Sabemos que o estresse traz muitas consequências não apenas físicas, mas emocionais e psicológicas também! Mas você sabe qual é o impacto do estresse na Infância?
Oi mamães e papais! Hoje vamos explicar para vocês qual é o impacto do estresse na Infância.
É importante se atentar que deve-se cuidar nos níveis de estresse não apenas após a gravidez, mas sim durante a gravidez também.
Como sabemos, muitas vezes o bebê sente o que a mãe sente, e com o estresse não é diferente.
Então, hoje a nossa colunista e pediatra, Dra. Flavia Oliveira, vai responder a pergunta: qual é o impacto do estresse na Infância e ainda dar 7 dicas incríveis de como controla-lo.
Confira abaixo e deixe seus comentários no final! Beijos!
Um dos pilares da Medicina do Estilo de Vida diz respeito ao Manejo do estresse, que na maternidade irá se basear em ferramentas que irão impactar na família como um todo.
Na verdade, mesmo antes de nascer o feto pode sofrer influência direta sob seu desenvolvimento, de acordo com o estresse materno.
Alguns hormônios de estresse atravessam a placenta e agindo diretamente no sistema nervoso do bebê.
Cada vez mais se entende o quanto o período pré-conceptual e a gestação influenciam na origem de doenças futuras na criança, mas isso é outro assunto.
A questão é que estamos vivendo um momento peculiar, no qual a incerteza e insegurança no futuro nos colocam em constante estado de alerta.
Nos adultos essa situação gera a liberação de hormônios de estresse como o cortisol e a adrenalina, que resultam tanto em consequências físicas, como gastrite, enxaqueca, dermatites, assim como emocionais e psicológicas, como depressão, ansiedade e pânico.
Nas crianças, esses hormônios também acabam por resultar nesses desfechos, porém, nos primeiros 5 anos de vida (principalmente), essa alteração hormonal interfere nas ligações das células cerebrais, o que pode levar à uma modificação da arquitetura cerebral permanente.
O estresse em níveis controlados é essencial para nos manter ativos, porém ao atingir níveis mais elevados, se caracteriza como TÓXICO.
Desta maneira, modular o estresse nos pais é a base para que eles possam lidar de maneira mais assertiva com seus filhos.
Então, os pais funcionam como “amortecedores” das respostas de estresse frente à determinadas situações. O cérebro possui uma memória frente à tais respostas, o que acaba por formar uma base emocional sólida para o futuro.
Como controlar o estresse na infância e na vida adulta?
- Entenda quais são os gatilhos que desencadeiam respostas exacerbadas.
- Perceba quais são as alterações no seu corpo que sinalizam um nível de estresse elevado: aumento da frequência cardíaca, sudorese, náuseas.
- Busque apoio para implementar medidas que auxiliem no manejo do estresse, sem uma rede de apoio o processo não se sustenta.
- Práticas como mindfulness, ioga, meditação são aliados importantes, pois geram com o tempo respostas imediatas frente à determinadas situações. Lembrando que mesmo em crianças pequenas pode-se orientar atividades para controle de respiração e consciência corporal.
- Exposição à luz natural, devido sua correlação com a liberação de endorfinas.
- Pratique alguma atividade física que faça sentido e que seja possível dentro da realidade da sua família.
- Em tempos de isolamento social, ponderar a importância de exposição ao ar livre, dentro de uma responsabilidade e consciência social. O contato com a natureza se torna mandatório para um equilíbrio emocional mínimo.
O autocuidado é essencial para que a maternidade seja exercida da forma mais plena possível, sem romantismos ou padrões inalcançáveis.
Então, como ouvimos no avião, coloque a máscara de oxigênio primeiro em si para depois auxiliar quem está ao seu lado.
A maternidade não nos deve distanciar de quem somos primordialmente, mulheres com suas batalhas e lutas internas, que buscam exercer seu papel dentro da melhor maneira possível.
Cuidar de si é o primeiro passo para cuidar do outro.
E ainda, falando de estresse na infância, sabemos quanto o sono é reparador e certamente é uma benção para melhorar o estresse. Aproveite e veja o post, também da Dra. Flavia Oliveira, falando sobre “8 dicas para hora de dormir – para toda família“.

Sobre a Dra. Flávia Regina De Oliveira
Instagram: @Dra.FlaviaPediatra
CRM: 113123 | RQE: 63253
Mãe do Lucas de 10 anos e Pedro de 7 anos. Pediatra e Neonatologista pela SBP aqui no JRM vou conversar com vocês sobre Medicina do Estilo de Vida, vamos juntos traçar ferramentas para colocar em prática um estilo de vida coerente com nossas necessidades e da nossa família.
Graduada em medicina pela Faculdade de Medicina da Fundação ABC – FMABC, fez residência médica em Pediatria Geral pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP, tem título de especialista em Pediatria pela Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP com residência em Neonatologia pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo – USP.
É especialista em Neonatologia pela Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP e pós-graduada em Perinatologia pelo Instituto de Ensino e Pesquisa do Hospital Albert Einstein – HIAE.