quarta-feira, 17 setembro, 2025
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Nosso tempo é hoje! – por Carolina Toledo

 

Olá, meninas!

Tudo bem com vocês?

Aqui no Just Real Moms, temos um espaço reservado para os textos das nossas leitoras.

No mês passado, a Carolina Toledo nos escreveu o post “Saber-se importante“, onde falou sobre a educação dos pequenos em casa.

Hoje, ela fala um pouco sobre o tempo, o caminho para o mundo que as crianças trilham e as pessoas que tanto os ensinam ao longo dos anos – e como esse amor perdura por toda a vida.

A Carol, que é administradora de empresas por formação, está há um ano e meio na área de educação, cursando pedagogia e trabalhando em uma escola na educação infantil por meio período. Além disso, ela tem um duas pequenas em casa, uma com 5 e a outra com 3 anos de idade.

Confiram esse texto lindo e cheio de amor!

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Nosso tempo é hoje! 

 

Ele está lavando as mãos e eu ao seu lado esperando caso precise de ajuda. Essas horas mais banais são as horas em que acontecem as melhores trocas. As mais sinceras, as grandes revelações.

Mas hoje, antes dele me contar alguma coisa sobre o seu dia de ontem, ou qual foi a última conquista de seu irmãozinho bebê, eu peço para ganhar um abraço. Ele me atende com um bem apertado estilo “quebra ossos” e eu me seguro para não me emocionar.

Não posso contar a eles ainda, mas este será meu último dia na sua sala de aula e tão próxima deles. É tempo de mudar de turma, aprender com outras crianças, seguir a minha caminhada. Na volta das férias será tudo diferente, inclusive ele. E é impressionante como um mês na primeira infância faz diferença. Principalmente um mês de férias, com tantas experiências e descobertas. O rostinho será outro, as expressões também, talvez o “tíncipe” se transforme em “príncipe”.

E como faz para congelar esse tempo? Essa troca, esse carinho, e sobretudo, aquele sorriso? Não faz. Não tem como. Eles têm o direito de crescer e desabrochar para o mundo. Seguir com seus sonhos e realizações. A nós cabe apenas saber aproveitar. E tentar registrar na memória o que vivemos juntos.

Essa é sem dúvida uma das grandes lições que o convívio com crianças nos traz: o tempo nos escorre pelas mãos. Vale para educadores, mas também para pais, avós, padrinhos, amigos, para todos nós. Nosso tempo é hoje, vamos aproveitar!

A pedagogia atual nos pede cautela e profissionalismo. Saem as tias, entram as educadoras. Mas como não criar este vínculo? Se somos pessoas, cuidando de pessoas? E então, recebo uma mensagem de uma professora querida, que me marcou a adolescência, com o link de uma música que ela me ensinou a dançar. Para me dizer que quando se trata de gente, o amor sempre estará lá. E o professor que marcou você, provavelmente também carrega em suas lembranças o carinho e as alegrias dessa troca que tiveram.

 

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Você também gostaria de compartilhar um texto seu com as nossas leitoras? Envie-o para a gente!

 

Agressividade no contexto escolar – por Daniela Nogueira

 

Olá, moms!

Tudo bom?

No mês passado, a nossa queridíssima colunista e psicóloga, Daniela Nogueira, falou um pouco sobre a agressividade no contexto escolar e foram muitas as leitoras que se interessaram pelo assunto.

Já que o feedback foi grande, ela nos escreveu um segundo post sobre o comportamento das crianças na escola.

A Daniela, além de psicóloga, é idealizadora do projeto Pais em Ação, que apoia pais e mães na educação dos filhos oferecendo aconselhamento personalizado e domiciliar com um olhar de profundo respeito pela criança. Ou seja, as dicas dadas por ela são verdadeiros aprendizados!

Confiram o texto feito exclusivamente para o nosso blog!

 

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Agressividade no contexto escolar - por Daniela Nogueira

 

Qual a primeira pergunta que podemos nos fazer quando lidamos com uma criança que está passando por momentos difíceis e tendo comportamentos agressivos na escola?

Creio que em primeiro lugar devemos entender que isso é um pedido de ajuda e enxergar o ato agressivo como um sintoma de algo que incomoda a criança. Devemos nos afastar ao máximo da tentação de rotular o pequeno como a causa e o problema em si.

Neste post queria dividir algumas possibilidades a serem exploradas em equipe ‘pais e escola’. Vamos lá?

É preciso investigar o fator ansiedade, será que o aluno entende como funciona a escola? As normas sociais e regras “não ditas”, mas que ainda assim são esperadas das crianças, será que ele entende?

Caso não entenda, a criança pode agir de forma agressiva para se defender de situações que não compreende. Além disso, como qualquer ser humano, a criança pequena tem necessidade de relacionamento e atenção. Desse verdadeiro desejo relacional, surge a necessidade de ser compreendido. Quando não se sente aceita e compreendida, a criança pode agir baseada na rejeição que sente por não ter a devida atenção ou não lhe darem o devido valor.

Então, queridos pais e professores, é essencial ouvir os pequenos, não só escutar o que eles dizem, mas fazer uma troca real e afetiva com eles. Não existe aprendizado sem afeto, por isso tenho uma certa dificuldade em aceitar quando escuto que não há tempo ou nem sequer é o local adequado dar este tipo de atenção na educação infantil. É adequado sim, é preciso sim!

A criança pode estar agressiva por apresentar as seguintes inabilidades: expressar seus sentimentos de forma saudável, mudar de plano quando o que ela queria deu errado (frustração), passar por momentos de transição (como da despedida dos pais para a entrada, do pátio para a sala de aula, do lanche para sala de artes etc.) A boa notícia? Habilidades podem ser adquiridas com tempo e paciência!

Não se pode negar o fator de uma possível identificação com a figura paterna ou materna. Crianças são como esponjas: elas absorvem bastante o que é dito, mas agem baseadas principalmente no que elas observam de seus principais líderes – papai e mamãe, além, claro, da babá, da professora etc. Por isso, é essencial sermos bons modelos de comportamento!

Outra possível causa ou agravamento da agressividade pode ser a necessidade de expressar sentimentos legítimos de raiva, por motivos reais ou fantasiosos e que talvez ainda desconhecemos. Será que alguém da família adoeceu/faleceu? A babá de tantos anos “sumiu” e nada foi explicado? Nasceu um irmão? A mãe fez uma cirurgia e não pode dar atenção ou pegar no colo?

Ao não compreender o que está acontecendo em casa, a criança chega na escola com sentimentos confusos, com raiva, e na 1ª oportunidade põe tudo para fora, ali no meio do pátio mesmo, tudo “por causa” de um baldinho de areia, de um carrinho ou de uma fantasia de super-herói. Mas o irmãozinho nasceu faz cinco meses! Hmmm… Será que a criança teve tempo de assimilar os fatos e as mudanças? Seres humanos pequenos não processam fatos e sentimentos no mesmo ritmo que adultos e durante esse processo sentimentos negativos como raiva e agressividade podem aparecer. Há muitos anos tive um aluninho que jogou uma boneca para fora da sala de aula aos gritos, quando lhe perguntei de forma bem blasé o que houve, ele respondeu mais blasé ainda: “é a minha irmã” se referindo à recém-chegada caçula da família.

Seria possível escrever sobre muitas outras possibilidades para a questão da agressividade na escola, porém, o importante é expandir o olhar, adquirir conhecimento sobre o desenvolvimento infantil, sobre a criança em particular e depois pensar junto à equipe da escola maneiras efetivas de ajudá-la. Isso faz parte do compromisso que temos como pais, educadores, professores e comunidade.

Até o próximo post!

 

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Por Daniela Nogueira

Especializada na abordagem Pikler-Lóczy em Paris, França, está envolvida no universo infantil há mais de 15 anos com experiências em co-educação nos EUA, trabalho terapêutico em instituições e abrigos para crianças e atuação como professora na educação infantil em escolas particulares de São Paulo e Rio de Janeiro. 

 

Como a poluição sonora pode afetar o desenvolvimento infantil

 

Olá, moms!

Tudo bem?

Esses dias estava pensando sobre como as cidades grandes, principalmente em São Paulo, onde moro, são barulhentas. O problema é que não escutamos barulho somente quando estamos na rua, mesmo dentro de casa os ruídos externos são muitos, como carros, buzinas, alto-falantes etc. Então, comecei a pensar como a poluição sonora pode afetar o desenvolvimento infantil. Sem dúvidas, todo esse barulho não faz bem aos pequenos (nem adultos). Por conta disso, cuidar para que seus bebês não fiquem expostos a sons muito altos é importante para garantir que eles tenham uma boa audição e aprendizado.

Para falar é preciso ouvir, e quando a audição do seu bebê está sendo afetada por uma série de ruídos, a comunicação e o aprendizado podem ser prejudicados.

Confiram algumas dicas:

– Ambientes com muitas pessoas conversando atrapalham na memorização de diferentes sons. Com a confusão de vozes, as crianças têm dificuldades para se fixar na voz de uma só pessoa e prestar atenção nas suas palavras, em como elas são ditas. O ideal não é silêncio total, mas evitar ficar em ambientes barulhentos por muito tempo.

– Cuidado com o som da sua TV, não ultrapasse a metade do indicador de volume – como a regulagem pode variar de um aparelho para outro, a recomendação é a de sempre regular para o mais para baixo possível.

– A dica acima vale também para aparelhos de som. Evite escutar música muito alta dentro de casa ou do carro.

– Ao sair de carro, a sugestão é utilizar o vidro das janelas como uma barreira de proteção ao som.

– As crianças maiores que começam a utilizar fones de ouvido merecem um alerta: esses aparelhos chegam a mais de 110 dB (o nível de ruído não deve ultrapassar 80 decibéis) e o som vai direto para o canal auditivo, sem nenhuma barreira de proteção aos ouvidos.

– Preste atenção também nos brinquedos. Em alguns casos, o volume alto pode prejudicar a audição dos pequenos.

– Na hora de dormir, o som ambiente indicado é o silêncio.

Bebês que ao dormir costumam receber algum estímulo sonoro criam um condicionamento, e o som quando colocado repetidamente poderá causar a perda de audição.

– Observe também como a poluição sonora está presente em instalações de aprendizagem – escolas, creches e maternidades – a maior parte do problema vem de fora do ambiente e pode atrapalhar do mesmo jeito. Dê atenção à localização das classes e ao isolamento acústico que elas oferecem.

– Janelas à prova de som ajudam a proteger as crianças da poluição sonora.

Conversei com Nicole Fischer, gerente de marketing da Atenua Som, a empresa que forneceu as janelas termoacústicas, ou antirruído como também são chamadas, para minha casa. Ela explicou que as mães, assim como eu, procuram as janelas antirruído de sobreposição para resolver o problema da entrada de ruídos da rua no quarto dos seus filhos. “As mães geralmente cuidam para que o quartinho do bebê seja um cantinho especial, cuidam de todos os detalhes, desde o papel de parede até a iluminação. A janela antirruído é um item importantíssimo nesse momento, pois traz o conforto além da estética, já que protege o bebê dos ruídos e da sujeira que vem da rua”, comenta. E a grande satisfação é saber que a instalação é muito simples, sem a necessidade de tirar a janela do prédio ou envolver pedreiro. Em pouco tempo e sem quebra-quebra, já se consegue desfrutar de um quarto seguro acusticamente.

Todo cuidado é pouco, o ruído não só incomoda e distrai como também interfere no humor da criança. Muito barulho pode causar desconforto, enxaquecas, náuseas e a criança pode até começar a apresentar comportamentos mais agressivos com o tempo.

Muito importante pensar nisso, não acham?

Beijos!

 

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Diversão infantil para os pequenos de Brasília – por bora.ai

Olá, moms!

Tudo bem com vocês?

Durante o final de semana, Brasília terá uma série de passeios super legais! A diversão está garantida para os pequenos – e para a família toda também!

Confiram abaixo as dicas que o bora.ai nos enviou e aproveitem!

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O evento piquenique no varandão do Shopping Pátio Brasil já é uma delícia sempre quando ocorre. Imagina um edição dedicada especialmente às crianças! Vai ser bom demais!!

Diversão infantil para os pequenos de Brasília - por bora.ai

 

O grupo paulista Tiquequê apresenta o show O Gigante, no Teatro da Caixa Cultural.

 

Futebol City é um parque itinerante de futebol com várias atividades para os amantes do futebol. A arena vai ficar montada de 2 a 29 de outubro, no estacionamento 6 do Parque da Cidade.

 

Quer saber quais são os outros programas para o fim de semana? Acessem o bora.ai!

 

Passeios divertidos em Porto Alegre – por bora.ai

Oie, meninas!

Como vocês estão?

Finalmente, chegou o final de semana! Dois dias inteiros para curtir bastante com os pequenos e, quem dá as dicas dos passeios mais divertidos de Porto Alegre, é o bora.ai!

Confiram tudo o que vai rolar e boa diversão!

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Vai rolar a exposição The Beatles Kids & Fans no shopping Praia de Belas, em Porto Alegre, em homenagem ao Dia das Crianças.

 

O lançamento do projeto Pequeno Colecionador acontece no sábado, dia 7 de outubro, na Calafia Art Store, em Porto Alegre.

Passeios divertidos em Porto Alegre - por bora.ai

 

A nova montagem A Turma da Mônica Contra o Capitão Feio chega a Porto Alegre para comemorar o Dia das Crianças com apresentações especiais nos dias 7 e 8 de outubro, às 15h, no Teatro do Bourbon Country.

Passeios divertidos em Porto Alegre - por bora.ai

 

Inclusão em Cena, um dos projetos culturais desenvolvido pelo Porto Alegre em Cena, tem como objetivo inserir crianças e adolescentes às diferentes formas de expressão artística. Em comemoração à semana da criança, o projeto lança sua programação no dia 2 de outubro, às 15h, no Teatro do Sesi, com a apresentação do grupo paulista Tiquequê, sucesso entre o público infantil e adulto. A programação acontece de 7 a 16 de outubro, em diversas escolas e praças de Porto Alegre, com entrada franca.

Chega a Porto Alegre, pela primeira vez, a Mostra de DançaA noite é uma criança. Evento que já acontece há mais de 15 anos em Florianópolis.

 

Gostou? Então corre para o site do bora.ai que tem muitos outros passeios divertidos para o fim de semana!

 

As melhores dicas para o fim de semana em São Paulo – por bora.ai

Olá, meninas!

Tudo bem?

Por mais gostoso que seja o fim de semana, não é sempre que nos programamos com antecedência ou temos algum passeio em vista.

Por isso o bora.ai preparou algumas dicas com os melhores programas para esses dois dias de folga.

Confiram o que vai rolar em São Paulo!

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O movimento SlowKids, que acredita na importância do brincar e em respeitar as fases do desenvolvimento dos pequenos, terá uma nova edição no dia 8 de outubro, comemorando o mês da criança com shows, espetáculos, muita brincadeira, natureza e troca! O programa acontecerá no Parque Villa Lobos.

As melhores dicas para o fim de semana em São Paulo - por bora.ai

 

Cia Le Plat du Jour apresenta uma versão mais contemporânea do clássico “Alice no país das maravilhas”, onde a personagem central mora em um prédio localizado em uma grande metrópole.

 

Tudo é brincadeira é um espaço itinerante de brincadeiras livres, para crianças até 10 anos soltarem a imaginação e se divertirem a vontade.

 

O ator e diretor Cassio Scapin vai comemorar seus 36 anos de carreira com uma produção inédita no palco do Teatro das Artes, interpretando um dos personagens mais queridos do imaginário infantil: Nino, o eterno menino de 300 anos do Castelo Rá Tim Bum!

 

Quer saber o que mais vai rolar durante o fim de semana? Acesse o site do bora.ai para ver os melhores passeios da cidade!

Cuidados com o filho adotivo – por Carla Poppa

 

Olá, moms!

Tudo bem?

É inegável que um filho adotivo constrói laços iguais aos de um filho biológico com seus pais, mas como o bebê ou a criança já vem com uma história de vida inicial em sua bagagem, é preciso que esse caminho seja trilhado com alguns cuidados.

Hoje, a nossa querida colunista e psicóloga, Carla Poppa, escreveu um texto falando sobre o assunto. De forma delicada, ela explica como é o processo da chegada de um filho adotivo e dá alguns conselhos para que isso aconteça da forma mais harmoniosa possível.

E, por falar na relação entre pais e filhos, vale super a pena conferir também o último texto da Carla em nosso site: A função dos limites no desenvolvimento da criança e a importância da forma como são colocados.

Confiram o novo texto da nossa colunista!

 
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Cuidados com o filho adotivo

Cuidados com o filho adotivo - por Carla Poppa

 

O vínculo que os pais constroem com um filho adotivo pode se tornar tão significativo quanto o vínculo que é construído com um filho biológico. Porém, como no caso da adoção a criança chega na família com uma história de vida que não foi compartilhada com os pais, existem alguns cuidados específicos que podem ajudar na construção do vínculo com a criança.

Quando a criança chega na família, é bem possível que ela já tenha vivido algumas experiências com seus pais biológicos, ou mesmo no abrigo no qual vivia antes da adoção. Nessas interações anteriores, a criança começou a desenvolver a sua maneira de se relacionar. A maneira de se relacionar pode ser expressa de forma sutil, como o tom de voz mais alto do que os pais costumavam utilizar, ou uma forma mais firme de pegar os brinquedos ou objetos, por exemplo. E por mais que esses gestos possam chamar a atenção dos pais, é importante se manter tranquilo e ter em mente que essa maneira de se relacionar muda conforme as interações da criança se modificam e, por isso, não devem ser entendidas como uma característica definitiva. Do contrário, quando os pais entendem que esses gestos indicam que o filho(a) é agressivo(a), por exemplo, é possível que esse olhar se torne presente nas interações que terão com  a criança e assim, essa transformação pode se tornar mais difícil. Nesses casos, como a maneira de se relacionar da criança está impedida de se transformar, mesmo passando o tempo, é possível que a criança sinta que ela é muito diferente dos pais, o que promove uma distância e dificulta a intimidade que é essencial para a construção de um vínculo de confiança entre pais e filhos.

Além de ter consciência de que a criança possivelmente terá uma maneira de se relacionar diferente para que seja possível responder aos seus gestos com tranquilidade, também é importante refletir sobre os sentimentos que a criança desperta. Alguns pais podem sentir pena ou ter a sensação de que estão “salvando” a criança de uma vida difícil. É importante identificar esses sentimentos ou crenças para que eles possam ser questionados e, assim, evitar que se relacione com a criança orientado pela expectativa de que ela sinta gratidão por ter sido adotada. Quando a crença de que a criança foi “salva” pelos pais se mantém presente na relação, é possível que os pais, mesmo sem perceber, acabem colocando a criança em uma posição de devedora, o que pode provocar uma reação de raiva da criança; ou o oposto, a criança pode reprimir a sua espontaneidade e direcionar sua energia pela intenção de agradar os outros.

E ainda, outro cuidado importante é oferecer espaço para a criança perguntar e conversar sobre sua história de vida; sua família de origem e suas experiências anteriores à adoção. Esse espaço aparece na relação na medida em que a criança percebe a segurança e tranquilidade dos pais quando ela faz perguntas sobre a sua história. Com a tranquilidade e segurança que os pais expressam, a criança percebe que pode não só fazer perguntas, mas compartilhar seu sofrimento e seus anseios, o que torna sua experiência mais leve. Se ao contrário, as perguntas que a criança faz sobre a sua história de vida despertam ansiedade, insegurança ou angústia nos pais, o espaço na relação para esse diálogo, deixa de existir e a criança fica isolada, sem encontrar apoio para lidar com as emoções que a sua história de vida lhe despertam, o que, com o tempo, pode tornar seu sofrimento cada vez mais intenso.

Assim, quanto mais as experiências anteriores da criança forem reconhecidas e incluídas na relação com seus pais com tranquilidade e quanto mais os pais se apropriarem dos eu desejo de ter um filho e de construir uma família que foi atendido com a adoção, é bem provável que a relação assuma uma posição horizontal, na qual a criança não será vista como devedora, nem será exigido que expresse gratidão. Com isso, a chegada da criança à família pode ser vivida como um encontro entre os pais e seu filho(a), a partir do qual a mãe, o pai e a criança se transformam e se beneficiam.

 

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Carla C Poppa é doutora em desenvolvimento e psicoterapia infantil pela PUC-SP, professora do curso de especialização em Gestalt Terapia e de cursos de psicoterapia de crianças no Instituto Sedes Sapientiae.

Atende em seu consultório, em Higienópolis, crianças, adolescentes e adultos, onde também orienta pais em sessões individuais ou em grupo. Para falar com ela escrevam para: contato@carlapoppa.com.br ou acessem: www.carlapoppa.com.br

 

Convulsão febril nas crianças! – por Dr. Jairo Len

 

Olá!

Nosso colunista pediatra, o Dr. Jairo Len, escreveu um artigo super completo sobre convulsões febris em crianças.

Tenho certeza de que muitas de vocês conhecem alguma criança que teve convulsão febril. É muito mais comum do que imaginamos. Minha sobrinha e a filha de uma amiga minha tiveram e lembro-me bem do desespero delas e o quanto gostariam de ter tido mais informações sobre este assunto.

Por esse motivo, pedimos para ele escrever algo para que nós, mamães, realmente entendêssemos e o conteúdo está excelente.

Vale ler para saber como agir nessas situações!

Espero que gostem!

Mil Bjsss

 

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Convulsão Febril

A convulsão febril simples é uma doença que assusta a grande maioria das mães e pais, apesar de sua baixa incidência. Ainda que seja muito temida, é bastante rara e também benigna, não trazendo quaisquer complicações neurológicas a longo prazo.

 

Convulsão Febril em Crianças - Just Real Moms

 

– Idade: A convulsão febril (CF) pode ocorrer em crianças entre os 6 meses e 5 anos de idade, mas a maioria dos casos a CF ocorre até os 2 anos de idade.

– Frequência: A porcentagem de crianças que vão ter uma CF é em torno de 2%. Existe característica hereditária nas convulsões febris, como casos na família (pais, tios, primos).

– Causas: A convulsão febril é causada única e exclusivamente por causa da FEBRE, ou seja, não há relação com qualquer doença neurológica – como as meningites ou epilepsia. A causa, na verdade, é o aumento rápido da temperatura – dos 36,5°C para os 38,5°C em poucos minutos.

– Qual temperatura? A temperatura em que a CF ocorre é em torno dos 38,5°C. Temperatura mais altas (como 40°C) mantidas por várias horas não causam convulsão febril.

As doenças febris que mais comumente se relacionam com as convulsões são aquelas das vias aéreas superiores, que sempre causam febres que sobem rapidamente: faringites, amigdalites, otites – e também as doenças infantis virais, como o exantema súbito (ou roséola). Pneumonias e infecções urinárias também têm relação com a convulsão febril.

– Como é a convulsão? A convulsão febril normalmente é “tônico-clônica generalizada”, ou seja, todos os músculos da criança têm uma movimentação cíclica ao mesmo tempo. A criança tem perda transitória de consciência na maior parte das vezes. Tem início súbito e duração máxima de 15 minutos na maioria dos casos. Porém, na maioria das vezes dura cerca de 3 minutos. Quando temos uma convulsão febril que dura mais de 15 minutos, o que é muito raro, chamamos de convulsão febril complexa, e uma avaliação por neurologista é sempre indicada, desde a primeira convulsão.

– O que fazer? Em primeiro lugar, mantenha a criança em algum lugar seguro, aonde não tenha risco de se machucar (no colo, por exemplo). Retirar da boca da criança qualquer coisa que ela esteja mastigando (tipo: bolachas, balas) ou chupetas. Caso se note que a criança está com febre (na maioria das vezes os pais não percebem a febre devido a todo o estresse do momento), pode-se colocar um supositório infantil antitérmico à base de dipirona (o único disponível no Brasil). Um banho morno seria indicado, mas é difícil ser dado na criança em convulsão.

A criança deve ser levada a um pronto-socorro para uma completa avaliação do quadro: se a convulsão é exclusivamente febril, se não há outras doenças associadas. DEVE-SE DIRIGIR ATÉ O PRONTO-SOCORRO COM CALMA E CUIDADO. Existem estatísticas mostrando que o índice de acidentes de trânsito é muito grande quando os pais levam em emergência os filhos ao pronto-socorro.

No pronto-socorro, a criança geralmente chega após a convulsão ter terminado. Caso a criança chegue ao PS convulsionando, a equipe médica vai tomar as condutas necessárias. Sempre é realizado um exame físico completo para se achar a causa infecciosa da convulsão febril e, se necessário, são feitos exames laboratoriais para afastar possíveis complicações: hemograma, tomografia, líquor.

Caso se chegue a conclusão que houve uma CONVULSÃO FEBRIL simples, a criança não necessita de internação. Deve ser medicada para a causa da febre: antibióticos e antitérmicos, se necessário.

– Recorrência: Mesmo sem usar remédios anti-convulsivantes, o risco de uma criança ter uma segunda CF é baixo: só 25% a 30% das crianças que tiveram uma CF vão ter a segunda.

– Tratamento a longo prazo: Atualmente, não são utilizados remédios a longo prazo para as crianças que tiveram uma só convulsão febril ou mesmo convulsões febris simples de repetição. Caso a convulsão febril se repita, deve haver uma investigação mais completa por um neurologista.

– IMPORTANTE: Existe uma reação que ocorre logo antes de um quadro de febre alta, que é a viremia ou bacteremia, muitas vezes confundidas com a convulsão febril. Nestes casos, as crianças ficam pálidas, com os lábios e extremidades mais arroxeados (cianose), e também leves tremores em extremidades. Em poucos minutos vem a febre alta, e estes sintomas desaparecem – permanecendo só a febre, que deve ser medicada normalmente.

 

Convulsão Febril em Crianças - Just Real Moms

 

Passeios infantis em Brasília – por bora.ai

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Oie, meninas!

Tudo bom?

Neste final de semana, Brasília estará cheia de passeios infantis pra lá de divertidos!

Vai ter brincadeira de rua, circuito para os pequenos mais aventureiros e muitas outras atrações para vocês curtirem com os pequenos.

Confiram o que o bora.ai sugere!

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O evento Desce pro Eixão – Festival de Brincadeiras de Rua“, pretende resgatar a prática de brincadeiras de rua! Além de tudo, é gratuito e ao ar livre!

Passeios infantis em Brasília - por bora.ai

 

Mutirão Green é uma das ações do Green Move Festival que antecedem o festival, previsto para ser realizado no dia 7 de outubro na Esplanada dos Ministérios.

 

Mais uma oportunidade para participar do Astronomia na Praça – Encontro de Telescópios! Será no próximo sábado, dia 30, na Praça dos Três Poderes. O evento, promovido pelo Casb – Clube de Astronomia de Brasília será o último do ano!

 

No mês das crianças, meninos e meninas vão se divertir para valer no circuito interativo de atividades e de oficinas da Barbie e do Hot Wheels. O evento é inédito em Brasília e será realizado na Praça Central do Shopping Conjunto Nacional, entre os dias 25 de setembro e 10 de outubro.

 

Se você quiser conferir outros passeios que acontecerão em Brasília, neste final de semana, é só correr para o site do bora.ai e ver as outras dicas que eles têm!

 

O que vai rolar em Porto Alegre? – por bora.ai

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Olá, meninas!

Como vocês estão?

Que tal fazer um piquenique durante o final de semana? Ou ir a uma peça de teatro? Seja qual for o passeio, o bora.ai nos enviou algumas dicas do que vai rolar em Porto Alegre.

Preparadas para muita diversão? Então confiram o que por aí!

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Piquenique Cultural acontece no Parque Marechal Mascarenhas de Moraes, em Porto Alegre, no dia 30 de setembro, a partir das 15h.

O que vai rolar em Porto Alegre? - por bora.ai

 

O Espetáculo “Bom para Cachorro, da Companhia Caixa do Elefante,acontece no Theatro do Abelardo na Vila Flores de 16 de setembro até 8 de outubro (sábados e domingos) sempre às 16hs .

 

Sucesso no mundo inteiro, a Insane Inflatable 5k – A Corrida Insana com Obstáculos Infláveis Gigantes chega a Porto Alegre para divertir e desafiar crianças de todas as idades!

 

Quer saber mais do que vai rolar em Poa? Acessem o bora.ai!

O melhor da programação de São Paulo – por bora.ai

 

Olá, moms!

Tudo bem com vocês?

Mais um final de semana vem aí e as leitoras do Just Real Moms já sabem: o bora.ai nos enviou dicas de passeios incríveis!

Tem programas esportivos para os pequenos mais radicais, estreia de filme, atração para os fãs de futebol e muito mais!

Confiram o melhor da programação paulista!

 

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Nos domingos do mês das criança o Shopping Eldorado vai montar em seu estacionamento externo o Eldorado Fun Park, uma pista para os pequenos de 3 a 12 anos andarem de patins, bicicleta e skate – o local faz empréstimo do equipamento durante o evento ou a criança pode trazer o seu próprio.

 

O melhor da programação de São Paulo - por bora.ai

 

Museu do Futebol comemora nove anos em 2017 e para celebrar, nos dias 30 de setembro e 1 de outubro, os visitantes poderão participar de uma uma programação super especial para toda a família, com Caça ao Tesouro e também de Visitas Educativas sobre a história do Museu. A entrada é gratuita.

 

 

Depois de “Uma Aventura Lego” e “Lego Batman”, a Warner Bros apresenta LEGO Ninjago, a mais nova animação da franquia, produzida por Dan Lin, Phil Lord, Christopher Miller e Roy Lee, mesmo time do primeiro episódio da saga.

 

 

Planeta Peteca é um show para bebês, crianças e também para os adultos!

 

 

Gostaram? Tem muito mais no site do bora.ai! Confiram!

 

 

O que fazer para as crianças não ficarem doentes no tempo seco? – por Dr. Jairo Len

Olá!

Meus filhos têm sentido bastante esse tempo seco: tosse, nariz com catarro dentre outras coisas tem sido frequentes por aqui! Mas como ajudar nossos pequenos a não sentirem tanto nessa secura toda que estamos passando?

Para me ajudar e tentar ajudar as que também estão passando por isso, pedi para nosso colunista, o Dr. Jairo Len, dar algumas orientações sobre este assunto!

Espero que ajude!

Mil Bjss

 

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Tempos Secos

 

Vivemos em São Paulo e grande parte do Brasil uma época de tempo seco, baixa umidade do ar.

Muitas pessoas sofrem demais com o clima seco, mas as crianças particularmente sofrem mais, devido às características das vias respiratórias ainda imaturas e, claro, o contato com as viroses e infecções bacterianas do trato respiratório, muito comuns na fase escolar.

Começamos a sofrer quando a umidade relativa do ar abaixa dos 40%, e a situação é crítica abaixo dos 20%. Muitos dias temos umidade relativa do ar em cerca de 30%.

As crianças sentem mais essa falta de umidade nas vias respiratórias, como nariz (coriza, congestão), laringe (as laringites, famosa tosse de cachorro no meio da madrugada), bronquites e até aumento de pneumonias. Também sofrem os olhos (conjuntivites alérgicas, virais e bacterianas) e a pele, mais seca.

 

O que fazer para as crianças não ficarem doentes no tempo seco? - por Dr. Jairo Len

 

 

Como melhorar essa situação?

As soluções são fáceis, mas nem sempre 100% efetivas.

E sempre recomendo que as medidas abaixo sejam feitas exclusivamente para as crianças com sintomas ou com grande tendência a ter sintomas quando o clima seca. Se seus filhos não sofrem com a falta de umidade, evite medidas diárias de umidificação.

 

Como ajudar?

– O uso de umidificador de ar é a medida mais importante. De noite, e se possível de dia – apesar das crianças nunca ficarem num mesmo ambiente o dia todo. Bacias de água não funcionam. Toalhas úmidas são uma solução provisória, umidificam pouco o ambiente.

– O ar condicionado é um agravante, porque diminui a umidade do ar. Mas em muitas casas é extremamente necessário. Considere usar um umidificador de ar junto, se necessário.

 

O que fazer para as crianças não ficarem doentes no tempo seco? - por Dr. Jairo Len

 

– Se seu filho está com o nariz ruim, coriza, secreção ou congestão, o uso de solução salina (soro fisiológico 0,9%) é o ideal. Existem inúmeros produtos no mercado, gosto das formas em Spray ou jato continuo.

– O uso de seringas cheias de soro injetado no nariz, com pressão, não tem bases científicas. Está muito na moda, mas poucos médicos recomendam. E a idade mínima deve ser uns 3 ou 4 anos. Caso você use, faça com suavidade. O soro com muita pressão pode penetrar ou mandar secreção para o ouvido e seios da face, causado infecções.

– Também existe o Gel para hidratação intra-nasal, para os casos mais severos. Mas só use com indicação médica.

 

O que fazer para as crianças não ficarem doentes no tempo seco? - por Dr. Jairo Len

 

– A inalação com soro fisiológico também pode ajudar. Quando é feita com soro fisiológico puro, não há qualquer contraindicação. Existem medicamentos para se acrescentar ao soro para os casos de bronquite, mas todos com indicação do pediatra.

 

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Beber muita água é fundamental nos dias secos. Oferça sempre que possível.

– A prática de esportes nos horários de pico da secura do ar também deve ser evitada se a criança está com sintomas respiratórios mais importantes. Em geral entre 11:00 e 17:00.

 

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– Quando os olhos estão sofrendo por causa do ar seco – coceira, secreção, sensação de areia, lacrimejamento – colírios lubrificantes devem ser usados. Em geral não tem qualquer contraindicação.

– E para a pele, se necessário, ótimos hidratantes. Lembro que os ótimos hidratantes não tem cheiro e infelizmente são aqueles mais caros da farmácia – mas em geral rendem muito.

– Em épocas secas, o pó e a poeira também tendem a aumentar. A limpeza da casa com panos úmidos ou próprios para isso deve ser intensificada.

As doenças respiratórias aumentam em épocas de tempo seco. Fique sempre atento e a qualquer dúvida contate o(a) pediatra.

Jairo

Dr. Jairo Len
Clínica Len de Pediatria

 

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