sexta-feira, 24 outubro, 2025

De nós para o mundo! – por Priscila Rocha Leite

 

Escrevi há algumas semanas sobre o alívio com gosto de culpa que senti quando meus filhos voltaram às aulas neste ano. Estava tão mergulhada nos meus sentimentos que acabei me esquecendo que, para muitas mães, o começo do ano não representa a VOLTA à escola, mas sim, a primeira IDA.

 

Como 5 longos anos já me separam de ter levado meu filho mais novo à escola pela primeira vez, o sentimento que aquele dia me causou estava escondido. Mas não morto.

 

Basta fechar os olhos e tudo volta: a compra do uniforme, a empolgação de arrumar a mochila, o nó na barriga, o medo…

 

 

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Meus filhos, em geral, são bastante generosos no quesito provocar emoções fortes na mami. Cada um é de um jeito totalmente diferente do outro, então rotina por aqui é apenas uma palavra. Já tive que ficar 20 dias de castigo na salinha das mães, já ouvi “tchau, mãe, vai embora” no primeiro dia de aula, já escutei o grito de “mamãeeeeeeeee” do carro do outro lado da rua da escola, já fui ignorada e agarrada macaquinho-style…

 

 

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Em qualquer das situações, dentro de mim as mesmas sensações se repetiam.

 

Deixar o filho na escola, em qualquer idade, é, na minha opinião, o segundo corte umbilical. Muitos outros hão de vir. O primeiro já passou. Mas este é o único que fazemos à luz do mundo, com ambas as partes conscientemente atadas ao cordão e à revelia do sentimento da criança.

 

Salvas pouquíssimas exceções, criança nenhuma pede para ir para a escola. A gente matricula o filho porque acha que é o certo. Porque precisa. Porque alguém falou que assim deve ser. E porque assim o é. A história de que parimos os filhos para o mundo… Bem, não é só uma história. É fato.

 

 

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Assim como quando o homem pisou na lua, virar as costas e deixar seu filho com pessoas que não são da família é um gestico de nada, mas é um gigante passo em direção do que será. Sim, a vida assim será: a mãe caminhando para um lado, o filho para o outro. Ainda que eternamente juntos em coração, a vida inevitável e seguramente moverá cada um em direção ao que lhe cabe.

 

Resta-nos pedir a segurança de ter feito boas escolhas, plantado bem as sementes corretas e estarmos sempre na porta, de braços abertos, na hora da saída.

 

Hugs to all.

 

 

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Priscila Rocha Leite é colunista do Just Real Moms e escreve aqui toda semana. Para ler (ou reler) o post #16 da Pri, cliquem AQUI.

 

 

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4 COMENTÁRIOS

  1. AMEI esse texto!!!!! Priscila você conseguiu descrever exatamente o que eu sinto!!!! Parabéns!!! Quero que chegue semana que vem para ler o próximo! Rsrs Um Beijo Duda

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