segunda-feira, 22 setembro, 2025

Terror Noturno: O que é, as características, causas e o que fazer!

Vamos falar de Terror Noturno? O que é, as principais características, algumas possíveis causas e ainda, o que fazer durante os episódios com o seu filho/a. Venha entender tudo isso!

Terror noturno Características Causas O que fazer Dr. Paulo Telles Pediatra Just Real Moms

Oi Mamães e Papais, hoje trouxemos um post a pedido de vocês e vamos falar de Terror Noturno nas crianças!

As crises são mais comuns em crianças entre 4 e 12 anos de idade e gera MUITA ansiedade nos pais que passam por estes episódios.

Então, pedimos para o nosso colunista, o Pediatra & Neonatologista – Dr. Paulo Telles, para contar mais sobre isso e dar algumas dicas do eu fazer!

Confira abaixo se seu filho/filha passou ou está passando por isso, conta para nós nos comentários!!


Nada mais angustiante do que acordar no meio da noite com seu filho(a) gritando, chorando, sem conseguir fazer ele acordar, e muitas vezes sem saber ao certo o que está acontecendo.

Esta situação tem nome, terror noturno, é uma das parassonias da infância que causa desespero e muita angústia nos pais que já passaram por esta experiência.

Durante um episódio de parassonia, as crianças ficam parcialmente acordadas, em um estado alterado da consciência, por isso não respondem e acordá-las é tarefa difícil.

As parassonias são manifestações e percepções distorcidas da consciência que tendem a ocorrer principalmente na transição dos principais estágios do sono, como sono profundo e sono REM, para a fase de vigília.

Além do terror noturno, a enurese noturna, sonambulismo, despertares confusionais, distúrbio comportamental do sono REM, paralisia do sono, pesadelos, alucinações hipnagógicas e falar dormindo são as outras parassonias (distúrbios do sono) que acometem nossos pequenos.

Sabemos que uma boa noite de sono é muito importante para o desenvolvimento da criança. Tanto para uma boa saúde quanto para que assimile e construa novas sinapses de tudo que viveu e aprendeu durante o dia.

Então, o terror noturno, pode atrapalhar bastante a qualidade do sono e prejudicar todo este processo.

As principais características clínicas do terror noturno são:

  • um despertar incompleto ou parcial durante a fase de sono profundo;
  • a criança fica no mesmo local que dormiu;
  • pode gritar, chorar;
  • ficar com a frequência cardíaca elevada e respiração ofegante;
  • com o olhar fixo e vidrado;
  • ficar confusa e agressiva;
  • pode ter sudorese excessiva e apresentar tremores.

Os pais têm a sensação de que a criança está em transe, sem resposta, diferente do pesadelo que a criança acorda ou do sonambulismo que anda ou sai do lugar.

Existe a movimentação na cama, pode ficar sentada, e é muito difícil de acordá-lo e consequentemente acalmá-lo causando mais angústia nos familiares.

Os especialistas não indicam que os pais tentem despertar a criança, já que o ato pode acabar prolongando o episódio.

É importante ressaltar que após o episódio de terror noturno, o indivíduo volta a dormir normalmente e não vai ser capaz de lembrar dos fatos ocorridos.

Ou seja, o grande problema é acolher e cuidar dos pais que ficam assustados, angustiados e sofrem muito ao ver seu filho neste estado de terror.

Entre as possíveis causas do terror noturno estão quadros infecciosos, privação de sono, estresse, agitação antes do sono, telas e até mesmo febre.

As crises costumam durar entre um e dez minutos, mas na madrugada este tempo acaba parecendo uma eternidade para os pais.

A idade mais frequente é entre os 4 e 12 anos de idade, mas os adultos também podem apresentar.

A condição atinge cerca de 6% das crianças e 2% dos adultos no mundo.

O diagnóstico deve ser feito inicialmente pelo Pediatra e um especialista em sono deve ser consultado caso as crises não melhorem com as orientações sobre higiene do sono.

Assim, uma investigação mais detalhada e exames como a polissonografia e/ou vídeo EEG podem ser realizados para afastar crises epilépticas e distúrbios de movimento que ocorram durante o sono.

Uma boa dica para ajudar a diminuir as crises é caprichar na higiene do sono. Uma boa rotina com horários bem estabelecidos de soneca, ritual tranquilo e calmo com leitura de livros adequados para idade, nada de telas 2h antes do sono, uma canção, oração ou massagem na criança antes do adormecer, evitar estresse e muita agitação no fim do dia.

Muitas vezes neste horário do final do dia os pais chegam em casa e acabam excitando a criança o que pode atrapalhar este processo de diminuição do ritmo e relaxamento.

Por isso, toda família deve estar alinhada neste processo.

As crises costumam ocorrer no mesmo horário. Então, outra dica prática é tentar movimentar um pouco ou mexer na criança antes do horário que costuma ocorrer o terror noturno. Assim, a criança acaba mudando a fase do sono e pode ajudar.

Evite falar sobre as crises e perguntar se a criança lembra do que aconteceu para não causar mais ansiedade.

Proteger o ambiente de sono para evitar acidentes também é importante até conseguirmos controlar os episódios.

O tratamento medicamentoso não costuma ser comum em crianças, mas em casos mais intensos um psiquiatra ou neurologista pode ser consultado.

*Sempre consulte o seu médico de confiança!


Por fim, aproveite para ler também: “Parassonia infantil: seu filho sofre com distúrbios do sono?” e “O perigo do Uso de Telas na Infância“.


Este post do Just Real Moms foi cuidadosamente elaborado por um médico altamente qualificado, trazendo informações confiáveis e embasadas para você. Fique por dentro dos insights e conselhos de um verdadeiro especialista no assunto!
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Sobre o Dr. Paulo Nardy Telles (CRM 109556 | RQE 93689)

Instagram: @PauloTelles

Esposo, Pai do Léo e da Nina Pediatra e Neonatologista pela Sociedade Brasileira de Pediatria.

  • Formado pela Faculdade de Medicina do ABC
  • Residência médica em pediatra e neonatologia pela Faculdade de Medicina da USP
  • Preceptoria em Neonatologia pelo hospital Universitário da USP
  • Título de Especialista em Pediatria pela SBP
  • Título de Especialista em Neonatologia pela SBP
  • Atuou como Pediatra e Neonatologista no Hospital Israelita Albert Einstein 2008-2012
  • 18 anos atuando em sua clínica particular de pediatria, puericultura

A informação disponível neste site não substitui o parecer de um médico profissional. Sempre consulte o seu médico sobre qualquer assunto relativo à sua saúde, à saúde dos seus filhos e familiares e aos seus tratamentos e medicamentos.

Crédito: Cortesia

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