Quantas de vocês estão entrando ou passando pela fase de introdução alimentar? Bom, sabemos que não é uma fase fácil e surgem mil dúvidas do que podemos ou não fazer, então trouxemos 10 dicas essenciais para a MELHOR introdução alimentar.
Oi Mamães e papais! Essa fase de introdução alimentar não é fácil, então nesse post vocês verão 10 dicas essenciais para a MELHOR introdução alimentar.
Esse momento pode ser bem difícil e desafiador, muitas vezes ficamos dúvidas do que podemos ou não oferecer, como fazer essa transição do nosso leite materno para os primeiros alimentos.
E ainda, existem diferentes métodos para fazer essa transição, que está descrito no post abaixo.
Hoje a nossa colunista, Flavia Montanari – nutricionista materno-infantil, dá 10 dicas essenciais para a MELHOR introdução alimentar!
E ainda, aproveite depois para conhecer o e-book “Essência: Medicina do estilo de vida e culinária afetiva”.
Confira!
Primeiramente, o estado nutricional e a alimentação da mãe durante a gestação e a amamentação, além da introdução correta de alimentos complementares para o seu filho, exercem efeitos decisivos sobre o metabolismo, composição corporal e sobre a fisiologia do bebê, e para sempre.
Então, aqui estão as 10 regrinhas básicas para uma Introdução Alimentar (IA) de sucesso.
Muitos talvez não saibam, mas as dicas abaixo são tão importantes quanto não ter sal na comida do seu filho antes de um ano de idade, não liquidificar a comida, muito menos passar pela peneira…
E ai, vamos juntas descobrir quais são?
#1 Respeite os sinais de prontidão do seu bebê para iniciar a IA:
Os sinais de prontidão são os indicadores de que o seu bebê já está prontinho para iniciar uma linda e deliciosa jornada através da comida.
Mas vou deixar aqui algumas perguntinhas para darmos sequência na nossa IA, ok?!
- Tem pelo menos seis meses?
- Seu bebê já consegue ficar sentado sem ajuda ou com o mínimo de apoio?
- Consegue levar brinquedos e objetos até a boca?
- Consegue ficar com a cabeça firme?
- Demonstra interesse nos alimentos?
- Abre a boquinha, quando vê os alimentos?
Se todas as respostas foram SIM, então já podemos dar um start na introdução alimentar! Estes sinais são essenciais para minimizar ou evitar engasgos, cólicas etc.
#2 Escolha o método para a introdução alimentar que mais se encaixa à sua família, e que o bebê se identifica
Tradicional (Papinha): é o método ofertado inicialmente em forma de papa (amassado no garfo), evoluindo a consistência para pequenos pedaços, e aos 12 meses de idade, na mesma consistência com que são consumidos pela família;
BLW (Baby Led Weaning): A sigla BLW que significa desmame guiado pelo bebê, sendo o método em que os alimentos são ofertados sólidos e em pedaços maiores, na forma de tiras ou bastões desde o início da IA e o bebê fica livre para escolher e explorar o alimento que quer e a quantidade que desejar;
BLISS (Baby Led Introduction to Solids): sigla que significa introdução de sólidos guiada pelo bebê, segue as mesmas orientações do método BLW, porém com algumas regrinhas, como, conter no prato do bebê um alimento rico em ferro a cada refeição, fruta fonte de vitamina C após as refeições para melhorar a absorção do ferro, etc.
Participativa: é a mescla entre o método tradicional e o BLW / BLISS, em que ao mesmo tempo que os alimentos são ofertados em sua forma sólida e incentivado o bebê a pegar com as mãos, o cuidador oferece a comida na colher
Mas Nutri, qual método devo escolher? O melhor método é aquele que você se sente mais segura, e seu filho mais à vontade para comer!
#3 A alimentação é complementar ao leite
Neste primeiro ano de vida do bebê, o leite materno ou a fórmula infantil será o principal alimento, e como o mesmo nome diz, o alimento complementa as necessidades do bebê, juntamente com o leite.
“A Organização Mundial da Saúde recomenda que os bebês recebam exclusivamente leite materno durante os primeiros seis meses de idade, não necessitando ingerir outros alimentos, fluídos e nem água durante esse período, salvo sob orientação de Médico e/ou Nutricionista.
Depois dos seis meses, a criança deve começar a receber alimentação complementar segura e nutricionalmente adequada, junto com a amamentação, até os dois anos de idade ou mais.”
#4 Comida de verdade é a regra de ouro
Alimentos in natura devem ser a base da composição do prato do seu filho.
O sucesso da comidinha ideal é a combinação de um alimento de cada grupo alimentar e ofertados separadamente.
Por outro lado, para os bebês vegetarianos, o acompanhamento de um profissional especializado para elaborar um plano alimentar balanceado e variado nutricionalmente, e a indicação de suplementação de nutrientes, se necessário, é sempre bem-vindo.
#5 Respeite a fome e saciedade do seu bebê
Ofereça o alimento ao seu filho quando ele demonstrar sentir forme e não insista que o seu bebê coma mais, respeite o tempo dele…
Quando com fome chora, inclina para frente no sentido da colher, segura a mão do cuidador que está ofertando a comida.
Em contrapartida, quando saciado vira a cabeça ou o corpo como se estivesse rejeitando a comida, empurra a mão do cuidador, fecha a boca e perde o interesse pelo alimento.
#6 Não substitua as refeições
Tenha os horários das refeições já estabelecidos.
Não troque a comida por preparações lácteas e/ou lanches. E ainda, entre uma refeição e outra, oferte o leite e água.
#7 Não ofereça suco
O consumo de suco (natural ou artificial) antes de um ano de idade não é indicado.
Por quê? Bom, os sucos que contribuem para a obesidade, devido ao maior consumo de calorias, a exposição prolongada dos dentes aos açúcares do suco, está associada ao desenvolvimento de cárie dentária, além de alterar o paladar do seu bebê, contribuindo futuramente para a seletividade dos alimentos in natura.
#8 Planeje o cardápio semanal
Um cardápio planejado acompanhado de uma lista de compras semanal, além do preparo dos alimentos em pequenas porções que irão compor as comidinhas, te trará a certeza de um momento tranquilo ao cozinhar.
Além, também, de evitar a monotonia alimentar para o seu filho e a sua família, e a certeza de uma comida caseira e fresca!
#9 Estimule ao máximo a sensorialidade do seu bebê
Com a IA o seu bebê entrará em um novo ciclo, no qual serão apresentados novos sabores, cores, aromas, texturas e saberes que até então desconhecia.
Adicionalmente, incentive-o a pegar, tocar, amassar, cheirar, visualizar, se lambuzar com o alimento.
Todo contato que ele tiver com o alimento é fundamental nesta fase, e para sempre!
#10 Seja o exemplo e esteja à mesa em família
E ainda, reflita sobre o seu próprio hábito alimentar. Você pode pensar que não, mas seu filho, desde bebezinho tende a copiar os seus hábitos, e por isso ele irá comer o que você comer.
Realize, pelo menos uma refeição em família, todos juntos e sentados à mesa…
A alimentação é escolha nossa, portanto, se permita fazer escolhas mais inteligentes para você e para a sua família!
Um bolinho de lentilha com batata doce vai fazer parte do nosso menu de hoje. Vale para o bebê e para a família toda! Fica divino!
Let’s cook?!
Bolinho de lentilha e batata doce!
Ingredientes:
1 xícara (chá) de lentilha cozida (sem sal)
½ xícara (chá) de batata doce cozida e amassada
½ xícara (chá) de cenoura ralada
2 dentes de alho amassado
½ unidade de cebola ralada
2 colheres (sopa) de cheiro verde picado
½ colher (chá) de fermento em pó
1 colher (sopa) de azeite de oliva extravirgem
Modo de Preparo:
Em um processador, colocar todos os ingredientes, com exceção do azeite, até ficar uma massa homogênea.
Fazer bolinhas e distribuir em uma forma untada com azeite. Levar para assar em forno pré-aquecido (180 C) por 40 minutos ou até dourar. Servir.
Por fim, para mais texto dessa nutricionista materno-infantil maravilhosa, Flavia Montanari, veja: “7 motivos para tomar o café da manhã, todos os dias!” e “Bebês Vegetarianos: De olho no pratinho!”
Sobre a Flávia Montanari
Instagram: @Fla_MontanariNutri
CRM: 325792
Nutricionista especializada em Nutrição Materno Infantil.
Faz parte do movimento Liga da Cozinha Afetiva – que visa reaproximar as pessoas do alimento e do ato de cozinhar quebrando as barreiras que criadas ao longo dos anos ressignificando o ato de se alimentar.
Aqui no JRM escreve sobre alimentação materno infantil, memória afetiva e compartilha receitas fáceis e saborosas.