Cada vez mais vemos mulheres interessadas em saber mais sobre congelamento de óvulos, pois querem se programar para serem mães um pouco mais para frente. Então, venha entender sobre esse processo!
Oi Mamães e futuras mamães, hoje vamos falar de congelamento de óvulos.
Não é mais segredo para ninguém que mulheres estão optando por ter filhos mais velhas – seja o primeiro, ou seja para quem quer ter mais filhos.
Então, para garantir a qualidade dos óvulos e não precisar se preocupar com uma possível infertilidade, a opção de congelamento de óvulos se tornou mais evidente.
Hoje, trouxemos a nossa colunista – Dra. Fernanda Imperial, especialista em Reprodução Humana – para contar como funciona todo esse procedimento.
Confira abaixo!
A preservação da fertilidade feminina é uma possibilidade para quem quer adiar a maternidade, tem dúvidas sobre se quer ser mãe ou ainda por motivos de saúde.
Ela é feita por meio do congelamento de óvulos, um procedimento realizado por médico especialista em Reprodução Humana.
Mas, antes de iniciar o processo é necessária uma consulta para avaliação médica e solicitação de exames específicos para otimizar o processo, além dos exames obrigatórios, como as sorologias.
Dieta saudável, atividade física e uso de vitaminas de forma individualizada pode melhor a resposta dos ovários.
Então, vamos as etapas!
#1 Estimulação ovariana
No segundo ou terceiro dia da menstruação, a mulher realiza um ultrassom transvaginal para contagem dos folículos e verifica se não há cistos ou outras condições que impossibilite de iniciar as medicações.
A estimulação pode ser feita em outras fases do ciclo menstrual.
As injeções de hormônios podem realizadas pela própria paciente em casa e tem duração média de 12 dias.
Nesse período, a paciente realiza ultrassons seriados para acompanhar o crescimento dos folículos, as unidades do ovário que possuem óvulos. São cerca de 4 ultrassons até agendarmos a punção ovariana.
#2 Captação dos óvulos
Após 35-36 horas da última injeção é realizada a punção dos ovários. Esse procedimento é feito sob sedação leve no laboratório e dura cerca de 30 minutos.
A punção é realizada por via vaginal e não tem cicatriz. O esvaziamento dos folículos é guiado e são aspirados os óvulos.
A quantidade depende de cada paciente. Então, existe a possibilidade de não ter óvulos, poucos óvulos ou a quantidade esperada, que é o mais comum.
#3 Avaliação da maturidade dos óvulos
A avaliação é realizada pela embriologia.
Os óvulos maduros são vitrificados, um congelamento ultrarrápido. O armazenamento dos óvulos é feito em tanque de nitrogênio líquido a –196 °C.
#4 Após a coleta
A paciente deve permanecer em repouso no dia da punção. Sintomáticos podem ser prescritos caso tenha dor.
Costuma ser um procedimento rápido e com pouco desconforto após a punção.
#5 Fertilização in Vitro
Quando a mulher decidir utilizar seus óvulos, chega o momento do descongelamento dos óvulos e a fertilização in vitro com sêmen e transferência do embrião formado.
A transferência é um procedimento simples que não precisa de anestesia.
Não existe um número de óvulos que entregue chance de 100% de gravidez futura. Mas, estima-se que para mulheres de até 35 anos, com 15-20 óvulos congelados, a chance de ter um filho é em torno de 80%.
Mas, lembre-se: A resposta é individual e boa parte vai precisar de mais de uma coleta, principalmente mulheres acima dos 35 anos, com baixa reserva ou que desejam 2 ou mais filhos no futuro.
Por fim, se gostou desse post, aproveite para ler também: “Mioma pode causar infertilidade?”, “Como engravidar após os 45 anos?” e “Gestação Gemelar e a Reprodução Assistida”.

Sobre a Dra. Fernanda Imperial (CRM 141.770 SP)
Instagram: @DraFernandaImperial
Mãe da Alice e da Lívia, Dra. Fernanda se formou pela faculdade de Medicina do ABC e fez residência médica em Ginecologia e Obstetrícia pela FMUSP.
Divide sua dupla jornada de trabalho entre maternidade e Reprodução Assistida, ajudando formar novas famílias, contando com sua experiência pessoal e profissional sobre infertilidade.
- Faculdade de Medicina do ABC. Fez residência médica em Ginecologia e Obstetrícia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP;
- Especialização em Reprodução Humana no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP). Fez MBA de gestão de saúde pela Fundação Getúlio Vargas;
- Fez curso de ultrassonografia em ginecologia e obstetrícia pela CETRUS;
- Possui Título de Especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO) e Certificado de Atuação em Reprodução Assistida pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO);
- É membro da Sociedade Paulista de Ginecologia e Obstetrícia (SOGESP), da American Society for Reproductive Medicine (ASRM) e European Society of Human Reproduction and Embryology (ESHRE);
- Atualmente, é médica da Clínica VidaBemVinda.