Hoje vamos falar da dengue, pois o aumento de casos no Brasil está alarmante. Entenda os sintoma, como tratar, como prevenir e muitos mais!
Oi Mamães e Papais, você sabia que os casos de dengue aumentam entre os meses de outubro e maio!?
A dengue, uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, representa uma ameaça constante à saúde pública no Brasil.
Presente em todo o território nacional, a doença coloca em risco a população, especialmente durante os períodos chuvosos, quando a proliferação do mosquito aumenta.
Este texto se propõe a abordar de forma abrangente a dengue no Brasil, desde seus principais sintomas e sinais de alerta até as formas de tratamento, prevenção e a vacina disponível.
Através de informações precisas e atualizadas, buscamos conscientizar a população sobre a importância de medidas de controle do mosquito e de busca por atendimento médico precoce em caso de suspeita da doença.
Então, confira o texto escrito pela Dra. Elisabeth Fernandes – Pediatra e Reumatologista Infantil – e compartilhe com o máximo de pessoas para auxiliar nessa conscientização!
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A dengue é uma doença provocada por um vírus transmitido através da picada de mosquitos.
O mosquito Aedes egypti é o vetor responsável por transmitir o vírus da dengue, sendo o mesmo responsável também pela transmissão de outras doenças como chikungunya, zika e febre amarela.
Existem quatro variações distintas do vírus da dengue (DEN1, DEN2, DEN3 e DEN4). Por consequência, uma mesma pessoa pode contrair a doença até quatro vezes ao longo de sua vida.
Então, quais são os sintomas?
A dengue é uma doença aguda febril, assemelhando-se a diversas outras que comumente afetam crianças.
Os sintomas principais incluem:
- febre
- dor de cabeça, especialmente atrás dos olhos
- dores no corpo
- sensação de fadiga e mal estar
- diarreia
- vômitos
- manchas avermelhadas na pele – geralmente após o terceiro dia do início da febre
Em bebês, cuja capacidade de expressão verbal é limitada, a suspeita de dengue pode ser mais desafiadora.
Nesses casos, observa-se febre persistente, prostração ou irritabilidade intensa, choro fácil como se estivesse sentindo dor, e recusa da alimentação, diarreia e vômitos.
E quais são os sinais de alerta?
É crucial estar atento a alguns sinais de alarme que auxiliam na identificação de casos mais graves.
Crianças com suspeita de dengue que apresentem dor abdominal forte e persistente, vômitos recorrentes, sangramentos, tontura ou desmaio, e respiração rápida devem buscar assistência médica imediata.
Então, Como é tratada a dengue?
No tratamento da dengue em crianças, a febre pode ser controlada com o uso de paracetamol ou dipirona.
A utilização de AAS (ácido acetilsalicílico) e anti-inflamatórios como ibuprofeno é contraindicada, pois aumentam o risco de sangramentos. Além disso, é essencial incentivar a ingestão abundante de líquidos.
Como podemos prevenir a dengue?
Eliminar locais de água parada onde o mosquito pode se reproduzir é crucial:
- vasos de plantas
- sanitários sem tampa
- ralos sem tela protetora
- calhas e lajes
- caixas d’água
- baldes
- garrafas
- pneus
- água acumulada atrás de eletrodomésticos
Verificar e eliminar esses focos semanalmente é fundamental para evitar a reprodução do mosquito.
Então, medidas como o uso de telas protetoras nas janelas, mosquiteiros nos berços, roupas impregnadas com permetrina e o uso de repelentes na pele (adequados para crianças acima de 3 meses) também contribuem para a prevenção.
Existe vacina contra a dengue?
Sim, há uma vacina disponível para a dengue de vírus vivo atenuado liberada dos 4 aos 60 anos do laboratório Takeda.
Eficaz e segura para todos os tipos de dengue e indicada para as pessoas que nunca tiveram dengue e para quem já teve alguma vez dengue. São 2 doses com intervalo de 3 meses com proteção de 80 a 90% contra a doença, internações e mortes.
No momento o Ministério da Saúde comprou 5 milhões de doses dessa vacina e ela será oferecida de forma gratuita em determinadas cidades onde o surto é maior e mais grave, nesse momento apenas nos adolescentes de 10 a 14 anos.
Portanto, crianças e adolescentes fora dessa faixa etária e residentes em cidades que não estão na lista determinada pelo Ministério da Saúde, podem receber a vacina nas clínicas particulares.

Sobre a Dra. Elisabeth Fernandes (CRM 94686)
Instagram: @DraElisabethFernandes
Mãe, Pediatra e Reumatologista infantil
- Pediatra e reumatologista infantil pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
- Tem mestrado e doutorado em pediatria pela FMUSP e é membro da Sociedade Brasileira de Pediatria
- Divide seu tempo entre a maternidade, atendimento particular na Clínica Pediátrica Crescer em São Caetano e trabalha como professora no Curso de Medicina da Universidade São Caetano do Sul