Os hábitos de sucção, como chupeta e mamadeira, se mantidos por longo tempo, podem acarretar em alterações importantes na respiração, fala, deglutição, posição dos dentes e mastigação. Mas, e ai, a chupeta é uma solução ou um problema?
Oi mamães e papais! Hoje vamos responder a famosa pergunta: Chupeta é uma solução ou um problema?
Este assunto é super polêmico, sabemos, mas vemos muitos pais perdidos e querendo entender mais para fazerem suas próprias escolhas.
Assim, esse texto é exatamente para isso. Trazer as informações para que vocês possam escolher como preferem conduzir esse assunto dentro de casa com seus filhos.
Vejam abaixo e deixem seus comentários se acham a chupeta é uma solução ou um problema!
Essas alterações acontecem tanto nos tecidos musculares como nos tecidos ósseos, e acabam por alterar o padrão de crescimento normal e danificar a oclusão, pois modificam o padrão de crescimento normal da dentição e da estrutura facial dos pequenos.
Os maus hábitos orais prejudicam a relação do arco superior e inferior (oclusão), desequilibram as forças musculares (o músculo da bochecha, por exemplo) e alteram a posição da língua e dos dentes.
As suas consequências dependem da frequência, duração e intensidade desses hábitos.
Sugar: um hábito comum
A sucção é um ato puramente fisiológico, uma função inata.
Ele é tão inerente ao bebê, que mesmo ainda no útero materno, alimentando-se através da placenta, o bebê faz o movimento de sucção instintivamente, de modo que ao nascer, esta função está plenamente desenvolvida.
Por isso, é bastante comum em ultrassonografias, por exemplo, observar alguns bebês chupando o dedinho.
Esse reflexo é vital para a sobrevivência, crescimento e desenvolvimento psíquico do bebê. A criança, especialmente em seu primeiro ano de vida, tem necessidade de sugar.
A sucção, utilizada pela criança para obter o alimento, promove a liberação de um hormônio chamado endorfina. Esse hormônio produz um efeito de modulação da dor, do humor e da ansiedade, provocando sensação de prazer e bem-estar ao bebê.
A amamentação é suficiente para satisfazer o desejo básico de sucção do bebê.
Chupeta: solução ou problema?
Chupeta é um assunto polêmico. Por isso, é muito importante que os pais ou cuidadores conheçam os benefícios e os malefícios dela antes de decidirem se irão ou não oferecer a seus filhos.
Há inúmeros fatores contrários e favoráveis em relação a ela.
Desta forma, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda que os pais/cuidadores conheçam as evidências dos “prós e contras” do uso de chupeta, para que, junto ao seu Odontopediatra, possam tomar uma decisão informada quanto a oferecê-la ou não aos seus filhos. Geralmente, ela é oferecida ao bebê com o objetivo de acalmá-lo, principalmente na hora de dormir.
O ideal é que se ofereça a chupeta, após 1 mês do nascimento, quando a amamentação estiver totalmente estabelecida.
Prefira as que possuem o bico anatômico e não tenham argolas. O tamanho deve ser compatível com a idade da criança. Evite pendurar correntes, acessórios ou paninhos na argola da chupeta, pois isso gera ainda mais dependência dela.
Caso o bebê solte ou cuspa a chupeta, tente não colocar novamente. Lembre-se de higienizar bem e ter uma caixinha própria para ela, para reduzir a contaminação.
Uma informação muito importante que os pais devem saber, é que o uso contínuo da chupeta com frequência e duração estendidas, pode alterar o formato dos arcos dentários e a posição dos dentes à medida que o bebê cresce.
Altera também o posicionamento da língua, a deglutição, que se torna adaptada e toda a musculatura facial. Pode causar maloclusões, como mordida aberta anterior (ausência de toque dos dentes superiores e inferiores), mordida aberta lateral e mordida cruzada posterior pois o crescimento ósseo é alterado.
Mamadeira: quando a amamentação não é possível
O aleitamento materno é a melhor opção para alimentar seu bebê. Entretanto, há muitas intercorrências que podem impedir a amamentação e a mamadeira ser a saída nestes casos.
É essencial usar uma mamadeira com bico anatômico, cujo tamanho deve ser proporcional ao tamanho da boca do bebê.
Não é recomendado aumentar o tamanho do furo original da mamadeira para a saída do leite, pois é justamente o esforço da sucção que ajuda a desenvolver os músculos orofaciais.
Mamadeiras são apenas substitutas do peito, e não uma maneira de fazer bebês beberem mais leite.
Esterilize sempre os bicos da mamadeira depois do bebê mamar. É essencial ter o mesmo momento de tranquilidade e aconchego entre mãe e bebê durante a alimentação com a mamadeira.
O momento de desmame e a remoção final da mamadeira devem ser os mesmos do aleitamento materno. É importante não deixar o bebê sozinho enquanto ele se alimenta na mamadeira.
O uso da mamadeira proporciona menor estimulação dos músculos ao redor da boca e da língua do bebê, comparado ao aleitamento materno que exige mais esforço muscular.
Pode existir relação com o uso a longo prazo da mamadeira com sobressalência e mordida cruzada posterior, isto é, alteração no posicionamento dos dentes e formato dos arcos dentários.
Adicionalmente, com relação às alterações dentárias, vale destacar que o uso da chupeta ou mamadeira influencia na posição dos dentes da frente, que mudam sua inclinação e assim promove, juntamente com a deformação dos arcos, a mordida aberta anterior.
Sucção Digital
Por fim, ainda nessa linha dos hábitos de sucção, outro desafio que os pais e cuidadores enfrentam é a sucção do dedo.
Da mesma forma que a sucção da chupeta e mamadeira podem trazer alterações ósseas e musculares, chupar dedo também tem esse risco.
A remoção desse hábito é uma das mais difíceis pois diferentemente da chupeta, o dedo está o dia todo disponível.
