domingo, 7 dezembro, 2025

Criança ou “Crionça”? – por Ana Paula Puga

 

Olá!

No post de hoje, apresentaremos a vocês outra nova colunista do blog! Ana Paula Puga é mãe de três filhos (Mateus, Mavi e Samuca), psicóloga, trabalha com a abordagem da Psicologia Positiva e é autora do livro “Criando Filhos Liderando Equipes”.

Já publicamos por aqui alguns textos dela e todos fazem o maior sucesso! No texto de hoje, ela fala sobre as brigas entre irmãos ou crianças que são verdadeiras “feras”, que muitas vezes nos deixam de cabelos em pé e como lidar nesses casos!

Espero que gostem!

Mil Bjsss

 

Criança ou "Crionça"? - por Ana Paula Puga - Just Real Moms

 

Criança ou “Crionça”?

– Bom dia Dra.! Puxa, que bom que pôde me atender hoje.

– Bom dia! Não precisa me chamar de Dra. (risos). Também fiquei feliz que deu certo. Percebi a sua urgência ao telefone.

– Urgência urgentíssima! Estou desesperada. Não sei mais o que fazer!

– Então me conte o que está acontecendo.

– São elas, Dra… Aí, desculpe, é o hábito (risos). Quando não estão trancadas no quarto estão se atacando. Quando começam a se atacar é quase impossível separar. Fico até com medo de se machucarem pra valer. Outro dia rolou até uma mordida. Um horror. Assustador. Não gosto que fiquem isoladas, sozinhas, cada uma num canto, mas confesso que às vezes prefiro que fiquem assim porque parece que juntas estão sempre a ponto de reagirem. Ah, e agora deram pra demarcar o território. Uma não pode entrar no espaço da outra!

Neste ponto do atendimento já não sabia se aquela mãe falava sobre suas filhas ou se estava criando duas onças e eu não estava sabendo. Na dúvida, descontraí e lancei a questão:

– Estamos falando de quem? De crianças ou de onças? Ou seriam “crionças”?

Ela riu. Riu. Riso de uma confirmação desesperada.

O “eu psicóloga” a ouviu empaticamente, entendendo que aquela mãe precisava de ajuda para estabelecer limites e resgatar o positivo na relação entre as filhas.

O “eu mãe”, por acaso, também tem crianças que viram “crionças” às vezes em casa, por isso a ouviu também empaticamente e sabendo o que é precisar desesperadamente domar suas ferinhas.

E você, por acaso também tem “crionças” em casa?

Se tiver, primeiro quero dizer que essa pode ser uma ótima oportunidade para você como mãe. Não, não estou louca, calma que lhe explico.

Pense que essa é uma oportunidade para seus filhos (e você também como mãe) aprenderem a:

– Dominar a própria natureza e não ser dominado por ela;

– Utilizar a força do argumento e não o argumento da força;

– Respeitar as diferenças e não achar que devem pensar ou agir de maneira igual, e

– Resolver os conflitos com Inteligência Emocional, o que significa ser capaz de racionalizar o que é instintivo.

 

Criança ou "Crionça"? - por Ana Paula Puga - Just Real Moms

 

E o que será que pode ser feito para que essa situação caminhe para a mudança de uma vez por todas?

Tente seguir as dicas abaixo, elas estão baseadas na abordagem da Psicologia Positiva, que foca no melhor de cada um de nós e nos ensina a escolher ver, pensar e agir de maneira mais positiva frente aos eventos da vida:

1 – Diga para seus filhos o quanto os ama pelo que são, mas que vê-los brigando tanto lhe entristece muito (isso mostrará que sabe que uma coisa é o que são e a outra é o que fazem, e que o que fazem não faz nascer um sentimento positivo, mas o contrário);

2 – Escute cada um de maneira empática, interessada e amorosa, sem interrompê-los, sem desviar a atenção e sem julgar. (isso mostrará que se importa com seu ponto de vista e valida seus sentimentos);

3 – Humanize os sentimentos que cada um expuser (talvez eles verbalizem que estão com raiva, com ódio, com vergonha, com ciúmes… [se não verbalizarem, ajude-os a nomear o sentimento], e diante da coragem de assumir tal sentimento diga que os entendem e que é humano sentir isso, mas que precisam transformar em algum sentimento positivo);

4 – Conte histórias para eles de situações onde, juntos, resolviam problemas, como brincavam e se divertiam,  como um ajudava o outro até para fazer “arte” (contar histórias enfatizando o melhor da relação desperta o otimismo e os faz perceber que essa é só uma situação a ser resolvida e que a solução está em nós mesmos), e

5 – Faça-os pensar no que de bacana apareceu de cada um na história que ouviram sobre eles e como poderia ser hoje se usassem esses mesmos comportamentos positivos (assim tiramos o foco do problema, do conflito, e focamos nas possibilidades de solução e em seus próprios potenciais e características positivas de cada um, que existem e estão dentro deles só esperando para serem usadas!).

Muito amor, determinação e autocontrole. É isso que pode ajudar a domar suas ferinhas aí!

 

Criança ou "Crionça"? - por Ana Paula Puga - Just Real Moms

 

Texto escrito por Ana Paula Puga

 

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