Como deve ser feito o uso da nebulização durante a pandemia para evitar que o vírus seja transmitido para outras pessoas?!
Oi Mamães e Papais, hoje o Dr. Rodrigo Athanazio – Médico Pneumologista com doutorado pela USP, a convite do Just Real Moms e da Omron, vai contar sobre os cuidados com o uso de nebulização durante a Pandemia!
Para quem tem costume ou necessidade do uso do nebulizador, vale a pena ler e prestar atenção às recomendações abaixo!
Várias das nossas mamães e papais usam nebulizadores em casa, em viagens, então decidimos trazer este conteúdo, pois sabemos que este aparelhinho faz parte da vida de muitas famílias!
Então, confira como fazer nebulização durante a pandemia, com segurança!
Existe sim uma recomendação formal contra o uso de nebulizações durante a pandemia da COVID-19.
Entretanto, é importante deixar claro o motivo desta recomendação.
O receio quanto ao uso de nebulizações durante a pandemia está pelo risco de maior transmissão do novo Corona vírus a partir de aerossóis gerados durante a nebulização.
Sabemos que a principal via de transmissão direta entre pacientes é por gotícula.
Ou seja, aerossóis são mais transmissíveis do que gotícula por possuírem menor tamanho e poderem se dispersar com mais facilidade.
Algumas situações como ventilação não invasiva, intubação orotraqueal e nebulização aumentam a geração de aerossóis e consequentemente o risco de transmissão viral.
Dito isso, precisamos levar em consideração que esse receio de transmissão ocorre quando estamos falando de locais com alta circulação de pacientes e sem isolamento adequado.
Um exemplo claro desta situação são os prontos-socorros.
Desde que começou a pandemia, iniciou-se um movimento contra uso de nebulização para evitar que um paciente pudesse contaminar outros pacientes no ambiente, assim como os profissionais de saúde, através dos aerossóis gerados pela nebulização.
Dentro dos próprios hospitais, sempre que possível, recomendava-se não usar nebulização mesmo em pacientes com isolamento. Se o paciente tivesse indicação formal de usar, poderia ser feito.
Porém, o fato de usar nebulização no quarto acabaria levando a geração de mais aerossol que ficaria disperso no quarto. E então, podendo aumentar o risco de contaminação do time de saúde quando entrasse no local.
Mas, é importante salientar que essa realidade é diferente quando estamos falando de tratamento domiciliar.
Pacientes que tenham que fazer inalação em casa e estejam em isolamento, não costumam ter pessoas entrando no seu quarto.
Se o paciente estiver com Covid em casa e isolado no seu quarto, não há maiores problemas de fazer sua inalação com a porta fechada e janela aberta – assumindo-se que as demais pessoas da casa não entrarão naquele ambiente.
Desta forma, realmente tínhamos a recomendação de não usar nebulização em pronto socorro, evitar ao máximo o uso dentro do hospital e possibilidade sim de usar nebulização em casa, mas tomando os cuidados adequados de isolamento.
Mas, é fato que diante da recomendação de não uso de nebulização no ambiente hospitalar, isso acaba aumentando o receio das pessoas de usarem em casa.
Outro fator importante para lembrar são as manifestações clínicas da COVID-19 que mudaram um pouco com as novas variantes.
Durante o início da pandemia, a maior parte dos pacientes apresentavam sintomas muito leves de vias aéreas superiores com praticamente nada de secreção. Isso inclusive tendia a diferenciar Covid de outros quadros virais.
Sabemos que as nebulizações são muito usadas para alívio de sintomas obstrutivos e para auxílio na retirada de secreções.
Logo, além do receio de maior transmissão do vírus com as nebulizações, não existia muita indicação clínica para o seu uso no manejo da Covid – a não ser que o paciente precisasse fazer por outras indicações de comorbidades respiratórias.
Atualmente, temos visto um quadro clínico bem diferente com as novas variantes, sobretudo a Omicron. O quadro de vias aéreas superiores é muito mais exuberante.
Pacientes estão se queixando muito mais de obstrução nasal, maior rinorreia e temos visto muitos casos de complicações com sinusite.
Desta forma, os quadros usuais de Covid passam a se assemelhar muito mais com os quadros de resfriado e gripe onde sabemos que muitos pacientes sentem conforto com a realização de nebulização.
Acredito que existe espaço sim para uma comunicação clara e objetiva com os farmacêuticos explicando esses pontos.
Acho interessante trabalhar com essa mudança da apresentação clínica da Covid com as novas variantes e um possível papel benéfico da terapia nebulizada.
Entretanto, é muito importante sempre deixar muito claro as medidas de segurança que devem ser tomadas para o uso de nebulização neste contexto.
Em conclusão, é recomendado que o paciente faça a nebulização isolado, no seu quarto com porta fechado e preferencialmente com a janela aberta.
Por fim, poucos meses atrás, postamos alguns conteúdos super bacanas compartilhando com vocês sobre o nebulizador da Omron, o NE-C803.
Ele é super pequeno, compacto, leve e fácil de transportar, além de bem silencioso e com uma tecnologia que evita o desperdício de medicamento.
Falamos muito também da névoa que é super fininha. E assim, é melhor e mais facilmente absorvida pelo pulmão, tendo uma eficácia melhor e mais rápida!
Autor convidado: Dr. Rodrigo Athanazio – Médico Pneumologista – Doutorado pela USP (CRM 122658 | RQE 42009 e 42010)
Em parceria com: Omron Brasil