Muitas coisas devem ser levadas em consideração por um médico de confiança na hora que optamos fazermos uma cirurgia plástica estética. Mas, devemos nos submeter à cirurgia se estamos está acima do peso?
Oi Mamães, quem aí está acima do peso ideal e se questionando se deve fazer uma cirurgia plástica estética? Mas, o qual seria o peso ideal?!
Bom, para tirar essa dúvida, convidamos a nossa Colunista – Dra. Larissa Sumodjo, Cirurgiã-Plástica – para escrever um post!
Vejam abaixo e sempre consultem o seu médico de confiança.
Pensando no que poderia escrever este mês, me lembrei de um comentário que ouvi ontem de um familiar:
“A fulana tem uma mama enorme, a maior que eu já vi. Mas, ela está acima do peso. O médico até topou operar, mas não dá, né? A filha falou que ela não vai fazer cirurgia se não emagrecer…”
Esse tipo de pensamento ou questionamento é muito comum. Todos sabemos que o ideal é estar com o peso adequado – isso para nossa saúde, bem-estar, qualidade de vida, longevidade, etc…
Mas, quando estamos falando de uma cirurgia plástica estética que tem um cunho funcional grande, precisamos extrapolar o raciocínio.
Primeira coisa, logicamente, ninguém vai pensar em plástica se a/o paciente não tiver condições clínicas para isso. Ou seja, sem comorbidades, ou com doenças de base (como hipertensão e diabetes) absolutamente controladas.
Assim, uma avaliação com um médico clínico de confiança é fundamental.
Bom, mas tendo-se isso como um pressuposto, o cirurgião plástico precisa escutar a queixa de quem está fora do seu peso ideal e determinar o que pode ser feito – sempre com segurança.
A partir daí, é necessário que ambos – médico e paciente – entendam se aquilo que se propõe, com o resultando que se pode atingir, atende as expectativas da pessoa.
Vamos usar como exemplo a conhecida que motivou esse texto sobre cirurgia plástica.
Mulher de 60 anos que sempre teve as mamas volumosas. Há 10 anos, desde que entrou na menopausa, foi ganhando peso, sendo que hoje está 10 kg acima.
Tenta fazer dieta e atividade física, mas para nenhum dos dois é regular. Oscila 3kg para cima e para baixo, mas não consegue ter perda de peso consistente.
Com esses 10kg que ganhou, as mamas aumentaram ainda mais. Agora, tem dor nas costas, dificuldade para fazer atividade física, para escolher roupas que sirvam bem, sendo que diariamente se sente triste e desmotivada com isso.
Ela não tem outras questões de saúde, não precisa usar medicamento nenhum no dia a dia.
Acho que vocês já viram onde eu quero chegar, né? Eu discordo da filha dela e não contraindico uma mamoplastia redutora para esta mulher.
Avaliações assim, de pessoas que estão acima do peso, que muitas vezes lutam por anos e anos com a balança, e anseiam por fazer uma cirurgia que pode melhorar sua qualidade de vida e autoestima são frequentes.
É importante que essa pessoa não desista, que tenha metas e trace planos para que atinja seu objetivo.
O ideal é que a intervenção cirúrgica ocorra já quando o peso está próximo aquele desejado.
No entanto, sabemos que isso pode ser um horizonte razoavelmente distante para alguns.
Assim, se enxergamos que a cirurgia pode ter um impacto muito positivo, é papel do cirurgião plástico acolher aquele paciente, fazer um atendimento individualizado e, juntamente com ele, determinar o melhor momento para o procedimento.
Fale sobre prós e contras, expectativas, impacto de perda ou ganho de peso no resultado, etc – consulte o seu médico.
Por fim, se gostou desse post, aproveite para ler também: “Você pensa em fazer uma plástica? Mas, você sabe por quê?” e “Cirurgia plástica na região íntima”.

SOBRE A DRA. LARISSA SUMODJO (CRM124749-SP)
Instagram: @DraLarissaSumodjo
Mãe de dois, é médica Cirurgiã Plástica pela Universidade Federal de São Paulo, e em constante busca de propagar a cirurgia plástica mais consciente!
É membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e ainda é chefe de equipe de reconstrução mamária do programa de filantropia do Hospital Sírio Libanês.