terça-feira, 9 setembro, 2025

Mitos e verdades sobre parto e maternidade em Nova York

 

Oi, meninas,

Tudo bem?

Vejam que novidade incrível: agora temos uma colunista do blog escrevendo diretamente de Nova York. É a Gabrielle Oliveira, brasileira, casada com americano e mãe do lindo do Jack, de 3 meses. Doutorada em Antropologia pela universidade de Columbia, Nova York, pesquisa há 5 anos temas sobre a maternidade e educação de crianças e adolescentes.

A Gabrielle também é irmã da querida Mica Rocha, que acabou de estrear o super programa “Pé na bunda”, na Warner. Ela vai nos trazer, todos os meses, as dicas de Nova York e contar um pouquinho de como é vida de mãe por lá!

 

gabi2

 

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Em maio deste ano tive meu primeiro filho, Jack Oliver Thome, nascido com 4,150 kg em uma terça-feira, no hospital Mount Sinai, em Manhattan, Nova York. Nunca pensei que eu teria filhos nos Estados Unidos, mas moro aqui há 7 anos e meu marido é americano. Durante toda minha gravidez eu lembro de amigos e familiares me perguntarem constantemente sobre as diferenças entre gravidez, parto e como cuidar dos bebês no Brasil e nos Estados Unidos. Tenho amigas que tiveram seus filhos aqui em NY e elas me contavam como haviam sido o parto e a experiência no hospital. Neste post vou falar sobre o que considero mito ou verdade no parto e na maternidade de Nova York. Lembrando que são minhas reflexões.

 

Parto

Só fazem parto normal no Estados Unidos?
Mito.

Muitos amigos me perguntaram: É verdade que aí eles tentam até o final que seja parto normal, e só fazem cesárea se for realmente necessário? A ideia de que médicos deixam as mulheres “sofrerem” por horas em trabalho de parto para evitar a cesárea a todo custo não foi o que eu experenciei. Nos Estados Unidos, parto normal representa quase 70% dos partos (http://www.cdc.gov/nchs/fastats/delivery.htm), mas também é o país onde a cesareana está cada vez mais popular. Muitas mulheres estão marcando seus partos por conveniência e preferência. O que eu notei aqui é que a paciente é quem insiste em parto normal e, às vezes, o resultado são partos longos. No meu caso, a minha médica já havia aconselhado fazer uma cesárea, mas eu disse que gostaria de tentar o parto normal e ela respeitou. Mas como uma amiga disse: Parto bom é parto que dá certo. O Brasil é conhecido entre os médicos daqui como um país onde cesárea é a norma. Do mesmo jeito que no Brasil eu era questionada “Lá eles só fazem parto normal?”, aqui nos Estados Unidos todos me perguntavam, “Lá eles só fazem cesárea, né?”.

 

Berçário no hospital

O bebê fica com a mãe direto?
Verdade, a não ser que você diga que quer que o bebê vá para berçário.

Eu fiquei tão focada no parto que esqueci de pensar no depois. Muita gente aqui nos Estados Unidos me perguntava: Você vai amamentar? Eu sempre respondia: Se eu tiver leite, vou tentar sim. Assim que o bebê nasce (cesárea ou não) eles já o colocam peladinho no colo nu da mãe. Eles chama isso de “skin to skin”, ou “pele na pele”, para que o bebê e a mãe já comecem o processo de criar laços. As enfermeiras e consultoras de amamentação também dizem para as mães que essa terapia ajuda na produção de leite. Os funcionários do hospital incentivam as mães a amamentarem desde o começo (às vezes até fazem muita pressão, frustrando mães que têm dificuldade no começo). Os bebês só ficam no berçário se você deixar, as enfermeiras não dão banho no bebê, nem trocam sua roupinha. O bebê fica com a mãe desde o princípio. A mãe pode levar roupinhas, mas a maioria dos bebês fica com as roupas do hospital. Não existe a cultura de visita como é no Brasil. Aqui só as pessoas realmente próximas vão visitar. Não tem docinho ou lembrancinha, nem quadrinho na porta. Mas eles trazem o bebê para você, caso esteja amamentando. A lei de Nova York demanda que o bebê só saia do hospital com um assento bebê conforto para o carro. Mesmo que você decida ir de táxi, a pé, a cavalo!

 

Banho

É verdade que os pediatras não recomendam dar banho nos recém-nascidos?
Mais ou menos.

A orientação da Academia Americana de Pediatria é não colocar os bebês em banheiras até o cordão umbilical cair. Banho de gato pode! Calma, gente! Eles ficam cheirosinhos. Mesmo depois do cordão cair (e no caso dos meninos se forem circuncidados), os pediatras não recomendam banhos diários. O argumento é que banhos diários podem ressecar a pele do bebê e tirar os óleos naturais que o próprio bebê produz.

 

No próximo post escreverei sobre produtos que valem a pena aqui em Nova York e onde comprá-los!

 

gabi

 

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14 COMENTÁRIOS

  1. Olá Gabrielle Oliveira, amei o seu comentário sobre Mitos e verdades sobre parto em NY. Me chamo Jaqueline Alves, tenho 27 anos, vivo com meu marido em Woodside, Queens e estou grávida com 40 semanas preste a dar a luz a uma menina (rsrs). Todo o meu acompanhamento está sendo realizado no hospital em NY Bellevue Hospital Center, e minha dúvida é sobre o que levar na mala do bebe e na minha? Busquei informações mas como não me davam nada concreto, achei melhor pesquisar, foi então que vi seu blog e decidir te perguntar. O que realmente preciso levar para a maternidade?
    Obrigada pela atenção

  2. Olá Gabi,
    Muito legal você compartilhar sua experiência, adorei o texto.
    Também moro em NY e estou grávida! Estou conhecendo alguns médicos, vc gostou do seu? Se importaria em me passar o contato? Obrigada!! Beijos

  3. Amei o post!! Sou de Brasília mas estou morando aqui nos EUA há 3 anos, atualmente em New Jersey. Estou grávida de 8 meses e terei minha filha no Saint Barnabas, que é aqui bem perto de casa. Seu post meu tranquilizou muito com relação ao que acontece na hora de ter um bebê aqui nos EUA. Até porque, imagino que o que acontece em NJ seja bem próximo de NY… Abraço!

    • Olá ! Adorei as informações . Estou gravida e vou passar férias em Nova York. Queria a indicação de um hospital e maternidade caso precise . Obrigada Joana

  4. Olá Kathiane — parabéns pelo seu bebê e que ótimo que seu parto foi perfeito! Obrigada pela participação e espero saber mais sobre suas aventuras como mãe!

    Karine, eu também sempre tive muita curiosidade!

    Oi Viviane! Concordo! Eu falei: esse é o melhor cheiro quando ele estava no meu colo nas primeiras horas de vida! Queria ter guardado em um vidrinho! haha. beijos!

    Cristiane, obrigada por relatar sua experiência! É ótimo quando podemos compartilhar experiências positivas e melhor ainda podendo mostrar como funcionou para você aqui nos Estados Unidos. Como eu disse no início essas foram só algumas reflexões minhas. Tenho amigas aqui que tiveram bebês no mesmo hospital com mesmo médico e não tiveram experiências tão positivas. Por isso cada um tem a sua e essa é a beleza da vida!

    Beatriz, com certeza esse foi meu intuito de mostrar flexibilidade. Obrigada pela participação, espero te ver por aqui mais vezes!

    Anna Carolina, eu concordo demais com você. As vezes como mães nos sentimos pressionadas a fazer o que é “certo” o mais “natural”, mas a verdade é que ninguém se preocupa mais com a saúde e bem-estar dos nossos bebês que nós mesmas, não é verdade? Obrigada pelo carinho!

    até a próxima!

  5. Fantástico!!! ” parto bom é aquele que dá certo”!!! Aqui no Brasil anda uma histeria com esse história de parto normal, humanizado…. Como se a cesárea não fosse um tipo de parto… Adorei o post! Parabéns e muitas felicidades!!

  6. Bom, gostei do seu artigo, mas tenho que descordar de vc em alguns pontos. Primeiramente, moro em Boston, Massachusetts e nao sei se talvez em NY as regras sao outras. Tive o meu filho a 2 anos aqui em Boston e fui superrrrrrrrr bem tratada. Super bem orientada e sempre tinha 2 enfermeiras a minha disposicao. Discordo totalmente com vc a respeito de visitas. Aqui, a nao ser que a crianca apresente algum problema de saude, qualquer pessoa(amigo, parente) pode visitar. Nao tem nenhuma restricao a nao ser que os pais queiram. A unica restricao mesmo do hospital e o horario, no meu caso, as visitam se encerravam as 8 da noite.
    Em relacao a roupinhas, quadros, etc, no meu caso foi simplesmente eu pedir. Nenhuma restricao.
    Em relacao a banho, eles tambem deixaram com que eu decidisse se deveria dar banho todos os dias ou nao. O primeiro banho do meu baby foi la mesmo no hospital dado por uma enfermeira. Ela nao o colocou dentro de uma banheira, mas deu banho com uma toalhinha bemmmm molhada, a agua chegava a escorrer. Ela me disse que o unico motivo de nao dar banho na banheira simplesmente era pra que o bebe nao sentisse muito frio e para evitar que o umbigo pudesse molhar.
    Meu bebe nao ficou no bercario porque eu nao quiz. Teve uma noite somente que elas o levaram pra que eu pudesse dormir um pouco, mas mesmo assim elas o traziam para mim de 2 em 2 horas para que eu o amamentasse, isso tambem por opcao minha.
    Eu tambem optei por ter parto normal, mas ja havia algumas horas que tinha entrado em trabalho de parto e meu filho ainda nao havia nascido. A medica entao queria fazer cesaria. Eu disse que nao, e tentei por mais 1 hora ate que ele nasceu.
    Eu acho que tudo aqui e muito diferente do Brasil, ha nao ser que voce tenha boas condicoes financeiras no Brasil para se quer ter um tratamento respeitavel no hospital quando se vai ter um filho. Aqui eles de dao todo o apoio. Te ensinam tudo; te ajudam se vc nao tem condicoes financeiras para comprar fraldas, formulas,etc. Eu mesma ganhei uma maquina para tirar leite que na epoca custava $300!! Tambem te dao apoio psicologico e o que mais for necessario. Nunca tive filhos do Brasil, mas tambem nunca ouvi falar que o pediatra da crianca fosse ao hospital horas depois de a crianca ter nascido para te conhecer e ver como o baby esta. Aqui em Boston, vc escolhe o seu pediatra antes mesmo de a crianca nascer. O nome desse pediatra fica na sua ficha e quando a crianca nasce ele e avisado. Entao, advinha? Mais ou menos 5 horas depois que meu filho havia nascido, me acordo com o pediatra dele nos chamando para poder ver como o baby estava.
    Entao, acho que esses fatos e mitos talvez dependa de onde vc tenha o seu filho, ja que cada estado aqui tem as suas proprias regras e leis :-)

    • Cristiane, em momento algum ela escreveu que eram regras ou verdades absolutas. Você “discordar TOTALMENTE do que ela escreveu mostra que você precisa de um bom curso de interpretação de texto! As palavras preferencia, recomendação, conveniência foram usadas para mostrar que existe escolha e flexibilidade. “Não existe a cultura de” não é sinonimo de “não é permitido”.

      • Ola Beatriz, tudo bem?
        Realmente interpretei mal o texto. Mas estou tao acostumada a ouvir e ler brasileiros falando mal dos Estados Unidos que realmente pequei feio na interpretacao. Agora, se eu preciso de aulas de interpretacao como vc disse, vc precisa ter aulas de educacao nao e mesmo? Achei que este blog era para ajudar as pessoas e nao para ofender e fazer “barraco”, como ja vi que e o seu caso…ou sera que interpretei mal tambem a ideia do blog? Muito obrigada!!!

    • Olá Cristiane! Estou grávida de cinco meses e gostaria de dar a luz em Boston, para que meu filho tenha a nacionalidade americana. Qual hospital vc me indicaria? É gratuito ou preciso de um plano de saúde? E o pré natal? Enfim, o que vc puder me esclarecer eu ficaria muito agradecida!

  7. Tambem tive tive meu bebe no exterior e ela so tomou banhou alguns dias depois da cesarea qdo pude levantar. Eu nunca vou esquecer o cheirinho natural de um bebe! So me dei conta que aquele cheiro iria embora depois do banho. Eh delicioso e nao ha nada sujo em um bebe recem-nascido, a pele absorve o vernix, os medicos limpam o excesso antes de vir pro colo.

  8. Adorei o seu relato, tinha duvidas sobre como é por aí os partos, pois nos seriados que vemos por aqui, realmente parece que o parto normal é predominância nos EUA. Tive meu filho no Brasil, tentei parto normal por 17h, mas optamos pelo melhor parto, a cesarea. Tentei até onde foi seguro para meu bebê, e tb para mum, claro. Fui tratada por médicos carinhosos e dedicados, e assim como onde você reside, tice meu momento “skin to skin” por quatro horas. Meu bebê ficou comigo no quarto o tempo todo, não existe berçário onde fiz meu parto, eu troquei a roupa, eu que dei banho, eu que cuidei da cria desde o momento em que ele saiu da minha barriga. Meu parto foi perfeito! Experiência única.
    Contudo já visitei outros hospitais e perguntei a outras mamães sobre partos em diversas cidades e o que pude verificar é que o parto que tive é minoria, e a pratica do “pele com pele” quase nunca praticado. O berçário ainda é campeão no Brasil, e minha própria irmã demorou boas horas até conseguir pegar sua filha jo colo.
    Obrigada por compartilhar seus textos conosco! Já estou esperando o próximo. Beijo

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