quarta-feira, 22 outubro, 2025

“Preciso ensina-los a lidarem com isso!” – por Ana Paula Puga

Oie, moms!

No post de hoje, a nossa querida colunista e psicóloga, Ana Paula Puga, vai falar sobre a educação infantil. Ela abordou o cenário escolar e questões que afligem quase todas as mães, mostrando como lidar com algumas situações bem complicadas.

Além de psicóloga, a Ana Paula é mãe de três filhos (Mateus, Mavi e Samuca), trabalha com a abordagem da Psicologia Positiva e é autora do livro “Criando Filhos Liderando Equipes”.

Confiram o texto incrível que a nossa colunista escreveu!

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“Preciso ensina-los a lidarem com isso!” - por Ana Paula Puga

 

“Nossa Ana, como dói ver um filho chegar em casa chorando porque uma outra criança a ofendeu, ou o machucou. Dói também quando eles contam que viram uma criança magoando a outra.

Dia desses minha filha chegou em casa falando:

– Mamãe hoje quando estávamos na brinquedoteca jogando, o ‘Zezinho’ falou para a ‘Joana’: “Pelo menos eu tenho pai! (referindo-se ao pai de ‘Joana’ que havia falecido).

Esse mesmo ‘Zezinho’ vive chamando outro garoto de gay, e não pensa duas vezes para usar sua força física contra outras meninas.  Chegou ao ponto de ofender a funcionária de sua casa, que ficou aos prantos, chamando-a em tom grosseiro de ‘sua preta’.

Aí o negócio piorou quando foi na minha filha que ele bateu. E foi um tapa na cara só porque no esconde-esconde ela achou onde ele estava escondido. Aí naquela “1, 2, 3 ‘Zezinho’”, ele não gostou porque teria que ser sua vez de bater e cara e ‘Pá’, não pensou duas vezes, foi enchendo a mão na boca dela!

E o pior Ana é que dá uma vontade de tomar as dores do filho né, ensinar para esse garoto o que a mãe dele não deve estar ensinando… Mas sei que não posso (risos). Mas o que eu faço então? Como ajudar meu filho nestas situações, interferindo no ponto certo? Sei que preciso ensina-los a lidarem com essas situações!”.

Verdade. Precisa! Respondi.

O caso acima trata do comportamento de um menino de 10 anos. E você deve estar pensando: “Nossa que menino cruel.”.

Sim, as crianças podem ser cruéis umas com as outras (e não estou falando de nenhum distúrbio ou síndrome, mas sim e apenas dos comportamentos interpessoais).

Aos 10 anos a criança está no que chamamos de Estágio Escolar, que tem características como:

– já são capazes – ou anseiam – de fazer determinadas atividades sem a supervisão dos pais;

– tornam-se conscientes de suas habilidades e desejam praticá-las;

– passam a prestar mais atenção em sua aparência física;

– podem se preocupar com a opinião do outro sobre si;

– começam a pensar abstratamente.

Ou seja, nessa idade já é capaz de discernir entre o certo e o errado, o que machuca e o que consola, o que ofende e o que acolhe, entre ser o vilão ou a vítima!

O que fazer então, com nossos filhos para que eles escolham o lado bom da força e não o contrário?

Educá-los!

Sim, simples assim. Educá-los!

Educá-los emocionalmente falando. Praticar a Educação e o Desenvolvimento daquilo que Seligman e Peterson (baseados na Teoria da Psicologia Positiva) chamam de “Forças do Caráter”.

E como?

  1. SER BOM EXEMPLO

Esse assunto parece batido, mas se fosse tão fácil de praticar não repetíamos: filho vê filho faz. A família é seu primeiro centro de referencia, de construção de valores e virtudes e de demonstração das forças de caráter frente às diferentes situações. Portanto, faça você como pai e mãe aquilo que exige ser feito por teu filho. Se quer vê-lo sendo educado e amável com as pessoas, seja primeiro você!

 

  1. SELECIONAR O QUE OUVIR

Ninguém pode mandar no outro, dizendo o que ele dirá ou como agirá. Todos estamos suscetíveis a ouvirmos de tudo. Trazendo essa ideia para nossos filhos, isso significa que não dá para os blindarmos do mundo. Portanto devemos ensiná-los a selecionarem o que ouvem, construindo o que vão falar. Se ele ouve um palavrão, por exemplo, ele deve aprender que aquilo não é um vocabulário que deve ser usado, então mesmo que ouça saberá que não seve repetir!

 

  1. MUDAR DE LUGAR COM O OUTRO

“Você gostaria de ser tratado desta forma?” e “Você gostaria que todos agissem dessa mesma forma numa situação parecida?” Assim eles vão aprendendo sobre o que chamamos de reversibilidade e universalidade. Passam a ter critérios positivos para resolverem seus problemas.

 

  1. PRATICAR SEU PODER DE ESCOLHA

Sempre temos escolha. E isso quer dizer que escolho revidar ou não, xingar ou não, desculpar ou não. E isso inclui escolher pagar o mal com o bem.

 

  1. EMPATIA

Coloque-se no lugar do outro e tente sentir o que ele está sentindo agora, pensar o que ele deve estar pensando. E aí? Parece bom ou ruim o que aconteceu? O que poderia ter feito de melhor? Como pode resolver melhor isso da próxima vez?

 

  1. AUTO CONTROLE

A medida que crescem as crianças passam a serem capazes de discernir mais, a trazer as ideias e pensamentos abstratos para o concreto. E também de identificar suas emoções e então administra-las e controlá-las. “O que está sentindo neste momento?” “Sua vontade é de fazer o que?” “E fazer isso será bom?” Parar para pensar antes de agir. O famoso contar até 10, respirar 5 vezes e profundamente.

Não desista de educar seus filhos.

Persista.

Mude sua forma.

Seja um pai e uma mãe mais positivos. Aprenda a lidar com suas próprias emoções para poder ensiná-los também.

E sabe porquê? E mais do que para ter uma criança boazinha hoje, é para formar um ser humano bom para o amanhã!

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