Olá, moms!
Tudo bom?
Muitas de vocês nos mandam perguntas frequentes sobre Herpes Zoster, uma doença de pele rara que costuma atingir pessoas com mais de 60 anos, mas também pode acontecer com adultos mais jovens.
No post de hoje, a nossa colunista e dermatologista, Dra. Juliana Macéa, nos fala um pouco sobre esse problema de pele que aflige muitas mamães. No texto, ela falou um pouco sobre os sintomas e como agir quando a doença nos atinge. Confiram!
Dúvidas frequentes sobre herpes zoster
Nas últimas semanas atendi um número significativamente maior de mulheres jovens com Herpes Zoster e conversando com colegas dermatologistas percebi que não fui só eu. Resolvi então escrever sobre esse assunto que gera várias dúvidas nas pacientes.
O Herpes Zoster é uma doença da pele muito rara na infância sendo mais comum em adultos com mais de 60 anos, mas também pode ocorrer em adultos mais jovens. É conhecido popularmente como “cobreiro”. A causa é a reativação localizada do vírus da catapora (varicela zoster-vírus). Esse vírus é transmitido na infância e não é eliminado do corpo assim como acontece com outros vírus da família dos herpes vírus. Ele fica latente em gânglios de nervos e em situações de queda de imunidade, volta a se multiplicar levando ao Zoster, doença na qual são afetados o nervo e a área da pele correspondente ao trajeto desse nervo.
O quadro na pele é muito característico. Na maioria dos casos, o paciente sente uma dor que varia de um leve incômodo a uma dor muito intensa, em faixa, na pele. Alguns dias depois surgem as lesões que inicialmente são vesículas como “bolinhas de água” agrupadas sobre uma pele avermelhada. As lesões seguem sempre um trajeto linear e em apenas uma metade do corpo. Enquanto as vesículas estiverem na pele, há risco de transmissão da doença e portanto nessa fase deve ser evitado o contato físico com outras pessoas especialmente com crianças pequenas não vacinadas contra a catapora.
A doença em si tem uma evolução autolimitada. As vesículas evoluem para crostas que caem em 1 a 2 semanas. No entanto, a inflamação do nervo pode persistir por meses levando a complicações mais frequentes, uma dor muito intensa e persistente, no mesmo local onde ocorreram as lesões na pele.
O tratamento deve ser feito com analgésicos para a dor, e se a doença for detectada nas primeiras 48 horas, vale a pena tomar antivirais específicos que encurtam a evolução do quadro e previnem a dor persistente.
Em pessoas acima de 50 anos a incidência do Herpes Zoster e da Neuralgia Pós- Herpética aumentam muito. Assim, nessa faixa etária é recomendada a vacinação específica contra o Zoster. Está disponível no Brasil em serviços particulares desde 2014. A vacina não previne completamente a doença, mas reduz a chance de ocorrência e principalmente diminui a intensidade da neuralgia.
Espero ter ajudado, um abraço
Bom dia! Estou com 2 dúvidas.Quem já teve herpes zoster na juventude pode voltar a ter outro episódio quando mais velho?
Quem já teve herpes zozter tem indicação de vacinar quando completar 50 anos?
Agradeço desde já.
Dra. Juliana, acabei de ser acometida por esse virus, após um período de extremo stress. Estou sofrendo muito, dores intensas. Li sobre a vacina, mas também li em outro site que dificilmente a doença se repete pela 2a. vez. Sendo assim,a sra. acha que é necessário tomar a vacina, já que ela funciona em 51% dos casos? Quanto tempo depois de ter tido o Herpes Zoster devo tomar a vacina? Agradeço seus comentários. Abraços.