Quem aí tem ouvido falar demais sobre o Rinovírus? A transmissão acontece por meio do contato de pessoa para pessoa, então venha entender os sintomas e mais informações!
Oi Mamães e Papais! Quem aí tem ouvido falar muito do Rinovírus? Ele está super presente no nosso dia a dia, mas ainda não tem vacina.
Hoje, o nosso colunista e Pediatra – Dr. Paulo Telles – vai contar tudo sobre esse vírus, os sintomas e a evolução dele até o momento que nossos filhos estão curados e prontos para voltarem para a escola!
Confira abaixo!
Talvez o nome não seja familiar para vocês, mas ele faz parte de nossas vidas há séculos.
O rinovírus é o vírus responsável pelo resfriado comum e a causa de 50% dos quadros respiratórios altos são as infecções respiratórias que atingem nariz e garganta.
Ele atinge nossos filhos e acaba trazendo muita dor de cabeça para os pais e pediatras.
Junto com o vírus sincicial respiratório (VSR), é uma das causas principais da temida bronquiolite viral em crianças.
Por causa de sua tremenda diversidade genética (150 sorotipos), leva a recorrência das infecções todos os anos nas creches e escolas.
A cada ano há milhões de casos de resfriados comuns. A obstrução nasal e sintomas como coriza, tosse e dor de garganta são as principais razões pelas quais as crianças faltam à escola e os adultos faltam ao trabalho.
Os adultos têm uma média de 2-3 resfriados por ano e as crianças têm ainda mais. Nas crianças que estão na escola ou creches, este número pode chegar a 10-12 quadros respiratórios todo ano!
A transmissão acontece por meio do contato de pessoa para pessoa.
O vírus é disseminado por contato direto com secreções respiratórias, gotículas ao falarmos, tossirmos e espirrarmos. Ou por contato com superfícies contaminadas onde você toca com suas mãos e depois toca seus olhos, nariz ou boca.
Os rinovírus são bastante estáveis e podem sobreviver algumas horas sobre algum objeto, o que aumenta o risco de ser pego pela mão e depois transferido para o nariz, olhos ou boca.
O risco de transmissão pode ser aumentado em escolas ou creches onde uma criança com o nariz escorrendo transfere secreções para as mãos, mesas, brinquedos ou outras superfícies que são posteriormente tocadas por outras crianças.
Os sintomas mais comuns são os espirros, febre leve, mal-estar, dor de cabeça, dor de garganta, tosse, dor no corpo, diminuição do apetite.
A evolução natural do resfriado são 3-4 dias de coriza clara com febre, depois 3-4 dias de coriza espessa amarelada e tosse mais forte e mais 3-4 dias de coriza clareando novamente.
O total em geral são 10-14 dias até a criança começar a melhorar.
Se o catarro espesso e tosse persistem após 10 dias ou pioram após 7 dias, temos que pensar em alguma complicação secundária infecciosa como sinusite, pneumonia, otite ou bronquite catarral.
Quando seu filho estiver resfriado, certifique-se de que ele descanse e hidrate bastante.
Como pai, sei do desespero e acabamos querendo sempre medicar nossos pequenos. Mas, nunca automedique seu filho, converse sempre com seu médico.
Os medicamentos a venda, não matam o vírus e, na maioria das vezes, não ajudarão seu filho a se sentir melhor, muito menos cortar a tosse.
Infelizmente não existe nenhum remédio que corte a evolução do resfriado.
O que devemos observar são sinais de alerta para complicações e gravidade.
Se o seu bebê tiver 3 meses ou menos e tiver sintomas de resfriado, fale com o médico do seu filho.
As crianças pequenas são mais propensas a evoluir com pneumonia ou bronquiolite.
Ligue para o médico se seu filho ficar com:
- Lábios ou dedos e unhas azuladas
- Respiração barulhenta ou difícil, com barulho de assobio ou chiado
- Uma tosse que não melhora por mais de 3 semanas
- Muito cansado, ofegante ou com desconforto respiratório
- Se tiver dor de ouvido
O tratamento é fazer muita lavagem nasal, inalação com soro e hidratação. Infelizmente ainda não existem vacinas contra este tipo de vírus.
O mais importante é não se desesperar e evitar idas desnecessárias ao pronto socorro.
O melhor a fazer é acolhimento, colo e carinho. Faça o seu filho se sentir amado que logo estará recuperado e pronto para voltar às aulas ou a creche…e pegar outro resfriado, rs!
Por fim, aproveite para ler também: “A importância do contato com a natureza para o desenvolvimento infantil” e “Dicas para prevenção de viroses e alergias de outono-inverno“.

Sobre o Dr. Paulo Nardy Telles (CRM 109556 | RQE 93689)
Instagram: @PauloTelles
Esposo, Pai do Léo e da Nina Pediatra e Neonatologista pela Sociedade Brasileira de Pediatria.
- Formado pela Faculdade de Medicina do ABC
- Residência médica em pediatra e neonatologia pela Faculdade de Medicina da USP
- Preceptoria em Neonatologia pelo hospital Universitário da USP
- Título de Especialista em Pediatria pela SBP
- Título de Especialista em Neonatologia pela SBP
- Atuou como Pediatra e Neonatologista no Hospital Israelita Albert Einstein 2008-2012
- 18 anos atuando em sua clínica particular de pediatria, puericultura