Olá, meninas!
Tudo bem?
Estava passeando pelo site psiamandabastos e encontrei um artigo superinteressante para as mamães!
É muito comum que crianças entre 3 e 7 anos arranjem “amigos imaginários”. Isso pode deixar alguns pais preocupados, afinal, os pequenos começam a falar sozinhos e logo muitas questões surgem na cabeça das mães e dos pais.
Por isso, se você passa por isso ou já passou, aqui vai um texto super bacana com 5 curiosidades sobre os “amigos imaginários”. Confiram!
1) Ter um amigo imaginário é natural:
De acordo com a pesquisadora Inge Seiffge-Krenke (2010), os amigos imaginários fazem parte do desenvolvimento infantil normal.
Eles integram a categoria do faz de contas, onde a criança pode atribuir vida a objetos inanimados ou imaginários.
Paulinha tem 4 anos e é apaixonada pelo trabalho dos bombeiros.
Sua mãe lhe presenteou com um carrinho de cor vermelha, desde então, sempre que brinca com o objeto a menina imita sons de sirene e diz ter vários bombeiros dentro dele.
(Exemplo)
Enquanto brinca de faz de contas, a criança pode recriar situações do seu dia a dia, aprender, identificar e lidar com emoções e pensamentos, treinar comportamentos, ou ainda, encenar situações temidas.
2) Ter um amigo imaginário pode ser sinal de maior nível de inteligência e criatividade:
Ao contrário do que muitos pais/cuidadores pensam, a criação de um amigo imaginário não é sinônimo de isolamento social, tampouco é resultado da falta de habilidade em estabelecer amizades com pessoas reais.
Pesquisas apontam que crianças em idade pré-escolar que relataram ter amigos imaginários, apresentaram maior criatividade, habilidade comunicativa e de empatia, do que crianças sem amigos imaginários (ROBY & KIDD, 2008; SEIFFGE-KRENKE, 2000).
3) O amigo imaginário “vive” enquanto possuir uma função para a criança:
O amigo imaginário costuma aparecer diante de situações novas e desafiadoras para a criança. Seja a entrada na escola, a chegada do novo irmão, o divórcio dos pais, ou a aprendizagem de novos conteúdos escolares.
Além destas situações, o amigo imaginário também pode aparecer como um auxiliar da criança no manejo de emoções negativas (tristeza, medo, raiva), na internalização de regras e limites, no relacionamento e interação com os pares.
Tratando-se das internalizações de regras e limites, a criança pode usar o amigo imaginário para expressar os comportamentos que seus pais/cuidadores não permitem.
Juju, quem usou meu batom?- Pergunta a mãe
– Foi a Marilu (amiga imaginária). Eu disse pra ela que não pode!
(exemplo)
Quando a criança se percebe como capaz de lidar com tais situações e controlar seus impulsos, o amigo imaginário torna-se dispensável e acaba por partir.
4) A criança sabe que seu amigo é apenas imaginário:
Não importa se o amigo imaginário é uma “pessoa” ou “animalzinho de estimação”, a criança sabe que eles não são reais , mesmo que ela os traga para situações do seu cotidiano.
Os amigos imaginários não a oprimem, ameaçam ou chantageiam, pois seu criador (a criança) tem total domínio sobre eles, podendo modificar sua criação do modo que desejar. A criança decide quando, como, onde e o que o amigo imaginário faz ou deixa de fazer.
Seu filho decide a hora em que a “amizade” chegará ao fim, despedindo-se de sua criação.
5) Quando o amigo imaginário é sinal de uma patologia ou sofrimento mental?
Caso seu filho descreva o amigo imaginário como algo ou alguém ameaçador, perigoso, negativo, que lhe force a dizer, pensar ou fazer coisas que não deseja, então é hora de buscar auxílio profissional.
Um psicólogo infanto-juvenil irá investigar e avaliar se o amigo imaginário é uma produção natural da infância, ou indica sinais de uma psicose infantil.
Alucinações e delírios NÃO SÃO amigos imaginários, e sim uma produção patológica da mente da criança.
Finalizando…
Percebendo que de fato trata-se de um amigo imaginário, e não de uma alucinação infantil, respeite a fase de seu filho.
Evite rir da criança, menosprezar ou “acabar” com o amigo imaginário. Procure conversar com o pequeno, entender e conhecer o amigo imaginário, isto pode lhe auxiliar na compreensão da fase que seu filho está vivenciando.
Fonte: psiamandabastos