segunda-feira, 20 outubro, 2025

Você quer ser Mãe — ou acredita que precisa querer?

Ser mãe é desejo? Instinto? Pressão? Um texto que provoca, inspira e questiona o que realmente significa escolher — ou não — a maternidade.

Mulher andando ao ar livre em caminho para a praia – Você quer ser Mãe

Oi Mamães e Papais! A coluna de hoje traz a reflexão para mulheres sobre ser mãe, ou optar por não ser.

Neste texto sensível e provocador, a Dra. Paula Fettback — especialista em Reprodução Humana — convida à reflexão sobre maternidade, liberdade feminina e as heranças silenciosas que atravessam gerações.

Um olhar atual sobre escolhas, pressões e o significado de “ser mãe”.

Então, vem com a gente nessa leitura e aproveite para encaminhar para aquela amiga que está passando por todos esses questionamentos!


No mês das mães é sempre delicado escrever sobre maternidade e o significado deste dia para quem vive a infertilidade. Quando escrevo e falo sobre o dia das mães meus pensamentos me transportam às memórias de minha avó.

Ela era meu porto seguro, meu referencial de amor incondicional quando penso no palavra “mãe”. Foi seguindo o exemplo dela que recebi o apelido jocoso, e com uma pitadinha de crítica, de “mamãe-vovó”.

Acredito que pela convivência e tamanha veneração que tinha por ela inconscientemente meus atos e a maneira de criar minha filha Elena acabaram se tornando um espelho de minhas memórias.

Tento me controlar, exercer maior rigidez de “mamãe” do que “vovó” quando necessário, mas confesso que em muitas situações mereço o título que me foi dado. E envolvida em minhas lembranças do dia das mães me recordei de um post que recebi confrontando nossa geração com a das nossas avós e de uma entrevista recente de Paolla Oliveira sobre não desejar ser mãe.

Mas afinal o que o dia das mães, as nossas avós e Paolla Oliveira tem em comum? Vou tentar explicar.

Minha avó desempenhou com louvor o estereótipo de “dona de casa”. Para mim, na essência, sempre foi uma mulher a frente de seu tempo.

Ela adorava dirigir e nos levar a diferentes lugares, era conhecida por sua elegância,  lançava tendências de moda na cidade do interior que vivia, uma “influencer” daqueles tempos… gostava de viajar, e acima de tudo adorava uma festa!

Minha avó era aquelas pessoas “inimigas do fim”, ficava ali, sentadinha, olhando, sorrindo, só queria estar entre as pessoas se divertindo. Até um pouquinho antes dela partir, mesmo na cadeira de rodas, não foram poucas vezes que fui embora das festas de família antes da minha vó.

E assistindo a este post no Instagram comparando as conquistas de nossa geração com a de nossas avós me peguei pensando a mulher que ela seria hoje em dia e o quanto realmente nos libertamos de alguns antigos  “padrões femininos”?

No post os vídeos de mulheres idosas eram confrontados com frases como “minha avó não pôde viajar sozinha com as amigas”; “minha avó não teve o direito de se divorciar de um casamento tóxico”; “minha avó não conseguiu trabalhar e ter sua liberdade financeira”; “minha avó não pôde escolher quantos filhos queria ter”.

Enfim, realmente várias conquistas de nossa geração. Mas será que somos tão livres assim?

E neste contexto me lembrei de Paolla Oliveira. Uma mulher pública que conseguiu se libertar dos padrões de beleza irreais do “photoshop”. Linda, bem sucedida, indiferente aos julgamentos alheios e em paz com seu corpo a tornaram um exemplo para todas que ainda vivem escravas de modelos inalcançáveis.

(Tema maternidade na entrevista com a Paolla Oliviera no minuto 31.)

E há alguns dias após ouvir seu relato de que tinha congelado óvulos mas que não sabia ao certo se um dia vai querer ser mãe, minha admiração se tornou ainda maior.

Paolla diz “estar confortável com sua decisão e que sua vida esta consistente sem filhos”. Menciona que “por muito tempo sentiu-se pressionada, insegura e culpada por não querer ser mãe”. Sim, pela minha experiência é sobre esta pressão que vivem as mulheres “modernas”.

Ser ou não ser mãe também não deve fazer parte de nossas escolhas?

Como médica especialista em Reprodução Humana vivo a dor e a luta de mulheres que sofrem com a infertilidade. Sinto o quanto são cobradas pela sociedade e por elas mesmas quando naturalmente não foi possível gestar.

Sim, a maioria das mulheres sonha e quer do fundo do coração ser mãe. Outras que julgam ter dúvidas no momento que experimentam a maternidade florescem como as mais radiantes das mães. E como tudo na vida existem escolhas.

Mulher sorrindo ao ar livre – Você quer ser Mãe

As conquistas femininas na sociedade ocidental são inquestionáveis. Hoje realizamos muitos feitos que eram julgados impossíveis por nossas avós.

Mas como viveriam hoje nossas avós? Somos tão livres assim? O quanto a pressão da sociedade e nossa autocobrança nos influenciam? Não encontrei respostas concretas para estas perguntas.

Por fim, se estamos prontas para viver nossas escolhas cada uma de nós deve olhar para dentro, em nossos tabus e dores individuais, e às vezes tentar ser um pouquinho Paolla Oliveira. Feliz dia das mães!


Este post do Just Real Moms foi cuidadosamente elaborado por um médico altamente qualificado, trazendo informações confiáveis e embasadas para você. Fique por dentro dos insights e conselhos de um verdadeiro especialista no assunto!
Este post do Just Real Moms foi cuidadosamente elaborado por um médico ou especialista altamente qualificado, trazendo informações confiáveis e embasadas para você. Fique por dentro dos insights e conselhos de um verdadeiro especialista no assunto!

Conheça a Dra. Paula Fettback, Ph.D.

Instagram: @PaulaFettback

Mãe da Elena, ginecologista, obstetra, especialista em reprodução humana e modulação hormonal. Graduada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL).

Residência médica e doutorado no Hospital das Clínicas da USP (HCFMUSP) e estágio em reprodução humana na Universidade de Michigan (EUA). Atua na clínica MÃE em São Paulo e Londrina e trabalha com ênfase na saúde e bem estar da mulher em suas fases da vida.

Ênfase, também, na preservação da fertilidade e cuidados no climatério e menopausa.

Por fim, é Autora do livro “A Espera: O guia definitivo para o sucesso da gestação“.

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