Já me senti muito sozinha nessa vida de mãe. Na fase que os dias e noites são todos iguais, que meu passeio era da sala para o quarto, e as vezes ao mercado. Minha solidão foi embora quando decidi escolher que…
Como falamos, queremos compartilhar histórias e textos escritos por vocês, mamães que acompanham nosso trabalho! E hoje, o texto abaixo conta o relato de Leticia Azevedo: “Minha solidão foi embora quando decidi escolher que…”
Veja abaixo o texto:
Já fui visitada pela sensação de ser “apenas” mãe, inútil, e de estar “emburrecendo”.
Foram rápidas e passageiras, mas elas bateram aqui na minha porta, principalmente na época em que marido chegava em casa todo atualizado com as notícias do mundo, enquanto a notícia bombástica do meu dia era que hoje ele tinha dormido melhor, vomitado bem menos, e minha calça favorita tinha servido.
Já me senti muito sozinha nessa vida de mãe, principalmente na largada da corrida. Na fase que os dias e noites são todos iguais, que meu passeio era da sala para o quarto, e as vezes ao mercado.
Depois me senti sozinha de novo quando algumas amizades foram se distanciando, ciclos foram fechando, e eu fiquei perdida me reinventando.
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Por conta desses sentimentos, fazia mudanças drásticas correndo atrás do tesouro no final arco-íris. Achava que a felicidade era tudo que estivesse além do meu alcance. Sempre lá longe, onde eu não estava.
Queria me manter interessante e informada.
Queria as amigas que não me queriam, estar nos programas que não era chamada, receber muitas ligações, ser procurada.
Mas viva os anos que se passam, terapia, oração e maturidade, para me fazer provar e comprovar que isso tudo é só uma parte dessa tal felicidade, porque se fosse somente isso, então eu estaria eternamente correndo atrás do vento.
Hoje em dia, eu estou exatamente onde eu queria estar, tenho paz em ser ausente de vários assuntos, temas, modas, eventos, festas.
Mas estou cercada dos amigos que eu queria (e não enchem uma mão), e parei de olhar para quem eu nunca seria, para as experiências que eu perderia, para a grama sintética da minha vizinha.
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Minha solidão foi embora quando decidi escolher que a melhor balada será com meu marido e o nosso sofá, enquanto nossas melhores companhias são os três baixinhos brincando na sala ao lado.
Ufa, eu finalmente sinto que cheguei no final do arco-íris.
Outra mamãe que tem compartilhado histórias e textos conosco é a querida Bia Sanmarco!
Vejam esses textos sobre: “Quando Nasce Uma Mãe, Nasce A Culpa” e “Minhas descobertas dos primeiros meses do meu bebê!“.