Vamos falar de obesidade infantil e os estigmas por trás deste problema, pois os números estão crescendo de forma acelerada, mas temos que entender um outro lado também: o da criança.
Oi Mamães e Papais! Hoje vamos falar de obesidade infantil novamente, pois o número de crianças com problemas de peso segue aumentando.
Você sabia que “no Brasil, 9,4% das meninas e 12,4% dos meninos são considerados obesos, de acordo com os critérios adotado pela OMS para classificar a obesidade infantil?
No mundo, os dados mostraram que em apenas quatro décadas o número de crianças e adolescentes obesos saltou de 11 milhões para 124 milhões.” (Fonte: Ministério da Educação)
Julgamentos ofensivos, palavras duras, olhares preconceituosos de forma algum ajudam. Pelo contrário, logicamente. Isso apenas agrava os problemas futuros nesta criança.
Hoje, a Dra. Paula Pires – endocrinologista – vai falar um pouco desse estigma da obesidade infantil!
Confiram! Beijão!
Oi Mamães e Papais, vocês precisam entender o que é o estigma da obesidade infantil!
O estigma da obesidade ou “gordofobia” refere-se à associação preconceituosa de características de personalidade baseada no julgamento de uma pessoa por ter excesso de peso ou por ter obesidade.
É quando, só de olhar para uma criança com obesidade, já assumimos que ela come muitas comidas calóricas, que é preguiçosa, que os pais não cuidam dela direito ou até que ela tem algum problema mental.
E isso não necessariamente é verdade, visto a carga genética que a obesidade possui.
Por causa desse estigma, a criança com obesidade pode sofrer uma série de preconceitos, atitudes negativas e marginalização social. E isso pode prejudicá-la emocionalmente e contribuir mais ainda para o excesso de peso.
Por isso, escrevo esse texto para alertar a todos que possuem na família, crianças que lutam com o sobrepeso e obesidade, que as atitudes e as palavras importam muito nesses casos.
Estudos científicos mostram que a obesidade pode piorar apenas por conta do estigma por diversos fatores:
- Elevação dos níveis de hormônios que geram estresse, como o cortisol;
- Maior impulsividade na hora de se alimentar, o que gera ganho de peso;
- Maior insatisfação corporal e sensação de vergonha consigo mesmo;
- Distúrbios psicológicos, como depressão e ansiedade;
- Aumento da pressão arterial e do volume e quantidade de gordura visceral.
E como podemos combater esse problema?
Evite frases estereotipadas como: “Você precisa ter força de vontade!”, “Para emagrecer tudo que você precisa é fechar a boca e se movimentar!” ou “Meu filho é muito guloso.”
Evite também muitas cobranças e ficar falando de dieta e alimentação o tempo todo em casa! Isso pode gerar muita angústia e resultar em mais aumento do peso.
É importante o combate à discriminação por causa do peso e que o assunto seja tratado com respeito e seriedade.
A cobrança irreal para emagrecer pode ser muito prejudicial, por isso sempre procure uma equipe de saúde para te auxiliar.
Buscar reconhecer os reais fatores que levam a criança a engordar, sem preconceitos ou crenças erradas é fundamental para um emagrecimento saudável e sustentável.
É importante o reconhecimento pelos pais, professores, família e profissionais de saúde, da obesidade como uma condição multifatorial, envolvendo fatores que estão além do controle do indivíduo.
Essa linha de raciocínio também colabora para desconstruir os rótulos e os preconceitos que transpassam as pessoas com obesidade e para o seu tratamento adequado.
Por fim, se você gostou desse post sobre obesidade infantil, aproveite para ler também: “Obesidade infantil: devemos tratar com muita seriedade!”, “Transtorno de compulsão alimentar: o comer emocional” e “Setembro Laranja: Combate à obesidade infantil”.