Crianças se perdem em segundos. O que protege de verdade não é “olho em cima”, é treino simples: parar, pedir ajuda certa e respirar. Então, saiba como preparar o seu filho e também nos prepararmos caso isso venha a acontecer!
Oi Mamães e Papais! A pior sensação do mundo cabe em 3 segundos….e ela acontece em momentos onde perdemos os nossos filhos em lugares públicos? “Perdi meu filho.”
O corpo gela, o estômago vira, o coração dispara, os olhos ficam embassados, as pernas ficam fracas e bambas. Só quem já passou, sabe a sensação, mas só de imaginar acho que podemos sentir o mesmo, não é?
Pode acontecer com qualquer família: um segundo olhando a etiqueta, pagando algo, respondendo alguém…e pronto, a criança sumiu do seu campo de visão. O susto é REAL.
Mas existe uma diferença enorme entre uma criança que entra em pânico e outra que, mesmo assustada, consegue agir.
Neste post, você vai aprender como ensinar seu filho a “se encontrar”, o que combinar antes de sair de casa, quem procurar em ambientes públicos, o que dizer (e o que nunca dizer) para não gerar medo, e como agir rápido se acontecer. Preparação é carinho.
Então, vem com a gente nessa leitura e aproveite para mandar esse post para todas as suas amigas e amigos que são Pais para aprenderem a se preparar!
Crianças podem se perder SIM! A pergunta é: elas sabem o que fazer quando isso acontece?
Em ambientes públicos (shopping, praia, parque, show, aeroporto), a criança se desorganiza rápido: é muito barulho, muita gente, estímulos demais em todo lugar. E aqui vai o ponto-chave: treinar NÃO elimina o medo, mas AUMENTA a capacidade de solução. É isso que reduz risco.
#1 O “script” que salva: o básico, curto e memorizável
Ensine frases simples, repetidas como um combinado de família. Nada de discurso longo.
O que a criança precisa decorar:
- “Se eu não te achar, eu paro.”
- “Eu não ando procurando sozinho.”
- “Eu peço ajuda para a pessoa certa.”
- “Eu digo meu nome e o nome do meu responsável.”
Então, treine isso em casa como um jogo rápido: “E se você me perder no mercado, o que faz?” Repita até virar automático.
#2 Quem procurar: direcionamento claro (não é “qualquer adulto”)
Esse é o ponto que pouca gente ensina, mas faz toda diferença.
Pessoas mais seguras para pedir ajuda:
- Funcionários do local (principalmente segurança, recepção, caixa, salva-vidas na praia).
- Mulheres com crianças (famílias com carrinho, por exemplo).
- Pessoas uniformizadas (loja, parque, evento).
Evite orientar a criança a sair andando com “qualquer adulto”. O objetivo é ficar visível, parado e perto de ajuda oficial.
Frase pronta pra criança: “Eu procuro um segurança ou alguém que trabalha aqui. Se não tiver, uma mãe com criança.”
#3 Plano prático antes de sair: o combinado da família
Antes de entrar no lugar, faça um “check” de 20 segundos.
Combine:
- Ponto de encontro: “Se perder, você fica na entrada X, perto do balcão Y.”
- A regra do ‘parar’: “Se não me ver, você PARA onde está.”
- Roupa dos pais: “Hoje eu estou de camisa azul, vestido vermelho.”
- Contato: para crianças pequenas, use pulseirinha com telefone (ou escreva no braço com caneta própria, em situações de praia/parque).
NOSSA DICA DE OURO (AMAMOS!): Coloque AirTags no seu filho (Lugares: em um bolso, no tênis, na mochila…)
Isso não é drama. É estratégia.
#4 Como falar sem colocar medo: o que dizer e o que não dizer
O que NUNCA dizer:
- “Se você se perder, vai ser perigoso.” (isso gera pânico e paralisa a criança)
Troque por:
- “Se você se perder, você já sabe o que fazer.”
- “Eu sempre vou te procurar. Você só precisa parar e pedir ajuda certa.”
Então, a meta é autonomia com segurança, não terror.
#5 Treinos rápidos que funcionam (e viram brincadeira)
- Treino do ‘congelar’: “Sumiu de vista? Congela.”
- Treino do nome completo (dependendo da idade): nome + nome do responsável.
- Treino do lugar seguro: mostre onde fica o segurança/recepção ao chegar.
- Treino da pessoa certa: mostre os funcionário uniformizados ou exemplos de famílias.
- Treino de voz firme: “Eu estou perdido(a). Pode me levar ao segurança?”
#6 Se acontecer de verdade: o que os pais fazem na hora
- Respire e aja com método (pânico atrapalha e MUITO);
- Avise imediatamente a segurança/funcionários e entregue descrição (roupa, altura, última vez visto);
- Avise autoridades, se necessário: Polícia (190) ou os bombeiros (193) para informar o ocorrido e solicitar mais orientação
- Fique no ponto onde perdeu (muitas crianças voltam para onde viram os pais por último);
- Peça para fecharem saídas (shopping/parque têm protocolo);
- Não grite pelo nome mesmo sendo o mais óbvio, pois isso não ajudará ninguém a encontra-lo. Grite a descrição da roupa (ex: Estou procurando um menino, 5 anos, camiseta branca, shorts laranja, cabelo castanho, olhos verdes.);
- Acione rede rápida: um adulto fica no ponto, outro busca com a segurança.
As crianças se perdem e é a pior sensação do mundo. Mas crianças preparadas sabem se encontrar…e isso muda tudo.
Orientar não é “colocar medo”: é tirar o medo do caminho para que, no susto, o corpo tenha um plano.
No fim, a reflexão é simples: não dá para controlar o mundo, mas dá para treinar sua criança para não travar quando o mundo sair do controle.











