Você já ouviu falar em extração de colostro, ou ordenha, ainda grávida? Sabe como isso pode ajudar as mães e os bebês? Vamos falar sobre o que é a importância na coluna deste mês.
Oi Mamãe e Papais! Quem aí tem dúvida em relação a extração de colostro? Quem ai nem sabe ainda o que é colostro?
Bom, vamos começar do be-a-bá, pois muitas mamães (e papais) de primeira viagem nunca ouviram falar disso!
“O primeiro leite produzido pela mãe é chamado de colostro. Ele alimenta o bebê nos primeiros dias após o parto e é muito importante para a sua saúde, pois é rico em proteínas e anticorpos.
O colostro tem aspecto espesso e coloração amarela ou transparente (semelhante à água de coco). O líquido começa a ser produzido antes mesmo do bebê nascer, em torno da vigésima semana de gravidez. A descida ocorre algumas horas após o parto, quando o bebê começa a sugar o seio da mãe. Geralmente, dura de três a cinco dias até ser substituído pelo leite maduro.”
Então, para quem já passou da 20ª semana de gravidez, e com o Natal chegando ai, a nossa colunista Cinthia Calsinski – Enfermeira Obstetra e Consultora de Amamentação – conta um pouco sobre a extração do colostro e a importância dele!
Confira abaixo!
Antes de mais nada, você já ouviu falar em extração de colostro, ou ordenha, ainda grávida? Sabe como isso pode ajudar as mães e os bebês?
Sabemos que a complementação precoce pode trazer alguns riscos para o bebê. Então, quando possível, postergar ou até mesmo evitar traz muitos benefícios.
Sendo assim, a ideia da coleta pré Natal de colostro é evitar essa precocidade para a introdução da fórmula.
Em situações em que a gestante tem risco aumentado para complementação precoce essa extração é indicada.
Situações como: cirurgias de redução de mama, hipoplasias mamárias, diabetes (tipo 1, 2 ou gestacional), cesárea eletiva, síndrome do ovário policístico, entre outros.
Esse colostro ordenhado dificilmente é levado ao hospital para se complementar o bebê, em caso de necessidade, devido aos protocolos hospitalares.
Porém, o que acontece é que a mulher, ao estar habituada a ordenha, acaba fazendo em casos de necessidade e com facilidade.
O colostro pode ser utilizado em casos de hipoglicemia, para colonizar o trato gastrointestinal com boas bactérias, evitar desidratação, adiar ou até mesmo evitar a fórmula.
E ainda, trazer segurança a família uma vez que pode mensurar o volume ingerido pelo bebe em situações não convencionais.
Então, hoje já sabemos que essa prática traz benefícios para ambos mãe e bebê.
São listados: menor risco de desmame, uma mãe mais confiante no processo e na sua produção de leite, menor risco de alergias, o bebê tem os benefícios do aleitamento materno exclusivo e a estabilização da glicemia que é melhor com colostro do que fórmula.
E ainda, existem algumas contraindicações, entre as mais comuns se destacam o risco de parto prematuro, a placenta prévia e histórico de hemorragia/sangramento pré parto.
Todo o processo, que inclui a elegibilidade para o processo, orientações, primeiras coletas e acompanhamento do caso deve ser realizado por uma consultora de amamentação juntamente com sua equipe médica.
Converse com a sua médica para entender melhor e se preparar para esse momento!
Por fim, se você gostou desse post da Cinthia Calsinski, aproveite para ler também: “Qual é a melhor posição para amamentar?” e “Já ouviu falar em Lactogestação?”.