Cada fase tem seu desafio — e a adolescência começa bem antes dos 13. Um texto real, direto e necessário para quem educa com presença. Então, como educar crianças para uma adolescência equilibrada em tempos digitais?
Oi Mamães e Papais, hoje trouxemos mais um post sobre a Infância e Adolescência, e os desafios digitais!
Telas, emoções e escolhas difíceis fazem parte da rotina de quem educa hoje.
Neste post, nossa colunista Fernanda King — mãe, neuropedagoga, diretora da escola Petit Kids — propõe uma reflexão potente sobre como preparar nossos filhos desde a infância para uma adolescência mais segura, consciente e equilibrada.
Com exemplos reais, insights valiosos e um olhar afetuoso, Fernanda fala sobre o papel da família diante da tecnologia, os limites saudáveis, o valor da escuta e a importância de presença.
Um texto importante para todos que desejam educar com propósito em tempos digitais. Então, vamos juntos para essa leitura?
Preparar os filhos durante a infância para uma adolescência mais tranquila e equilibrada é um investimento que começa cedo – e vale cada esforço. A base emocional, ética e relacional construída nos primeiros anos de vida serve como alicerce para enfrentar os desafios típicos da adolescência.
Como mãe de uma menina de 12 anos, consigo perceber claramente que cada erro e acerto que cometi no passado se refletem agora com força total!
Todos sabemos que ninguém erra de propósito, especialmente quando o assunto é criação de filhos. E quanto mais informações de qualidade tivermos ao nosso alcance para enfrentar a temida adolescência – que é um período de intensas transformações, marcado por descobertas e pela busca por identidade – melhor.
Então, nesse contexto, a tecnologia surge como uma presença constante, oferecendo tanto oportunidades quanto grandes desafios.
A minissérie britânica Adolescência, lançada pela Netflix em março de 2025, mergulha neste universo complexo. A trama acompanha um garoto de 13 anos acusado do assassinato de uma colega de classe.
Ao longo de quatro episódios, a série explora temas como bullying, influência das redes sociais e a subcultura “incel”, destacando o impacto destas questões no comportamento juvenil.
Paralelamente, plataformas como o Roblox têm ganhado cada vez mais popularidade entre os jovens. Mais do que um simples jogo, o Roblox permite que os usuários criem e compartilhem suas próprias experiências, desenvolvendo habilidades de programação e pensamento lógico.
No entanto, é essencial que os pais estejam atentos ao conteúdo acessado e às interações que ocorrem nesses ambientes virtuais, promovendo um uso consciente e seguro da tecnologia.
Recentemente fiquei em choque quando soube que meninas praticam uma espécie de “prostituição” com seus avatares em troca de moedas do jogo. Imediatamente fui conversar abertamente com a minha filha a respeito. Afinal, existe outro caminho?
Na minha opinião, a presença familiar desempenha um papel crucial neste cenário. Estar presente não significa apenas impor limites, mas também dialogar, compreender e apoiar.
Então, é fundamental que os pais se envolvam nas experiências digitais de seus filhos, estabelecendo uma relação de confiança e orientação.
Uma pessoa do outro lado do planeta não pode ter mais força que nós. Não podemos perder nossos filhos para adultos que agem de forma inapropriada ou qualquer outra coisa que o valha.
Além disso, é importante incentivar momentos off-line, promovendo atividades que estimulem a criatividade, o contato com a natureza e as interações presenciais. Equilibrar o tempo diante das telas com outras vivências enriquece o desenvolvimento das crianças e dos adolescentes, fortalecendo habilidades socioemocionais e promovendo bem-estar.
A adolescência é uma jornada desafiadora tanto para os jovens quanto para suas famílias. Ao compreender as nuances desta fase e ao se envolver ativamente no cotidiano dos filhos, os pais podem contribuir significativamente para um crescimento saudável e equilibrado.
Por fim, investir na educação emocional, social e ética desde a infância constrói uma base sólida para que os filhos enfrentem a adolescência com resiliência e equilíbrio.
Cada conversa, limite estabelecido e momento de apoio contribui para formar adultos conscientes e preparados para os desafios da vida. Além do mais importante: o amor, é claro!
Se gostou desse post, leia também: “Adolescência é um chamado à presença” e “Adolescentes e os Códigos dos Apps: O que precisamos saber?“.
Sobre a Prof. Especialista Fernanda King
Instagram: @FernandaKing_Palestrante
Mãe da Pietra, Pedagoga especializada em desenvolvimento infantil, diretora escolar do Petit Kids Cultural Center, CEO da King Consultoria Educacional, escritora e palestrante.