Oi, meninas!
Esta é uma semana muito especial! No último sábado, dia 21 de março, foi comemorado o Dia Internacional da Síndrome de Down! E a entrevista de hoje será com a querida Susana Barbosa, que representará todas as mamães que têm filhos(as) especiais.
Formada em Publicidade e Propaganda, Susana é editora-chefe da revista Elle, uma das maiores e mais bem conceituadas revistas de moda do Brasil e do mundo, desde 2007. Mãe dos pequenos Caetano e João, ela tenta conciliar a loucura do mundo da moda com os cuidados de seus dois filhos.
A história da Susana é emocionante! Descobriu que seu segundo filho era especial após o parto. Passou os nove meses da gravidez sem saber e sem se preparar para isso. Mas soube lidar muito bem com toda a situação, e nem preciso dizer que é completamente alucinada por ele!
No início da entrevista, adicionamos duas perguntas extras para ela contar um pouco mais da sua história.
Entrevista deliciosa! Vale a leitura!
Mil Bjss
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JRM: Como descobriu que seu filho tinha Síndrome de Down?
Susana: Descobri quando ele nasceu. Os exames anteriores não indicaram nada. Foi um choque que me fez entender que a medicina não é uma ciência exata e que isso pode acontecer com qualquer pessoa.
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JRM: Qual mensagem você gostaria de passar para as outras mães que tiveram a mesma experiência que você?
Susana: Eu sempre penso em pessoas que talvez não tenham as mesmas possibilidades e a mesma informação que eu tenho, portanto a mensagem é que a criança com Down é igual a qualquer outra, porém tem um tempo diferente. É importante acreditar no seu filho e dar a ele todo o estímulo necessário para que ele seja um adulto o mais autônomo possível. Porque ele pode fazer e ser muitas coisas. Penso que o único déficit que ele não pode ter é o de amor, carinho e atenção.
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Não existe nenhum segredo. Fazemos o possível para que eles tenham uma rotina, com horários certos. Mesmo na correria da vida que levamos, todos os dias colocamos os dois para dormir às 21h, depois de lermos uma historinha. Acreditamos que a rotina dá segurança às crianças e também acaba sendo um facilitador para a vida dos pais, que conseguem organizar e aproveitar melhor o tempo.
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Uma boa babá, rsss! Trabalho quase 10 horas por dia e realmente não sei o que seria da minha vida sem ela. No entanto, à noite e nos fins de semana somos apenas eu, meu marido e as crianças. Sou contra ter filhos para serem criados por babá, mas quando se trabalha fora é impossível sem a ajuda delas.
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A maior dificuldade para mim, desde o primeiro filho, foi abrir mão do meu tempo. Sempre fui muito independente e, depois descobri, também um pouco egoísta. Sinto não poder fazer o que quiser, na hora que bem entender. Tenho que me privar de uma série de programas e momentos de lazer que poderia ter sozinha ou apenas com meu marido, por causa das crianças. Mas sempre penso que é uma escolha e que um dia eles vão crescer e sentiremos falta, então me conformo.
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Nunca fomos para muito longe com as crianças, mas fizemos uma viagem para Carneiros, no Nordeste, que o Caetano curtiu muito. O João ainda não era nascido. O mar de lá é morno e sem ondas, perfeito para crianças. O mesmo vale para a Pousada do Toque, em São Miguel dos Milagres, Alagoas.
Muito verdadeiro esses relato… Com muito amor e carinho, mas sem mimimi