Mês passado, postamos sobre o que acontece dentro dos grupos de Whatsapp de Pais. Hoje você verá o outro lado do Whatsapp e para que servem os dias de luta!
Oi Mamães e Papais! Voltamos hoje com o tema relacionado ao Grupos de Whatsapp de Pais.
No mês passado, compartilhamos um post incrível da nossa Colunista a Carola Videira – Fundadora da Turma do Jiló que tem um trabalho lindo demais de inclusão!
O texto foi impressionante, o engajamento, os comentários, centenas de pessoas compartilharam o post no Instagram! Foi maravilhoso e ficamos muito felizes pois este é um assunto que devemos mesmo falar e circular!
Bom, neste mês, a Carola voltou com uma outra perspectiva, falando do “outro lado” dos grupos de Whatsapp e o que acontece também de positivo e saudável!
Então, confira abaixo e deixe seu comentário ou experiência no final para conversar com a gente!
Bjão!
Desde que me tornei colunista do Just Real Moms, tenho uma rotina bem-organizada para entregar os artigos mensais.
Entretanto, esse mês, quando já estava com o texto pronto, fui atravessada por uma história que preciso contar.
Em um post anterior, falamos sobre como muitos grupos de Whatsapp de escolas refletem comportamentos negativos que seguem enraizados na nossa sociedade, como o machismo, individualismo e o preconceito.
O artigo gerou muitos comentários e relatos de pessoas que encontram enormes obstáculos para serem ouvidas e acolhidas nesses espaços digitais.
Essa semana fui surpreendida ao receber na sede da Turma do Jiló um arranjo de flores lindíssimo, acompanhado de uma mensagem que me emocionou profundamente, pois era um agradecimento de alguém que nunca me viu pessoalmente, mas que consegui ajudar a distância por meio de um grupo de Whatsapp, o que me fez voltar ao tema com outra perspectiva.
Quem me presenteou foi a Brisa, uma mãe como eu e muitas aqui que move mundos para garantir a qualidade de vida e saúde de seu filho.
Só quem viveu a rotina de um hospital com crianças sabe o quão amedrontador é o processo e ela precisava de apoio nesse momento difícil.
Em uma das nossas interações do grupo, consegui colocar a minha experiência, em função de ajudar outra mãe em uma situação delicada. Então percebi que a mesma tecnologia que pode excluir, também pode aproximar pessoas.
As redes sociais como um todo tem fatores positivos, um deles é a possibilidade de unir gente com diferentes expertises e experiencias.
Faço parte de algumas redes digitais de mulheres bastante ativas, em especial uma com mais de 250 mulheres que estão fazendo trabalhos incríveis por aí. Veja que curioso, de todo o grupo, conheço apenas 7 ou 8 delas pessoalmente.
Nosso relacionamento é quase totalmente online e muito sadio e positivo assim mesmo.
Esse grupo me permite uma grande quantidade de troca de experiências enriquecedoras e é minha inspiração em diversos momentos pessoais e profissionais. E fico muito feliz por poder participar de grupos de mulheres que estão mudando a sociedade a sua maneira.
Nossas relações são reais, apesar de digitai – com amor, respeito e boa vontade, a tecnologia é uma grande aliada.
Datas comemorativas marcam a luta pela inclusão para diversidade
Não posso deixar de falar de duas datas muito importantes na luta da pessoa com deficiência.
O último dia 23 de março marcou o Dia da Pessoa com Síndrome de Down. E, no dia 2 de abril temos o Dia da Pessoa com Autismo.
Muitas pessoas questionam a necessidade de uma data especial para determinados grupos, usando o argumento de que como defendemos a diversidade e inclusão de todos, não podemos ter recortes especiais.
Esse tipo de argumento nasce de uma visão equivocada das lutas de grupos marginalizados ou menorizados.
Assim como, o Dia da Consciência Negra e o Dia do Orgulho LGBTQIA+, o dia desses grupos de pessoas com deficiência são marcos da luta por visibilidade e direitos.
É uma forma de chamar atenção para o tema, conscientizar a sociedade para tirar milhares de pessoas da invisibilidade e da violência da exclusão.
Atualmente, a principal pauta discutida nesses dias é a necessidade de avançarmos no entendimento da singularidade humana.
A Síndrome de Down e o Autismo são condições que geram algumas características específicas, assim como qualquer outra como a sua cor de cabelo, olhos, estatura, personalidade etc.
Todos os seres humanos naturalmente são diferentes e possuem características próprias. Por isso, não deveríamos segregar pessoas em grupos e sim ajustarmos nossas crenças e atitudes para incluir todas as pessoas dentro da sociedade também de forma natural, independente das suas características serem menos ou mais comuns comparados a maioria.
A idealização de um modelo de perfeição gera uma esmagadora roda de violência que precisamos parar.
Então, minha esperança é que um dia essas datas sejam uma celebração da diversidade humana na nossa sociedade e não um mais um espaço de luta.
Juntos, podemos transformar essa realidade, desconstruindo nosso ideário de perfeição, substituindo por um olhar inclusivo para todas as diferenças.
Vamos nessa?
Se você gostou desse post da Carola, aproveite para ler também: “É preciso ter coragem para viver (e morrer)” um relato pessoal emocionante onde Carola se abre para contar a jornada com seu filho João, e “Por que devemos chamar uma criança com deficiência pelo nome”.
Por fim, se você tem interesse nesse tema de grupos memorizados para aprender e ajudar o seu filho(a) a crescer e serem de uma nova geração que apoiam e lutam pela inclusão, aproveite para conhecer um curso maravilhoso no nosso Guia de Fornecedores: “Ser Criança Antirracista”.
Neste curso incrível, você vai aprender como criar filhos antirracistas que crescem livres de preconceitos e que combatem o racismo na sociedade.