sábado, 6 setembro, 2025

Dia dos Avós: Lembranças do Vínculo de Amor da Vovó Landa

Neste Dia dos Avós, separamos uma homenagem especial da Pietra Di Pierro para a sua Vovó Landa e uma dica MUITO especial para você presentear quem ama! Vem conferir!

Vovó Landa com Pietra no dia de seu Casamento - Just Real Moms
Vovó Landa com Pietra no dia de seu Casamento

Olá pessoal, tudo bem? Hoje, dia 26 de julho, é comemorado o Dia dos Avós e a nossa querida Pietra escreveu um relato lindo relembrando a sua vovó Landa!

Ah, lá no final do post, não deixe de ver algumas crônicas da nossa colunista, Vovó Filó e AMARÍAMOS que deixassem – nos comentários – alguma história/lembrança que tem com os seus avós! Adoraríamos ler e compartilhar por aqui para deixar esse post ainda mais especial!

Bom, vamos para o relato da Pi!


Hoje, dia 26 de julho, é comemorado o Dia dos Avós!

A data tem origem cristã e é uma homenagem aos avós maternos de Jesus Cristo – Santa Ana e São Joaquim.

E, particularmente, acho que é uma celebração mais do que merecida.

Afinal, os avós representam afeto, sabedoria e experiência.

São nossa ligação com o passado, com as memórias de nossa infância e com as tradições familiares que passam de geração para geração.

Vovó Landa com Pietra no campo de futebol para assistir o São Paulo jogar - Just Real Moms
Vovó Landa com Pietra no campo de futebol para assistir o São Paulo jogar.

Mesmo para quem não pôde conviver com seus avós, certamente através de causos, fotos e objetos que contam histórias, entende o significado dessa figura tão especial do ciclo familiar.

Eu tive a sorte de conhecer meus 4 avós, e de ter tido uma relação única e muito profunda com a minha avó materna – Yolanda, meu grande amor.

Ela partiu ano passado, aos 96 anos, mas além da saudade ­– que ainda dói­­ – deixou muitas memórias carregadas de amor.

Então, vou contar um pouquinho para vocês…


Dizem que uma avó é duas vezes uma mãe.

Na minha experiência isso não poderia ser mais verdade!

Meus pais sempre trabalharam fora e apesar de eu sempre ter tido babás a minha vó – carinhosamente chamada de “Vó Landa”, se fazia presente.

Morávamos cerca de 4km de distância e minha vó sempre aparecia em casa dirigindo seu Chevette cinza.

E quando pela saúde e idade não pôde mais dirigir, ainda assim ia em casa – andando! Sim, ela andava os 4km com mais de 70 anos para me ver.

Ela ainda era da geração em que os avós se pareciam com as imagens de desenhos e filmes.

Uma figura mais de senhorinha. Não como os avós de hoje, que nos 70+ estão praticando esportes, trabalhando e vivendo os “novos 50” plenos! Rs.

Avó e bizavó com neta Valentina na sala de televisão - Just Real Moms
Avó e Bizavó Landa com neta Valentina na sala de televisão

Então, esse esforço dela para estar comigo significava muito.

Foi com ela que aprendi a fazer tricô e crochê. Aliás, o crochê era sempre em bordas de panos de prato que desde que eu me lembro como pessoa ela fazia e guardava para o meu enxoval.

Quando me casei, há 12 anos, eu tinha uma infinidade de panos de pratos feitos por ela.

Conheci a Cidade da Criança com ela – para quem não sabe, antes mesmo de existir Playcenter e outros parques a Cidade da Criança foi o primeiro parque temático construído na América Latina, em 1968.

Também era ela que, junto à minha mãe, fazia todas as minhas fantasias.

Tínhamos um apartamento em Santos e éramos sócios do clube Ilha Porchat (Ainda existe?), e eu sempre pulava os meus carnavais na matinê.

Pietra e prima pequenas no ombro de seu tio em festa de Carnaval - Just Real Moms
Pietra, de fantasia vermelha, feita inteirinha pela Vovó Landa.

Mas, eu me lembro muito mais da vó Landa sentada na sala, costurando lantejoulas em uma sapatilha de ballet para a fantasia de Odalisca do que das festas em si.

Conforme fui crescendo, minha vó continuou sempre muito presente em minha vida.

Uma das coisas que eu mais gostava era de ouvir os “causos” de infância dela e da minha mãe.

Foi nessas contações de histórias que descobri que minha vó trabalhou na roça e foi parteira no interior de Minas Gerais e que durante muito tempo criou minha mãe com os meus 3 tios sozinha, até se casar novamente.

Também descobri como a minha mãe ganhou a cicatriz que ela tem entre os lábios e o nariz, ao brincar com uma prima com uma latinha de leite condensado.

Passava horas escutando.

Teve até uma fase em que eu só dormia quando ela me ligava para continuar os capítulos do livro da vida dela.

Ela ia página a página de sua memória buscando algo curioso, engraçado para me contar.

Até que ela perguntava: – Pi?

Se eu não respondesse mais, ela tinha cumprido sua tarefa, me feito dormir e desligava o telefone.

Quando já estava mais velha, eu a vi começar a fazer aulas de teclado, aulas de pintura e me orgulhava sempre da mulher forte e inspiradora que eu tinha como avó.

Mesmo quando sua visão faltou (ela enxergava somente sombras no final da vida), ela nunca perdeu a alegria e fingia me ver para que eu não ficasse triste.

Pietra e Vovó Landa em casa - Just Real Moms
Pietra e Vovó Landa em casa.

Passando suas mãos delicadas em meu rosto para que o tato pudesse guiar as suas lembranças de mim.

Foram tantos momentos, viagens, jogos do São Paulo, discos de vinil do Chitãozinho e Xororó, colo e principalmente amor. Ela me fazia sentir tão, mas tão amada!

Ela dizia: “Filha, eu só vou morrer quando você se formar.” Me formei. Fui a primeira da família a cursar universidade.

Depois, ela passou a dizer: “Filha, eu só vou morrer quando você se casar.”

Pausa para dizer que eu nunca vi isso como uma pressão. Era apenas um jeito carinhoso dela dizer que queria estar comigo nos momentos marcantes e especiais da minha vida.

Me casei.

Então ela continuou: “Não, eu só vou morrer depois que você tiver um filho.”

A Valentina chegou! E teve a sorte e prazer de conviver por 8 anos com essa bisa deliciosa.

Vovó Landa segurando a Valentina, no dia de seu batizado - Just Real Moms
Vovó Landa segurando a netinha Valentina, no dia de seu batizado

Que viveu seus 96 anos muito bem vividos.

Construiu sozinha sua família. Veio de Conselheiro Lafaiete em Minas Gerais em busca de oportunidades melhores em São Paulo.

Com esforço do seu trabalho comprou sua casa própria. Perdeu um filho recém-nascido e outro ainda na gestação.

E que mesmo em meio às lutas e dificuldades inspirou a todos que conviveram com ela por nunca ter perdido a alegre, a leveza e a vontade de viver.

Então, grande parte do que sou devo a ela.

Gosto de pensar que meu lado forte, determinado e independente, características que também reconheço em minha mãe, vieram dessa ancestralidade.

Minha Vó Landa era mulher. Era mãe. Era costureira. E era artista (primeiro foram as pinturas em panos de prato, depois quadros e poemas). E ainda, era colo. Era fé e era tanta coisa.

E é, e sempre será, minha amada vó e minha referência.

Que sorte a minha.

Então, se você ainda tem seus avós ou avós de seu(s) filho(s) presentes, celebre esse dia com muito amor!

Faça uma ligação, uma visita, mande uma lembrança.

Que tal uma das cestas incríveis da Poê? Eles entregam em toda São Paulo e fizeram um catálogo especial para a data. Conheça mais sobre a marca aqui!

8 tipos de cestas de presentes da Poê para o Dia dos Avós - Just Real Moms

Eu estarei por aqui celebrando a minha avó em oração!


“Se alguma vez me sinto derrotado
Eu abro mão do sol de cada dia
Rezando o credo que tu me ensinaste
Olho teu rosto e digo à ventania
Iolanda, Iolanda, eternamente Iolanda.”
~ Chico Buarque


Por fim, se gostou desse super relato da Pi, aproveite para ler agora algumas crônicas da Vovó Filó das suas experiências como avó: “Vovó Filó Conta: Ai, vovó…” e “Vovó Filó Conta: A Casa do Biso”.

Ah, e não deixe de deixar nos comentários alguma passagem com os seus avós que você lembra e ama!


Crédito: Arquivo Pessoal

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