Hoje vamos falar de Gestação Gemelar e a Reprodução Assistida, pois existe um aumento pela busca deste procedimento por mulheres que optaram por engravidar mais velhas, ou estão querendo mais um (dois ou mais) bebês!
Oi Mamães, Papais e futuros Pais! Hoje vamos falar um pouco sobre a gestação gemelar na reprodução assistida!
Não é incomum ver mulheres que passaram pelo processo de fertilização in vitro (FIV) engravidar de gêmeos, né?
Cada vez mais muitas de nós mulheres estão optando por engravidar em uma idade mais avançada (perto dos 40), mas o sonho da gravidez se torna um pouco mais desafiador.
Então, a busca por profissionais de reprodução assistida também tem aumentado.
E assim, não é incomum essas futuras mamães terem uma gestação gemelar.
Hoje a nossa colunista Dra. Fernanda Imperial – especialista em reprodução humana, na Clínica VidaBemVinda – vai se aprofundar neste tema, explicando um pouco as diferentes gestações gemelares e ainda falar um pouco dos riscos.
Logicamente, com um bom médico de sua confiança, você terá uma gestação incrível, então venha entender um pouco mais sobre este assunto com a gente!
As técnicas de Reprodução Assistida podem ser indicadas para casais com dificuldade para engravidar e diferentes causas de infertilidade.
Os procedimentos de baixa complexidade que são relação sexual programada e inseminação intrauterina têm o risco de gestação múltipla, principalmente quando mais folículos – unidades do ovário que tem óvulos – crescem e podem liberar óvulos.
Assim, se a paciente tem o crescimento de um folículo e libera um óvulo, a chance de gestação gemelar é baixa!
Se dois ou três folículos crescerem e liberarem um óvulo cada, a chance de gestação gemelar aumenta.
No caso de mais óvulos serem fecundados por espermatozoides diferentes, a gestação será de gêmeos não idênticos, que chamamos de gemelar dicoriônica diamniótica – duas placentas e duas bolsas amnióticas.
Se um embrião formado se dividir, aí sim serão os gêmeos idênticos, com uma gestação gemelar monocoriônica diamniótica – uma placenta e duas bolsas – ou monocoriônica monoamniótica – uma placenta e uma bolsa.
Com a fertilização in vitro (FIV), em que o encontro dos gametas – óvulo e espermatozoide – acontece no laboratório, o embrião formado é transferido para o útero. Neste caso, o risco de gestação gemelar aumenta de acordo com o número de embriões transferidos.
Assim, transferir um embrião, a chance desse embrião se dividir e acontecer uma gestação gemelar de gêmeos idênticos é de 1-2%!
Já, quando transferimos mais embriões, a chance de ter uma gestação gemelar aumenta para 20-30% com 2 embriões e 21-33% com 3 embriões.
Existe a chance de transferir 2 embriões e a paciente engravidar de trigêmeos, dois bebês idênticos e um não idêntico, mas essa chance é baixa, cerca de 1 -2%.
A gestação gemelar é uma gestação de alto risco, tanto para a mãe como para os bebês.
Durante a gestação, a gestante tem um maior risco de:
- pressão alta na gravidez
- Diabetes gestacional
- Alterações da placenta
- Anemia materna
Para os bebês, o risco maior é de prematuridade!
Das gestações gemelares, a que tem maior risco é a monocoriônica monoamniótica, com estimativa dos bebês nascerem até 34 semanas. Na monocoriônica diamniótica, até 36 semanas. E na dicoriônica diamniótica, até 38 semanas.
E quanto mais cedo os bebês nascerem, maiores os riscos decorrentes da prematuridade!
Hoje, o que tentamos fazer na maior parte dos casos é transferir um embrião na fertilização in vitro (FIV) para diminuir o risco de gestação gemelar.
E nos procedimentos de baixa complexidade, utilizar a menor dose possível de medicação para que cresça um ou dois folículos!
O cuidado e acompanhamento mais rigoroso durante o pré-natal são essenciais para diminuir os riscos para mãe e bebês!
As consultas são mais frequentes, assim como exames e ultrassom!
E monitoramento de risco de trabalho de parto prematuro é feito de forma rigorosa para que evite prematuridade, principalmente prematuridade extrema, abaixo de 28 semanas!
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