bem consolidada as diretrizes que descrevem o que esperar dos pais, mas cada vez mais observa-se que a experiência da paternidade também deve ser considerada.
E, para isso, devemos entender e levar em consideração a saúde mental dos pais.
No Burnout Parental observamos duas tendências: por um lado, enfatiza-se a importância do bem-estar dos pais e por outro, o risco que os pais correm quando estão cansados para seus filhos, porque o esgotamento dos pais aumenta a negligência infantil e violência parental.
O estresse na paternidade é super comum, mas quando ele se torna severo e crônico, isso pode dificultar a forma como os pais vão lidar com a situação, e então desencadear o Burnout.
Ele se manifesta com 4 sintomas principais:
A exaustão e cansaço do seu papel de pai. Isso pode ser tão intenso, que os pais perdem o prazer de estar e criar os seus filhos. Algumas vezes não suportam o seu papel e então passam a não se reconhecer como os pais que gostariam de ser.
O esgotamento parental está diretamente relacionado ao aumento de pensamentos de suicídio e escape, que são muito mais frequentes do que no burnout provocado pelo trabalho ou mesmo na depressão.
Pode existir um desejo de fugir fisicamente das obrigações parentais, e como fuga pode haver um aumento no consumo de bebidas alcoólicas ou um aumento no comportamento violento contra os filhos, assim como a negligência. Dessa forma ocorre um desgaste no relacionamento de pai-filho e também do casal.
Os pais com maior risco de sofrer esgotamento estão constantemente buscando a perfeição, são neuróticos e tem dificuldade de administrar as emoções e o estresse.
Dito isto, nem todos os pais perfeccionistas estão esgotados, ou aqueles com dificuldade de administrar as emoções, não encontram o equilíbrio. Então, a maioria dos pais tem diversos fatores de risco, mas conseguem controlar a situação.
Caso, o desequilíbrio esteja presente, ou exista uma dificuldade em encontrar um equilíbrio entre os compromissos pessoais e profissionais, nada como uma consulta com um psicólogo, manter um diálogo franco com a família ou um médico.
Existem instrumentos validados que nos ajudam no diagnóstico, eles avaliam a exaustão parental, o distanciamento emocional dos filhos e a perda de eficiência na função de pais.
Estudos mostram que 2 em cada 10 mães estão sofrendo de esgotamento materno e metade apresenta um nível de fadiga alto ou extremamente alto. Ou seja, 20% das mães de crianças com boa saúde sofre de esgotamento materno.
Quais os fatores relacionados a isso?
Está relacionado a isso ter um filho com deficiência ou doença crônica, crianças descritas como mais “difíceis” ou ser responsável por outros dependentes na casa.
A depressão pós-parto ou outros problemas psicológicos (ansiedade ou sintomas depressivos) também tem uma forte relação com o Burnout.
Mas quais são as opções para diminuir a probabilidade de ter Burnout?
Diminuir a auto-cobrança, manter a autenticidade, as amizades, manter o auto-cuidado e firmar os laços familiares são fatores que estão alinhados com o bem-estar.
Dê um passo de cada vez, mas caso não consiga manter o equilíbrio, peça apoio no trabalho, ajuda pra os familiares ou procure um médico/psicólogo.
Lembre-se: cuide-se pra poder cuidar.
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