Vermelhidão, choro e desconforto? Assaduras são comuns, mas evitáveis. Entenda as causas, como prevenir e quando é hora de buscar ajuda médica. Então, vem com a gente!
Oi Mamães e Papais! Hoje, a nossa colunista, Dra. Elisabeth Fernandes – Pediatra e Reumatologista Infantil – preparou um conteúdo super completo sobre assaduras em bebês — um incômodo comum, mas que pode (e deve) ser evitado com os cuidados certos.
Neste post, você vai entender o que causa a dermatite de fralda, quais são os principais sintomas, como prevenir de forma eficaz e quando é necessário buscar orientação médica.
Um guia completo e acolhedor de uma grande profissional para ajudar você a manter a pele do seu bebê saudável, protegida e livre de desconfortos.
Então, vamos à leitura?!
Assadura, ou dermatite de fraldas, é o nome dado à inflamação da pele que ocorre na região coberta pelas fraldas, muito comum em bebês, principalmente até o primeiro ano de vida.
Essa condição é causada por diversos fatores e pode variar desde uma simples vermelhidão até quadros mais intensos, com lesões, descamação, úlceras superficiais e infecções secundárias por fungos (como a Candida albicans) ou bactérias.
Quais são as principais causas e sintomas?
A dermatite de fralda é considerada uma dermatite irritativa de contato. Os quatro principais fatores associados são:
#1 Ambiente úmido e abafado, típico da região coberta pela fralda.
#2 Contato prolongado com urina e fezes, que alteram o pH da pele e ativam enzimas irritantes presentes nas fezes.
#3 Atrito e fricção, causados pela movimentação do bebê e pelas trocas de fraldas.
#4 Uso de produtos de higiene inadequados, como lenços umedecidos com álcool, fragrâncias ou outras substâncias irritantes.
O pH mais alcalino favorece a ação de enzimas fecais e aumenta a permeabilidade da pele, deixando-a mais vulnerável à agressão. Os sintomas mais comuns são vermelhidão, calor local, desconforto e choro ao toque.
Em casos mais intensos, podem surgir fissuras e infecção por fungos, geralmente com placas avermelhadas e bordas bem delimitadas, com pontinhos vermelhos ao redor.
Então, como prevenir o aparecimento de assaduras?
A prevenção é baseada em bons cuidados com a higiene e na manutenção da pele seca:
- Trocar as fraldas com frequência, idealmente a cada 2 a 3 horas durante o dia e sempre após evacuações. Em recém-nascidos, pode ser necessário trocar também uma vez durante a madrugada.
- Higienizar suavemente, com algodão e água morna ou produtos suaves, sem esfregar.
- Secar bem a pele, sem fricção, antes de colocar a nova fralda.
- Deixar o bebê sem fralda por alguns minutos sempre que possível, para arejar a pele.
- Aplicar cremes de barreira após cada troca, principalmente à noite. Eles criam uma camada protetora contra o contato com urina e fezes.
- Evitar o uso de produtos com álcool, corantes ou perfumes, que podem causar irritação.
Pomadas para prevenção e tratamento
Os cremes de barreira mais usados são compostos por óxido de zinco, petrolato ou dexpantenol.
Devem ser aplicados em camada generosa nas áreas que entram em contato com a fralda. Não é necessário remover completamente o creme em todas as trocas — basta reaplicar por cima, desde que a pele esteja limpa e sem resíduos de fezes.
E quando as assaduras já estão presentes?
Na maioria dos casos, essas pomadas já ajudam na melhora em poucos dias. Porém, quando há sinais de infecção secundária, como aumento da vermelhidão, placas úmidas ou presença de pontinhos avermelhados ao redor, pode ser necessário o uso de medicamentos antifúngicos ou antibióticos tópicos — que só devem ser utilizados com prescrição médica.
Por fim, pomadas com corticoides também não devem ser usadas sem orientação profissional.
Então, com medidas simples, é possível prevenir a dermatite de fraldas e manter a pele do bebê saudável. Em caso de dúvida ou lesões persistentes, procure o pediatra.

Sobre a Dra. Elisabeth Fernandes (CRM 94686)
Instagram: @DraElisabethFernandes
Mãe, Pediatra e Reumatologista Infantil
Mãe de duas filhas, Júlia e Luísa, Dra. Beth é Pediatra e Reumatologista Infantil pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Tem Mestrado e Doutorado em Pediatria pela FMUSP e é membro da Sociedade Brasileira de Pediatria.Oferece atendimento particular na Clínica Pediátrica Crescer em São Caetano e é professora na Universidade São Caetano do Sul.