Conheça as 10 coisas que você precisa saber sobre o tratamento de Pé torto congênito, ou PTC. Confira abaixo!
Oi Mamães e Papais! Você já ouvir falar de Pé torto congênito (PTC)?
Hoje, a nossa colunista, Dra. Natasha Vogel – especialista em Ortopedia Pediátrica – vai te contar as 10 coisas que você precisa saber sobre o tratamento de PTC!
Nenhuma das nossas mamães do Just Real Moms teve filhote com PTC, mas lembro que o meu irmão, usou a botinha por mais ou menos 1 mês pois usou desde bem pitico e lembro da minha mãe falar que não teve problemas durante o tratamento.
Eram outras épocas e hoje logicamente os tratamentos estão muito mais avançados.
Bom, a Dra. Natasha desmistificou todas as dúvidas que tínhamos!
Confira!
Hoje, vamos falar um pouquinho sobre Pé Torto Congênito (PTC), e mais especificamente sobre algumas dúvidas relacionadas ao tratamento.
Vamos entender um pouco sobre PTC.
Essa é uma doença que acomete os pés de recém-nascidos, pode ser diagnosticada no segundo ultrassom morfológico da gravidez e tem a incidência de 1 criança com a doença para cada 1 mil nascidas.
Os pés eles ficam voltados para dentro e com o crescimento do bebê eles não corrigem espontaneamente.
O fato é que, seja na ultrassonografia ou ao nascer, informar os pais sobre a deformidade não é uma coisa fácil!
Afinal, nós pais nunca estamos preparados para qualquer notícia mais “dura” que envolva os nossos pequenos.
Antes mesmo de entender o que é ou saber porque isso aconteceu, a primeira dúvida que surge é: tem tratamento? Logo depois vem a segunda dúvida: o meu filho vai andar?
Por isso que decidi escrever especificamente sobre 10 dúvidas que surgem sobre o tratamento.
#1 Tem tratamento?
Sim, acalme o seu coração pois existe tratamento e ele possui altas taxas de sucesso.
#2 Qual é o tratamento para pé torto congênito?
O método de escolha é o Método de Ponseti, ele consiste em trocas semanais de gesso, as quais são feitas para ir corrigindo progressivamente o pezinho de forma gentil e gradual. Ele pode começar entre 7 e 10 dias de vida, mas é importante a consolidação da amamentação para o início do tratamento.
#3 Como é esse gesso?
Esse gesso é feito desde o pé e vai até a região a raiz da coxa. Além disso, o joelho fica dobrado, então não estranhe.
#4 O gesso não pode ser até o joelho?
Não. O gesso precisa ser até a coxa, pois assim conseguimos relaxar alguns músculos e manter a rotação da perna e do pé, isso vai garantir o posicionamento adequado para a correção do pé.
#5 Quanto tempo o meu filho fica com o gesso?
Os gessos, geralmente, são trocados toda a semana e, em média, são necessárias de 6 até 8 trocas para correção do pé. Em seguida, pode ser necessário soltar o tendão do calcanhar para a completa correção da deformidade.
#6 Quanto tempo vai durar todo o tratamento?
Depois das trocas de gesso e do alongamento do tendão, o pequeno ficará mais três semanas com um gessinho e em seguida, ele será substituído por uma órtese (conhecida pelos pais como “botinha”).
Essa órtese será utilizada 23 horas por dia durante três meses e depois por 14 horas por dia até os quatro anos de idade! Caso o tratamento com a “botinha” não seja feito adequadamente, o pé pode voltar a apresentar a deformidade.
#7 O tratamento dói?
Talvez durante as trocas de gesso, principalmente nos primeiros dias após o novo gessinho, pode haver algum incômodo, assim como após o alongamento do tendão. Mas, no geral, o tratamento é indolor.
#8 Com o crescimento do meu filho, outra cirurgia será necessária?
Em casos mais difíceis, alguns procedimentos cirúrgicos maiores podem ser necessários, mas não se preocupe pois esta não é a regra.
#9 Depois de todo o tratamento de pé torto congênito o meu filho vai andar ou praticar atividade física?
Sim, o pequeno poderá andar e fazer atividade física, inclusive, tem até jogador de futebol famoso que teve essa doença.
#10 O pé vai parecer normal?
Após o tratamento o pé pode ficar um pouco menor e a panturrilha mais fina, isso fica mais evidente, principalmente, quando o PTC é de um lado só.
É importante entender que o sucesso do tratamento vai depender de uma rede de apoio muito bem estruturada, pois é longo e a maior parte dele é feito em casa com o uso da órtese.
E só quem tem criança sabe o quão persuasivos eles podem ser!
Por fim, se você gostou deste post, aproveite para ler também outros posts da Dra. Natasha Vogel como: “Canguru ou Sling? Qual escolher?“.