sábado, 6 setembro, 2025

Seu filho sofre bullying? Veja como identificar!

 

Oi, meninas!

 

Hoje vamos falar de um assunto que está em alta nos últimos tempos: o bullying. Mas, afinal, como devemos agir se isso acontecer com nossos filhos? Como conseguimos identificar? Enfim, várias perguntas nos cercam quando pensamos no desenvolvimento e crescimentos dos filhos, por isso precisamos estar cientes dos possíveis problemas que eles podem encontrar ao longo da vida. Achei esse texto bem interessante para as mães cujos filhos estão passando por esse problema ou, também, apenas como informativo para o conhecimento de todas as mães.

 

 

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O que é bullying?

A definição mais aceita é que o bullying é um comportamento intencional e sistemático e objetiva causar dor física ou emocional. Geralmente é realizado por uma ou mais pessoas contra outra mais fraca ou com menos poder. Não é bullying quando uma criança briga com a outra ou quando há troca de xingamentos. Isso é problema de agressividade mal dirigida. Se não for sistemático, intencional, com desequilíbrio de poder ou força, não é bullying.

 

Como os pais podem identificar?

A criança demonstra alguns sintomas em casa: dores de cabeça antes de ir pra aula, sono agitado, irritabilidade constante e reclamações sem sentido como “odeio aquela professora”, “não gosto daquela escola”, “tô sujo porque caí”, “perdi o dinheiro do lanche” e outras fora do comum. Além disso, a criança fica mais retraída e prefere isolar-se.

 

Como denunciar?

Antes de denunciar, vale a pena incentivar a própria criança a tomar a iniciativa, para que a vitória seja dela também. Falar com a coordenação pedagógica e solicitar uma solução e um prazo. Em escolas menores, a direção deve ser comunicada imediatamente. A criança fala com a coordenadora ou a diretora e explica o que está acontecendo. Imediatamente os pais devem ir à escola e confirmar a história, devem reforçar o pedido de solução. A solução nunca pode ser pontual, pois o bullying é global, problema de todos e não de apenas algumas crianças. Não se deve deixar a criança resolver tudo sozinha. Esse caso é sério e precisa da interferência dos pais. A iniciativa da criança deve ser valorizada, para que ela não tenha uma imagem de si mesma como “vítima” ou “coitadinha”.

 

Qual o papel da escola nestas situações?
A escola madura toma decisões coletivas. Toda a comunidade escolar deve ter consciência do que é o bullying, o que causa, como tratar, como identificar e principalmente como criar um clima de solidariedade em que o bullying seja extinto. Uma escola só vence o bullying quando os pais, professores, funcionários e alunos aprendem sobre causas e consequências do bullying.

 

A escola é responsável por comunicar os pais dos envolvidos?
Por lei, tudo o que acontece na escola é da responsabilidade dela. Ou seja, a escola pode ser acionada judicialmente em caso de bullying, pois acontece sob suas dependências. Portanto, deve sim comunicar as famílias da vítima e do agressor. Não apenas comunicar, mas explicar quais as providências que estão sendo tomadas e porquê.

 

E os professores?
Os professores precisam receber treinamento para identificar o bullying, para saber como abordar a vítima, como abordar o agressor, como criar um ambiente de inclusão e principalmente como criar vínculos significativos com as crianças para que esse tipo de situação não ocorra. Professores mal preparados podem piorar a situação e acabar traumatizando os envolvidos.

 

Como tratar uma criança que sofre ou sofreu com o bullying?
Se ela está sofrendo, precisa imediatamente sair da situação de vítima. A autoestima está baixa, seu valor está diminuído perante o grupo e, provavelmente, seus amigos a abandonaram. Portanto precisamos, nós adultos, ajudar essa criança a socializar-se de forma saudável. Isso deve ocorrer tanto para aquela que está sofrendo com as agressões quanto com a que já sofreu. Nosso principal foco deve ser ajudá-la a melhorar sua autoestima e seu círculo de amizades.

 

O agressor também precisa ser tratado? Como?
Normalmente as escolas ajudam apenas a vítima e punem os agressores. Erro comum. Os agressores também precisam de ajuda, pois estão com seus valores perturbados. Não percebem o sofrimento do outro ou quando percebem não se sensibilizam com a dor do outro. Esses agressores precisam reconstruir seus valores, seus princípios e adquirir uma visão da vida, do mundo e das pessoas baseada no respeito pelas diferenças e não no preconceito.

 

Como falar deste problema com as crianças?
Da forma mais aberta possível e explicando por meio de exemplos práticos e reais o que é o bullying. Entretanto, precisa-se tomar cuidado para não expor uma criança com exemplos ou com relatos.

 

O uso frequente da internet aumenta esta prática?
Não aumenta, apenas abre espaço para um novo tipo de agressão: o cyberbullying. Xingar, difamar, caluniar, humilhar pessoas em páginas da internet, por emails, em blogs ou quaisquer outros meios eletrônicos é tão prejudicial quanto o bullying tradicional, presencial.

 

É possível controlar o uso de ferramentas da internet para diminuir o bullying?
O controle não deve ser feito por meio de softwares, pois o agressor que encontra limitações nos computadores da escola ou da própria casa, vai encontrar outra oportunidade na casa de um colega. O que deve acontecer é um trabalho de conscientização pela escola, pois atingirá melhor os objetivos. Um detalhe: se a vítima for a um cartório e solicitar que seja documentada a agressão por meio de página de internet, o funcionário abre a página no computador do cartório, imprime e carimba com a data e assina a folha. Esse papel passa a ser documento perante à Justiça. Essa informação deve ser passada a todos os alunos e a todos os pais. O objetivo é dificultar esse tipo de agressão.

 

Como estabelecer os limites nas crianças/adolescentes para evitar este problema?
Deve-se sempre agir com os alunos construindo vínculos significativos e abrindo possibilidades para o diálogo. Quando há essa cumplicidade entre os estudantes e os professores, dificilmente uma situação de bullying segue adiante. Se a escola se mantém distante dos alunos afirmando que seu trabalho é apenas curricular, abre espaço para as agressões e passa a ser cúmplice dos bullies (agressores).

 

E se a escola se recusa a agir mesmo sabendo da existência de bullying em suas dependências?
Infelizmente há escolas despreparadas e imaturas. Uma escola que permite o bullying afirmando que isso é “da idade”, “normal nessa fase”, “isso sempre existiu, não é de agora” demonstra que não se preocupa com a formação integral de seus alunos, mas provavelmente afirma o contrário em seu Projeto Político Pedagógico. Declara que seu objetivo é o desenvolvimento dos aspectos cognitivos, sociais, psicológicos etc., mas na prática é cúmplice da deformação e da falta de ética. O ideal é entrar em contato com outros pais e solicitar uma reunião com a direção, e representantes da associação de pais e mestres.

 

MARCOS MEIER é mestre em Educação, psicólogo, escritor e palestrante

 

 

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6 COMENTÁRIOS

  1. Olá
    Adorei o post, me ejudou e esclareceu muitas coisas pois tenho um filho de 4 anos que está sofrendo bullying na creche por ser gordinho. Começou ano passado com outras crianças chamando ele de gordo e ele começou a ficar retraido e com medo, não queria ir a escola de forma alguma, entrei em contato com a professora dele e ela conversou com as crianças, então melhorou a situação, pois jah tinha chegado ao ponto de le se recusar a comer e a ficar sem camiseta em público. Porém esse ao, as aulas mal começaram e a situação jah está insustentável, ele agora além de ser chamado de gordo está sendo agredido fisicamente por outras crianças enquanto o chamam de gordo socam-no na barriga! Estou realmente desesperada pois não sei bem o que fazer a respeito… ele está crescendo traumatizado e associando na cabecinha dele, escola a sofrimento e dor. Isso é muito sério, porém infelizmente nós só vemos isso quando ocorre com nossos filhos ou alguém da nossa família. Obrigada pela matéria, bjs.

  2. Jú, Parabéns,…adorei o seu blog … tenho uma filha de 14 anos -Marcella -(nossa relação é ótima…confiança….amizade….admiração …estou curtindo muito minha adolescente … minha princesinha cresceu … continua crescendo…e me orgulho da mulher que estou vendo surgir …); compartilho dos seus “10 mandamentos” sobre ser mãe de menina e menino…tenho um filho de 8 anos, …um presente na minha vida…poder viver essa experiência é sem dúvida a melhor razão da minha vida ! Bjs Luci.

    • Oi Luci, Fico muito feliz de você estar gostando do blog! Também tenho um casal e me considero a pessoa mais feliz e sortuda do mundo!Mil beijos

  3. Olá!!!!

    Muito bacana o post!!! Aproveito para sugerir um post sobre escolha de escola. Estou vivendo esse dilema atualmente com o meu filho de 3 anos e meio. Ele está há um ano na escola, na rua da minha casa e gosto muito mas só tem educação infantil. Moro em SP e vejo a polemica de conseguir vagas em escolas e já estou visitando algumas opções e estou super em duvida entre optar por uma escola Internacional ou uma tradicional. Se puderem fazer um post sobre esse tema iria me ajudar muitooo.

    Super Obrigadaa

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