Hoje trouxemos um tema que incomoda grande parte das mulheres. Então, vamos falar sobre as estrias!? Confira o post abaixo!
Oi Mamães (e futuras mamães interessadas)! Bora falar de estrias?!
Tanto conversando com amigas, quanto via DMs no Instagram com vocês, vemos sempre uma grande preocupação e incomodo de nós mulheres quando falamos de estrias, né?! Ele é um dos nossos grandes vilões, principalmente depois da maternidade.
É sem dúvida algo que muitas de nós se preocupam e procuram meios de prevenção, já que não existe cura para estrias.
Hoje, nossa colunista Dra. Larissa Sumodjo – Cirurgiã Plástica, trouxe muita informação interessante desde fatores que podem incomodar mais ou menos como localização, quantidade e largura, até algumas possibilidades de tratamento.
Então, confira abaixo!
Primeiro, vou explicar o que são essas marcas na pele que estão presentes em tantas pessoas.
As estrias são lesões longas e lineares que aparecem pelo estiramento e posterior ruptura das fibras elásticas e do colágeno.
Essas estruturas são muito abundantes no corpo humano e têm a função de dar estrutura e elasticidade aos tecidos. Assim, elas suportam o estiramento, mas existe um limite para isso.
Quando há um aumento rápido de volume em certa região do nosso corpo (geralmente naquelas em que há maior armazenamento de gordura), há boa chance das estrias surgirem.
Comumente, as vemos em períodos de surtos de crescimento, como na fase da adolescência – quando podem aparecer, por exemplo, nas coxas, quadris e mamas -, quando existe rápido ganho de peso ou durante a gestação.
As estrias, assim como as cicatrizes, passam por fases até atingirem o aspecto definitivo. Em um primeiro momento, aparecem como marcas avermelhadas ou roxas, que marcam a fase inflamatória, quando existe o estiramento. Nessa fase, elas podem coçar.
Após, com a ruptura definitiva das estruturas da pele, elas ficam esbranquiçadas e com um aspecto “enrugado”, que se dá pela atrofia da pele naquele ponto, onde ela fica nitidamente mais fina.
Podem ser mais estreitas ou largas a depender da magnitude da agressão às fibras.
Então, em nossa rotina, vemos que apesar de muitas pessoas terem estrias, a forma de lidar e o grau de incômodo com elas varia enormemente.
Alguns fatores predizem isso:
#1 Localização
As estrias que aparecem em regiões que aparecem mais, como polo superior das mamas e abdome, tendem a incomodar mais do que, por exemplo, aquelas nos quadris e membros;
#2 Quantidade
Claro que, independentemente da localização, a quantidade dita o prejuízo estético;
#3 Largura
Quanto mais largas, mais chamam a atenção, pois aquela região central que tem o aspecto “enrugado” fica mais evidente.
Como se “camuflam” com pele ao redor: quando sua coloração se aproxima mais da pele circunjacente e quando ela é menos enrugada e, portanto, a característica da pele não fica tão alterada, ela fica mais difícil de perceber.
Independentemente dessas características, quando alguém traz esse tipo de queixa, é preciso entender e valorizar. Pois, para algumas pessoas, elas podem trazer um impacto psicológico e emocional negativo importante, inclusive com limitações no dia a dia.
Apesar desse possível prejuízo, é muito difícil falar em prevenção de estrias. Ainda mais quando estamos considerando períodos em que as mudanças corporais são inevitáveis, e simplesmente fazem parte daquela fase da vida – como é o caso da adolescência e gravidez.
De qualquer maneira, é recomendável que se busque um dermatologista aos primeiros indícios de seu surgimento, naquela fase inflamatória, quando a capacidade de regeneração das células é maior.
Quando as estrias já são crônicas, estão na fase branca e incomodam, também deve-se procurar atendimento.
Existem tratamentos que podem melhorar a qualidade da pele e estimular a produção de colágeno. Vale lembrar que não há cura para essas marcas, mas em muitos casos é possível atenuar sua aparência e deixá-las menos perceptíveis.
Como cirurgiã, recebo pessoas bem incomodadas com suas estrias, apesar dos tratamentos clínicos realizados.
Assim, perguntam se existe algo cirúrgico a ser feito.
O que pode acontecer é que nas plásticas que envolvem a retirada de excesso de pele (como nas dermolipectomias de abdome, braços e coxas e nas mamoplastias), a depender da marcação da pele a ser removida e da localização das estrias, muitas delas acabam sendo removidas.
Quando elas acometem uma extensão maior, uma parcela permanece, mas como a pele da região fica mais firme e justa, o aspecto das marcas fica mais sutil.
Situação particular é o caso de estria demasiadamente larga. Nesse caso, é possível ressecá-la, o que resultará em uma cicatriz linear mais fina.
O que pode fazer sentido para quem tem pouquíssimas estrias com essa característica e julgue que vale a pena trocá-la por uma nova cicatriz.
Isso deve ser discutido individualmente com o cirurgião plástico.
Por fim, se gostou desse post, aproveite para ler também outros posts da Dra. Larissa como: “Cirurgia plástica na região íntima” e “O tratamento da diástase de reto abdominal é obrigatório?“.

SOBRE A DRA. LARISSA SUMODJO (CRM124749-SP)
Instagram: @DraLarissaSumodjo
Mãe de dois, é médica Cirurgiã Plástica pela Universidade Federal de São Paulo, e em constante busca de propagar a cirurgia plástica mais consciente!
É membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e ainda é chefe de equipe de reconstrução mamária do programa de filantropia do Hospital Sírio Libanês.