Olá!
Atendendo a pedidos de muitas mães, pedimos para nosso colunista, o pediatra Dr. Jairo Len, escrever sobre as maiores dúvidas das mães com relação ao refluxo em bebês!
Meus gêmeos tiveram e sei bem como é desesperadora essa fase.
Espero que ajude as mamães que passam por isso!
Mil Bjss
……………………………………………………………………………………………………………………………………………………
O refluxo gastroesofágico (RGE) é uma situação muito comum nos recém-nascidos.
1) Quando surge o RGE?
A maioria dos casos tem início entre o nascimento e os dois meses de idade mas podemos, algumas vezes, observar o refluxo começando com até 1 ano de idade.
O RGE é uma doença que pode acontecer também em crianças mais velhas, em quaisquer idade. Mas vamos falar aqui do RGE dos bebês.
O simples fato de um bebê vomitar ou regurgitar já caracteriza um refluxo, mas muitas vezes esse refluxo é considerado normal ou fisiológico, não tendo maior importância. São os “regurgitadores felizes”.
Mas, em outras vezes, os sintomas podem aparecer, inclusive naquelas crianças que não têm regurgitação ou vômitos (é o chamado “refluxo oculto”). Nestes casos, quando temos sintomas, podemos chamar de “doença do refluxo gastro-esofágico”.
2) Que sintomas são esses?
Na doença do RGE, temos sintomas como o choro, incômodo, dificuldade para mamar, dificuldades no sono (principalmente de dia), opistótono (jogar o corpo para trás), baixo ganho de peso. Em alguns casos temos pausas respiratórias (apneias), estridor ou ruídos respiratórios, tosse crônica.
3) Quais as causas?
Existem múltiplas causas para o recém-nascido apresentar refluxo. Na maioria das vezes a causa é uma imaturidade do trato digestório, algo fisiológico, próprio dos bebês. Pode também haver uma intolerância alimentar, tanto a componentes do leite materno como das fórmulas lácteas. Por fim, temos causas de má formação do trato esôfago-gastro-intestinal, mas são doenças raríssimas.
4) Como diagnosticar?
A maior parte das crianças é diagnosticada por meio de critérios clínicos e histórico, não sendo necessária a realização de exames laboratoriais. Em alguns casos, o pediatra pode solicitar exames para o diagnóstico mais preciso. São exames como a endoscopia digestiva, a pHmetria, o raio X contrastado ou a cintilografia. Por serem exames invasivos, a solicitação deles deve ser criteriosa.
5) Como tratar?
Antes de se medicar o bebê, algumas medidas podem ser tomadas para amenizar ou até resolver o RGE:
– Medidas Posturais: além de aguardar mais tempo para o arroto, os bebês podem ser deixados por mais tempo no bebê conforto (caso melhore o refluxo nessa posição). A elevação da cabeceira do berço em cerca de 30º também deve ser feita. Existem colchões próprios para isso, inclusive. Para casos mais importantes, há colchões com inclinação de 45°, próprios para recém-nascidos, com apoios laterais e entre as pernas.
– Dieta materna ou troca do leite: em alguns casos devemos fazer algumas restrições à dieta materna ou, no caso de crianças que usam fórmulas lácteas, tentar outros tipos de fórmula (hipoalergênicas ou pré-engrossadas).
6) Refluxo tem cura?
Quase 100% das crianças tem cura até 6 meses ou 1 ano de idade, com as medidas acima ou com o uso de medicamentos próprios para o refluxo. Raríssimos casos tem uma evolução prolongada, necessitando medicação por mais tempo, acima de um ano de idade. Para casos severos e de forma muito rara, existe uma cirurgia definitiva para a correção de refluxo.
Meu bebê está com esse problema, não sei mais o que eu faço. A pediatra já me disse que isso pode ser apenas fase e que pode desparecer sem fazer nada.
https://lardastentantes.com.br/como-engravidar/