quarta-feira, 10 setembro, 2025

Como a modernidade impacta no comportamento do seu filho – por Luiz Alberto Hanns

 

Olá, meninas!
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Como a maioria das moms que acompanham o blog sabem, participamos de um projeto muito legal da marca CHAMBINHO®, da Nestlé, que acabou de relançar o produto com o mesmo sabor do CHAMBINHO® original, que nós (hoje, mamães) adorávamos consumir quando pequenas.

No evento, o doutor em psicologia Dr. Luis Alberto Hanns deu uma palestra sensacional, com dicas de como educar nossos filhos para que eles sejam jovens e adultos equilibrados, seguros e felizes.

No último dia 8, o Dr. Hanns contribuiu com um post escrito por ele aqui no Just Real Moms, sobre as 6 competências básicas de vida para ensinar aos filhos, resumindo um dos assuntos tratados na palestra. Vale a pena ler!

Hoje, temos mais um ótimo post exclusivo escrito por ele, sobre como a modernidade influencia o comportamento dos filhos. Ele explica, em 5 tópicos, como alguns deveres e comportamentos esperados das crianças foram alterados pelo século XXI, e acabaram levando a problemas como a depressão, frustração e uso de drogas.

Confiram:

1. Medo dos adultos X Despreparo dos pais atuais

Não deixamos mais os filhos com medo dos adultos, como acontecia antigamente. Antes, eles não podiam falar à mesa, apenas quando perguntados, por exemplo, e histórias infantis eram contadas no sentido de assustar, quebrar vontades que as crianças poderiam ter.

Hoje em dia, recebemos a mensagem de que o filho deve ser nosso amigo, de que ele deve aprender a fazer escolhas, tenha voz, direitos a negociar e conversar com você. Isso é bom, claro, mas cria problema para pais que não estejam preparados para esse comportamento.

2. Expectativas: deveres cumpridos X realização pessoal – e a comodidade

O que você deseja para o filho?Antigamente, quando um pai era questionado, ouvia-se: “Eu desejo que ele seja uma pessoa corajosa e que assuma o negócio da família, que tenha bom casamento, filhos e uma mulher trabalhadora”. Dessa forma, as metas eram voltadas ao dever, ao propósito da vida. A felicidade vinha do dever cumprido. Atualmente, o que gera a felicidade é a realização pessoal. Não é mais necessário assumir o negócio da família. Hoje queremos que nossos filhos tenham a profissão que desejarem, que eles casem ou não, o que importa é que eles sejam felizes. Ou seja, eles crescem sem medo e entendem que as pessoas querem apenas que eles sejam felizes. Antigamente, os filhos acreditavam que as pessoas esperavam que eles crescessem para cumprir deveres.

3. Valores: modéstia x consumo – e a diversão como um direito sagrado

Uma menina muito rica moraria em uma mansão, com uma boneca e dois vestidos de festa. Uma família pobre só queria um prato de comida. A modéstia era o valor da educação. Atualmente, hoje a proposta que damos aos filhos é que eles têm que se divertir e a única forma de fazer isto é consumindo. Os filhos acham que a diversão é um direito sagrado. A modéstia não é mais o principal valor da educação.

4. Isolamento x Socialização – e o conflito de gerações

Antigamente, as crianças eram isoladas, não costumavam brincar umas com as outras. A socialização de hoje faz com que o filho forme uma identidade de grupo marcado pela mídia e moda.  O filho muitas vezes estará mais preocupado em estar integrado com a turma e os pais poderão ser vistos como um empecilho (conflito de gerações). Socializar seu filho com amigos é ótimo, mas do modo como fazemos induzimos à “adolescência aborrecente”.  A “aborrescência” não é natural e típica da puberdade, nós a reforçamos pelo modo como criamos nossos filhos.

5. Esforço x Facilidade – e a consequente frustração

O ônus da motivação se transferiu da criança para o adulto. Antes, se aprendia inglês recebendo um texto e fazendo uma lição. Aprendia-se em torno de ano, um ano e meio. Hoje, prometemos o aprendizado é feito sem esforço. Antigamente, a criança participava do processo de preparação da festa de aniversário, ajudando na cozinha, na decoração etc. Hoje em dia, ela já entra em um buffet infantil preparado com a mesa, doces, e até a diversão é dirigida por monitores que as motivam com brincadeiras nas festas. Tudo muito rápido, muitas atividades, agitação e estímulos constantes. Dessa forma, a criança acha que sempre haverá alguém para entretê-la. Não sabe se ocupar sozinha, no fim de semana se queixa de tédio e lá vão os pais promover programas interessantes. O resultado vem na adolescência: tudo tem que estar em constante movimentação. Surgem então as baladas, o desejo de crescimento rápido na carreira, e isso traz consequências como o uso de drogas para lidar com a frustração, depressão, ansiedade de não conseguir tudo no tempo desejado. Isso acontece, também, porque não existem mais picos emocionais, novidades. Tudo o que havia de novo para ver já foi visto e tudo passa muito rápido.

 

Estas cinco mudanças no ambiente têm um impacto muito grande sobre o que nossos filhos sentem e a dificuldade deles com a disciplina, a etiqueta e ética. As crianças estão hiperestimuladas, aceleradas e inseridas em um ambiente social que não cumpre mais a função de educar. Antigamente, todo o ambiente social dava limites, não só os pais. Havia regras e condutas a serem seguidas.

Para se contrapor a estas mensagens sociais de hoje que só promovem a festa, diversão, felicidade e consumo, os pais têm trabalho dobrado.  Na palestra Dr, Hanns ressaltou que um instrumento fundamental é a “educação ativa”. É um modo de ensinar as grandes lições de vida transmitindo valores, desenvolvendo habilidades e criando hábitos. Além disso, ainda neste evento, foram dados exemplos de como fazer isto a partir das 6 competências básicas de vida para ensinar aos filhos.

 

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2 COMENTÁRIOS

  1. A grande questão da modernidade é a alienação e excesso de consumo dos próprios pais. Triste ver que a maioria das pessoas adultas hoje é despreparada para relacionamentos pelos mesmos motivos acima apontados. Desaprendemos sobre como ser pais porque nossos pais também estavam o tempo todo na rua trabalhando. Fomos criados pela TV, pela escola, pelo consumo. Nos distraindo, nos entretendo, da falta da nossa mãe, que estava fora de casa das 6hs até as 20hs. Quando falam em “educação infantil”, sempre penso que o assunto devia ser “educação para adultos”. São os pais que não sabem lidar com a frustração dos filhos e seu mundo não serem de algodão doce, mães que não sabem mais se dedicar, esperar, construir. Pais que só sabem consumir, se distrair e até fugir da relação com filhos.

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