quarta-feira, 22 outubro, 2025

Agressividade no contexto escolar – por Daniela Nogueira

 

Olá, moms!

Tudo bem com vocês?

Hoje, a nossa queridíssima colunista e psicóloga, Daniela Nogueira, vai falar um pouco sobre um assunto que vocês sempre nos pedem para tratar no blog: o comportamento das crianças na escola. Recebemos muitos e-mails e questões de diversas mães, assim, a Daniela elaborou um post bem esclarecedor.

No mês passado, ela escreveu o texto “Você acha que seu filho não lhe obedece?” que foi um sucesso entre as nossas leitoras, agora passamos para a abordagem no âmbito escolar.

A Daniela, além de psicóloga, é idealizadora do projeto Pais em Ação, que apoia pais e mães na educação dos filhos oferecendo aconselhamento personalizado e domiciliar com um olhar de profundo respeito pela criança.

Confiram o texto exclusivo para o Just Real Moms!

 

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Agressividade no contexto escolar - por Daniela Nogueira

 

Nestes próximos posts gostaria de refletir um pouco sobre algumas circunstâncias que causam ou agravam o comportamento agressivo infantil e os conflitos no contexto escolar.

O primeiro passo que proponho a quem me lê é que amplie o olhar sobre a criança “difícil” e depois, que nos afastemos da dualidade bom X mau e principalmente dos métodos punitivos da disciplina tradicional.

O meu foco de estudo, formação e atuação de trabalho é baseado no conhecimento sobre o desenvolvimento infantil, o respeito mútuo e a disciplina consciente e positiva.

É impossível pensar no comportamento agressivo sem entender que ele é construído na relação social entre as pessoas. Trabalhei muitos anos como professora em escolas de SP e do RJ e posso garantir: não importa quão pequena seja uma criança, a relação dela com os adultos de referência é uma relação de humano com humano.

Pense comigo: se você, adulto criado e vacinado, não gosta de todas as pessoas com quem convive, porque esperar o mesmo de uma criança? Ou de um professor? Sim, às vezes o “santo não bate” de um dos lados ou de ambos, e aqui está a grande diferença: o PROFISSIONALISMO!

Para trabalhar com criança pequena, que está em pleno desenvolvimento emocional, físico e cognitivo NÃO BASTA GOSTAR DE CRIANÇA, tem que estudar além do que se oferece na faculdade, se aprimorar, fazer supervisão com alguém mais experiente e não parar de se atualizar nunca.

Por que escrevi tudo isto? Pelo fato de que o adulto de referência, o professor, a “tia” da escola ou creche é como um espelho no qual a criança se olha e ali se reconhece como pessoa em construção ou rejeita a imagem que percebe de si. O modo como nos relacionamos com estas pessoinhas influencia a autoimagem delas.

Por isso a importância de ser profissional sempre, mesmo nos dias ruins e principalmente com o aluno difícil. Aquele que não para quieto, o que bate nos colegas, o que morde ou grita, com aquele que o “santo não bate”.

O professor tem um papel social e no momento em que escolhe exercer sua profissão, aceita um compromisso com o indivíduo em desenvolvimento. Ele precisa ser um mediador entre o conhecimento, mas também entre as relações com os coleguinhas e outros funcionários.

Difícil, né? Puxado, hein? Pois é! Uma das profissões mais belas e mais importantes, pois influencia o começo de toda uma vida. Ao mesmo tempo, uma profissão não muito valorizada e muitas vezes na qual o próprio profissional não percebe o quanto precisa saber MUITO sobre desenvolvimento emocional e psíquico da criança pequena para saber lidar melhor e com mais respeito nos momentos difíceis.

Até o próximo post!

 

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Por Daniela Nogueira

Especializada na abordagem Pikler-Lóczy em Paris, França, está envolvida no universo infantil há mais de 15 anos com experiências em co-educação nos EUA, trabalho terapêutico em instituições e abrigos para crianças e atuação como professora na educação infantil em escolas particulares de São Paulo e Rio de Janeiro. 

 

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3 COMENTÁRIOS

  1. Eu acho que os pais devem ensinar seus filhos a se comportar corretamente. As crianças imitam padrões de comportamento. Se os pais são agressivos, os filhos também são agressivos. Os professores não devem ser responsáveis por isso.

  2. Minha filha tem 1 ano e seis meses, faz uma semana que qdo contrariada ( ex. Não quer trocar a fralda), ela me bate, me agride. Fiquei surpresa, pq geralmente a gente dá o q recebe, e ela nunca foi agredida aqui em casa, nunca ninguém deu nem um chaqualhao sequer, da onde ela tirou isso? Logo q faz, faço. Cara feia, digo que não pode bater nas pessoas, olhos nos olhos bem séria e ela no instante se arrepende e me abraça e faz carinho.
    Gostaria de compreender essa reação agressiva sendo q ela nunca recebeu ou viu isso!?

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