Não me lembro de ter sido uma criança particularmente fóbica. Lembro-me de ter um pouco de receio de cachorros que, assim que ganhei um poodle, passou totalmente. Dormia no escuro, subia em muros, pegava insetos nas mãos, viajava de avião dormindo como um anjo…
Mas comecei a sentir “coisas” no reveillon que antecedeu meu casamento (que ia ser no começo de março). No voo de volta para casa fiquei imaginando meus pais tendo que avisar todo mundo sobre o cancelamento se eu morresse.
Depois que tive filhos, paniquei de vez. Como dizia meu avô italiano, fiquei cheia de “paúras”. Comecei a imaginar que meus filhos iam morrer sem respirar e, é claro, tapei os narizinhos deles até os acordar inúmeras vezes. Tinha pesadelos em que caía com eles no colo. Pensei mil vezes que iriam rolar as escadas. Agora que começaram a “sair”, penso que serão abusados, sequestrados e outros “ados” horríveis.
Com esforço calculado, consigo afastar os pensamentos negativos mas, mesmo assim, às vezes é tão profunda a marca deixada pela imaginação que passo alguns minutos tremendo e com taquicardia.
Quero crer que, até o momento, consegui que a minha paranoia pessoal não redundasse em um excesso de proteção pouco saudável para meus filhos. Afinal, por mais terrível que essa possibilidade seja, as coisas ruins podem acontecer mesmo quando estamos com eles!! Será que junto com os filhos são mesmo acrescentados aos nossos nomes os sobrenomes CULPA e MEDO?
Minhas amigas falam que eu sou muito tranquila, que poderia ter 10 filhos… Mas eu sofro muito. Imagina, então, quem até os outros acham estressado? Haja calmantes, joelhos para rezar e “inhale blue exhale red”.
Hugs and less fear to all

Priscila Rocha Leite é colunista do Just Real Moms e escreve aqui toda terça-feira. Para ler (ou reler) o post #2 da Pri, cliquem AQUI.
medos e cuidados com os filhos é natural , pois é o que mantém a preservação.
Mas é claro que os seus medos já se transformaram em paranoias, que causa sofrimento .
Neste caso acho muito importante voce procurar ajuda psiquiátrica, pois não é normal.
Fernanda, ADOREI!! Tinha um professor meu que falava “e se” não existe. Pensa nisso toda vez que teu cérebro produzir uma pérola dessas ;-)
Eu sou a Fernanda SE… E se ele for sequestrado… e de ele cair… e se eu passar mal ! Af. Um dia levei uma bronca do meu cunhado e melhorei um pouco !!!
Parabéns pelos seus textos Priscila, são ótimos !!
Renata e Fê, falei que ia comentar e aqui estou !!
Renata, sou aquela amiga da Fê que vc conheceu no casamento sábado e eu disse que ia deixar um comentário. Parabéns pelo blog. Bjs
Ahahahahaha Oi Fê!! Óbvio que eu lembro!!!! Fiquei feliz de vc ter entrado aqui!!! Comenta sempre!!!! Amei!! Mil Bjss e obrigada!
Mães reais têm medo. TODAS. Até de escuro ;-)
Pri,
Como toda a mãe você padece de noias super pra de normais… Mas sabe expressá-las como ninguém. <3
Amo os textos da Pri! Bj