segunda-feira, 8 setembro, 2025

Inteligência Emocional: Como Criar Filhos Felizes?

Muito se fala de Inteligência Emocional, mas quanto que realmente entendemos e sabemos como educar os nossos filhos para que tenham relações positivas e felizes durante toda a vida?

Inteligência Emocional em crianças Como criar filhos felizes Gestar Mariana Miguel Psicóloga da Maternidade Just Real Moms

Oi Mamães e Papais! Hoje vamos falar de Inteligência Emocional.

Em um papo com um grupo de amigas e amigos, que são pais e futuros pais, foi levantado esse tema e fomos questionados se sabíamos o que era.

Em seguida, veio a pergunta sobre como educar os filhos para que tenham uma boa inteligência emocional.

Tenho que dizer que talvez metade do grupo ficou mudo. Inteligência emocional muitos responderam o que era…mas a pergunta de COMO educar a criar filhos gerou uma boa discussão.

Então, conectamos esse momento com um post que recebemos da equipe da Gestar, um dos nossos colunistas, escrito pela Mariana Miguel, Psicóloga da Maternidade.


Se você está aqui é porque você deseja oferecer ao seu filho uma educação que o ensine a viver bem consigo mesmo e com os outros, além de reagir às exigências da vida com confiança, serenidade e sabedoria, a fim de que ele tenha mais chances de ser feliz e ter sucesso.

Portanto, estamos falando de utilizar as situações cotidianas para favorecer o desenvolvimento da Inteligência Emocional.

O que é isso?

Habilidades como resiliência, empatia, fluência de ideias, boa relação interpessoal, foco em solução de problemas. Cada vez mais, habilidades assim se destacam como diferenciais – principalmente para o mercado de trabalho.

A inteligência emocional nada mais é do que a capacidade de expressar emoções e construir relacionamentos.

Segundo Daniel Goleman, autor de best-sellers como “Inteligência Emocional – A teoria revolucionária que redefine o que é ser inteligente”, a sobrevivência e o crescimento de um projeto – seja ele profissional, acadêmico ou pessoal – não dependem apenas de conhecimentos técnicos, mas do modo como se lida com pessoas e emoções.

Vamos entender melhor isso:

Você certamente conhece pessoas que:

  • São tão perfeccionistas que não conseguem ser objetivas. Perdem tempo, não entregam resultado, sofrem e se preocupam mais do que deveriam porque precisam revisar cada vírgula,
  • São excessivamente tímidas e têm dificuldade para se relacionar com pessoas e trabalhar em grupo,
  • Não sabem se comunicar direito,
  • São inseguras e ansiosas e isso prejudica o desempenho numa prova ou no trabalho,
  • Ficam tão nervosas para falar em público que não conseguem ou não se desempenham bem.

Enfim, já deu para perceber que as questões emocionais afetam diretamente a capacidade técnica.

Você pode ser um excelente profissional, ter muita competência técnica, mas, se você não souber lidar com suas emoções, pode não desenvolver seu potencial máximo e ainda perder oportunidades por causa disso.

É justamente o que diz alguns estudos realizados na Universidade de Harvard, em que somente 15% dos nossos resultados estão ligados a nível de desenvolvimento técnico, enquanto os outros 85% estão ligados a questões de habilidades e atitudes.

E ainda, ser inteligente (QI) é um dos princípios para conseguir um bom emprego, mas são as habilidades emocionais que vão definir a permanência da pessoa na empresa e lhe garantir sucesso profissional.

A essência da inteligência emocional, então, é entender as emoções e sentimentos e usar isso racionalmente para melhorar nossas relações, seja no âmbito profissional ou pessoal.

Imagine manter a calma e a serenidade ficando livre do desespero quando acontece um problema no trabalho?

Além disso, analisar o ocorrido, pensar estrategicamente e achar uma solução. E, melhor ainda, depois do episódio, conseguir planejar processos que evitem as falhas ocorrerem novamente.

Quem não quer ser assim?

A boa notícia é que a inteligência emocional é uma habilidade que pode ser trabalhada e desenvolvida como qualquer outra.

A infância é considerada o melhor período para começar a ensinar e exercitar a inteligência emocional, uma vez que, o quanto antes forem estimuladas as habilidades que a envolvem, maior a possibilidade de se tornarem respostas naturais às situações e, principalmente, aos desafios.

Mas, como que a maneira que você educa seu filho pode favorecer o desenvolvimento da inteligência emocional?

Primeiro, eu vou te dizer o que não favorece o desenvolvimento dela:

  • Bater
  • Castigar
  • Punir
  • Humilhar
  • Chantagear
  • Ser permissiva

Qual criança você acha que está desenvolvendo inteligência emocional? A que, quando derruba um copo de água, vê a mãe furiosa, chamando-a de desastrada? Ou a que percebe que errar não é um problema e que limpa a sujeira que fez?

A criança que é obrigada por seus pais a emprestar o brinquedo para o amiguinho ou a que tem a opção de não fazê-lo e ainda refletir sobre como o amiguinho deve estar se sentindo?

E ainda, a criança que apanhou porque bateu no coleguinha ou a que entendeu que não se bate porque se está nervoso e ainda tem a oportunidade de fazer as devidas reparações com o colega?

Falando de exemplos sobre permissividade: será que a criança cuja mãe atende a todos os desejos dela, está desenvolvendo importantes habilidades emocionais?

Ou será que ela está aprendendo que o mundo deve servi-la?

E aquela criança cuja mãe faz tudo por ela – inclusive coisas que ela já poderia fazer sozinha, mas, por praticidade e agilidade (como vestir-se, comer, escovar os dentes, etc) a mãe faz por ela? Será que essa criança está aprendendo a se sentir capaz e confiante ou está aprendendo que é melhor alguém fazer por ela porque ela mesma não tem capacidade?

Eu poderia dar inúmeros exemplos, mas o fato é que você deseja criar filhos responsáveis, resilientes, honestos, compassivos, confiantes, corajosos e gratos (por exemplo).

Então você precisa saber que, desde os primeiros momentos da vida de seu filho, as decisões que você tomar como mãe vão ajudar a moldar o futuro dele. Cada decisão tomada pode nutrir ou desencorajar essas qualidades que você quer promover.

As crianças que desenvolvem um senso de importância e aceitação de si e dos próprios atos perante o mundo, reconhecem que devem valorizar a própria vida e buscam relacionamentos em que também são respeitadas.

Crianças que são ensinadas a entenderem a perspectiva da outra pessoa, desenvolvem empatia.

Ao desenvolver a autoestima e a empatia, as crianças se tornam capazes de responder de forma mais adequada aos problemas que aparecem em suas vidas. Eles tendem a se tornar adultos independentes, porque são mais seguros de si e têm habilidades para tomar as próprias decisões.

Sem receber punições rígidas, os filhos são ensinados a lidar com os próprios erros com mais responsabilidade. E ainda, com menos medo de falhar, tem mais ousadia para criar sem receio de ser julgados por si mesmos e pelos outros.

Profissionais que estudam o desenvolvimento infantil sabem que crianças com inteligência emocional apresentam rendimento escolar avançado, menores níveis de estresse e, ainda, maior capacidade de lidar com os desafios e de estabelecer relações positivas e felizes.

Além disso, os benefícios se estendem para a vida adulta, nos âmbitos pessoal, social e profissional.

Desse modo, pode-se dizer que os benefícios não se restringem ao momento em que os indivíduos são crianças. Mas, valem para toda a vida já que, em geral, os adultos mais bem-sucedidos, seguros e felizes tiveram uma boa educação das emoções.

Inteligência Emocional, portanto, não tem a ver apenas com sucesso profissional, mas com mais saúde mental e mais chances de ser feliz e ter satisfação com a vida.

A educação é mais do que ensinar a dizer “por favor” ou “obrigado” ou a se comportar bem. Educar é ensinar habilidades úteis para a vida e precisa ser pensada à longo prazo.

Será que você está ajudando o seu filho a desenvolver as habilidades que ele vai precisar futuramente para a vida pessoal, acadêmica e profissional?

Comece hoje mesmo a mudar sua maneira de educar!

Aproveite as situações do dia a dia para ensinar seu filho a ser paciente, a enxergar o ponto de vista do outro, a se acalmar antes de lidar com os problemas, a lidar com as consequências do que faz, a buscar soluções, a falar e conversar.


Se gostou desse post, aproveite para ler: “Preparação Emocional para a Maternidade” e “Um abraço para quem enfrenta o Luto Materno“.


Autor convidado: Mariana Miguel – Psicóloga da Maternidade – Instagram @psico.marimiguel

Crédito: Cortesia de Anastasia Shuraeva

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