sábado, 25 outubro, 2025

Socorro, meu filho não quer dançar!

O meu filho não quer dançar na apresentação de final de ano da escola, e agora? O que eu faço? Venha entender um pouco como navegar por isto!

Menina pequena com vestido de festa chorando

Final de ano é sinal da chegada das apresentações de escola e das atividades extras dos pequenos. E, quantos de vocês já pensaram: “Socorro, meu filho não quer dançar!”?

Para nós, pais, é um momento muito feliz e esperado. Convidamos avós e tios babões, é um tal de chamar a família em peso, para assistir nosso pequeno na sua apresentação de 2 minutos, que marca o fechamento de mais um ciclo.

Para chegar até ali foram vários ensaios, aprendemos a música para treinar com eles (disfarçadamente, afinal, nem ligamos para isso), disputamos os melhores assentos, nos apossamos de todos os detalhes como se fosse algo nosso, e não da criança.

São feitas muitas fotos e vídeos por todos os presentes, enquanto nós pais assistimos orgulhosos o nosso pequeno todo desinibido, fazendo direitinho a coreografia ensaiada.

Até mesmo quando se atrapalham e esquecem, tudo pode ser divertido.

Afinal, a criança faz o que quer só porque está feliz, dança do seu próprio jeito, ri sozinha, e às vezes nem quer sair do palco. São momentos de muita alegria e diversão.

Mas, nem sempre é assim. Tem também a criança que chora do começo ao fim, que fica ali, travada ou seguindo o grupo feito zumbi, como quem faz obrigada o que é esperado dela, num ato de extrema violência contra si mesmo.

E tudo o que parece é que não gostaria de estar naquele papel.

Nessa hora, vem um misto de frustração, decepção, e até raiva. “Como assim não vou ter nenhuma foto dele no palco depois de tudo que eu fiz?”.

Tem criança que não gosta de se expor, tem criança que é tímida ou insegura, e aí, como devemos agir? Obrigar e insistir para que se apresentem? Ou aceitar e simplesmente deixar que desistam?

Não tem certo ou errado, cada um conhece seu filho e sabe o que pode exigir dele.

Alguns precisam mesmo de um empurrãozinho para dar o primeiro passo, o que é bem diferente de obrigar a ficar ali contra sua vontade.

A criança tímida, quando encorajada e acolhida de forma respeitosa, pode sim se tornar um adulto seguro.

Crianças fantasiadas fazendo apresentação de final de ano na escola

Mas, para isso, é importante que ela saiba e confie que ao lado dela tem um adulto que a ama como ela é. Que entende e aceita sua dificuldade e que está ali para ser o suporte necessário para passar por esse desafio.

Se não puder ser dessa vez, tudo bem, tentamos novamente na próxima. Sem comentários que o diminuam, sem rótulos, sem julgamento, sem comparação, e por favor, sem críticas.

O melhor a fazer é acolher, e tentar entender os motivos.

A criança pequena pode se assustar com a nova situação, cheio de gente estranha, som alto, muita coisa para assimilar, isso assusta mesmo. Então, neste caso, nomeie o que está percebendo e esteja disponível para ajudá-la a buscar formas de lidar com isso.

Eu sei que esperamos muito o momento de ver nosso filho brilhar. Sei que por vezes não resistimos a comparar com aquela menina que dança toda engraçadinha, cheia de leveza e charme.

Sei que, conhecendo nosso filho e sabendo do seu potencial, nos dói ainda mais vê-lo desistir assim tão fácil, e tudo isso é nossa expectativa.

Por isso, é importante que saibamos lidar com nossas próprias frustrações sem passá-las para a criança.

Respira, se segura, pontue para a criança como foi bom ter tentado ou ter se esforçado para estar ali, e que podem tentar novamente no próximo evento.

Lembre-se que ele é um indivíduo diferente de você, com vontades, desejos e gosto próprio, e está tudo bem ser assim, isso é bom.

Um abraço apertado e a certeza de que você o entende e respeita, vai ajudar muito mais do que qualquer discurso. Afinal, a festa é para ele, e não para você.

E aí, você já falou essa frase: “Socorro, meu filho não quer dançar!”? Conta para nós – nos comentários abaixo – se já passou por algo assim por aí!


Por fim, se gostou deste post, aproveite para ler também: “A temida birra da criança pequena, o que pode ajudar?” e “Você conhece seu filho? Mesmo?“.

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