Essa semana muitas escolas já recomeçaram as aulas e sabemos que agora volta o tal desafio da lancheira saudável! Quem aí também sofre com isso!?
Oi Mamães e Papais! Hoje viemos falar do “mal” que todos nós – ou quase todos – sofremos com a volta as aulas: o desafio da lancheira saudável! Rs…
Quem aí não fica quebrando a cabeça para não apenas fazer uma lancheira nutritiva, mas também gostosa e que as crianças vão amar e comer tudo!?
Nesse post, a Adriana Kachani – Nutricionista e parceira da Universidade do Bem-Estar –trouxe dicas incríveis, assim com uma tabela com ideias básicas para te ajudar a montar a lancheira do seu filho/a!
Então, confira abaixo!
As aulas recomeçam e com elas, o desafio de enviar um lanche diferente a cada dia, que seja nutritivo, adequado, gostoso e atrativo – para não voltar intacto para casa.
Lembro que fazia lancheiras muito legais para minhas filhas.
A certa altura, uma delas começou a voltar para casa com canetas, borrachas e um monte de coisas fofas. Dizia que ganhava das amigas.
Os objetos foram se multiplicando e resolvi ser mais firme para saber de onde realmente vinham.
Descobri que ela “vendia” o lanche para as colegas que não tinham uma lancheira tão bem recheada, seja por falta de competência da mãe ou excesso de zelo com a saúde dos filhos.
É isso. Às vezes, no intuito de sermos absolutamente nutricionalmente corretas, caímos no erro da lancheira sem graça. Assim também não adianta, não é?
O lanche volta para casa e seu filho corre o risco de ficar desnutrido ou perder o foco nos estudos. Afinal, comer no intervalo da aula tem principalmente a função de re-energizar.
Então, antes de preparar uma lancheira saudável e deliciosa, sugiro ter alguns utensílios:
- Lancheira escolhida pelo seu filho, mas que seja térmica e de preferência leve e de fácil limpeza
- Potes de tamanhos variados (com plástico livre de besfenol), que você encontra em lojas com produtos asiáticos em formatos super fofos. Caso seu filho seja mais velho, tem um modelo que encaixa potes de tamanhos variados formando uma torre, que é muito prático. Também é bom comprar um ou dois potes térmicos
- Placas de gelo em gel (para colocar na lancheira e deixar o alimento resfriado por mais tempo)
- Uma lousa ou agenda para anotar o cardápio da semana vigente. Fazer o cardápio facilita as compras, além de ser menos estressante na hora de montar a lancheira.
Agora vamos ao que interessa!
Como conseguir a mágica de alimentar de forma gostosa e sem exagerar nas quantidades?
Afinal, o lanche deve ser completo para fornecer energia e foco para o estudo, proteínas para o crescimento físico e desenvolvimento mental e ainda ter um monte de vitaminas e minerais.
Mas, na prática isso pode ser muita coisa para algumas crianças.
Gosto da regra de pelo menos um líquido e um sólido, e podemos aí considerar a fruta como líquido – muito superior ao suco, haja visto que possui mais fibras.
Quando a criança comer fruta, deve-se evitar o suco para não ser muita frutose. Nestes casos, beber água ou chá gelado é o correto.
Quanto ao cardápio, segue uma tabela com ideias básicas que você pode desenvolver melhor de acordo com o paladar de seu filho.
ENERGIA | PROTEÍNA | VITAMINAS E MINERAIS |
Pão: de forma, de queijo, bisnaguinha, wrap | Queijos em pedaços ou inseridos no sanduiche. As crianças gostam muito de mussarelas de búfala pequenas ou queijos de búfala em palitos | Frutas frescas ou desidratadas |
Bolo em fatias ou muffin (salgado ou doce) | Iogurte para beber ou em pote | Mini tomate ou mini cenoura |
Bolachas | Ovo de codorna | Geléia |
Milho na espiga ou de colher | Evite frios e/ou embutidos; prefira salmão defumado ou atum na lata com óleo | Pasta de amendoim ou de castanhas |
Tapioca | Omelete de forno cortadinho | Nozes, amêndoas, pistache, avelãs (para crianças mais velhas, que não se engasguem) |
Granola ou barra de cereais | Doce de leite | Doce de frutas |
O importante é que o lanche seja o menos industrializado possível.
Caso sua vida seja corrida e não tenha quem te ajude a preparar tudo em casa, procure comprar industrializados cujos ingredientes descritos no rótulo sejam todos conhecidos.
Evite corantes e conservantes, pois a longo prazo podem causar alergias.
Por fim, envolva sempre seu filho na organização do lanche: leve-o às compras, seja supermercado, feira ou sacolão.
Peça ajuda para cozinhar e embalar nos potes e lancheira, obviamente respeitando as limitações da idade.
Participar do processo produtivo faz com que ele se sinta seguro e orgulhoso do que está levando para a escola.
Seu filho vai valorizar mais o lanche e consumir com mais alegria!

SOBRE ADRIANA KACHANI
Instagram: @NutriKachani
Adriana é mãe de duas moças, Bianca 27 anos e Julia 24 anos, Nutricionista, MsC, PhD
- Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo
- Graduada em Relações Públicas pela Escola de Comunicações e Artes da USP
- Mestre e Doutora pela Faculdade de Medicina da USP
- Especialista em Nutrição Funcional pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo/ Valéria Pascoal
- Especialista em Fitoterapia Integrativa pela Faculdade Integrada de Araguatins
- Coordenadora da equipe de nutrição do Programa da Mulher Dependente Química do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP
- Autora de diversos livros: Nutrição em Psiquiatria, Como lidar com a seletividade alimentar na infância, Como lidar com o alcoolismo, Caixinha de atividades para melhorar a imagem corporal
Consultório: Fone – (11) 3511-3888; Endereço – Av. Pacaembu, 1962 – São Paulo, SP