Olá, moms!
No post de hoje a nossa colunista de psicologia Carla Poppa traz dicas para construir uma relação de confiança com os nossos filhos. Muitas vezes, a pergunta “Como fazer meu filho confiar em mim?” ronda a mente das mães. Saibam o que fazer para desenvolver esse sentimento nos pequenos!
Uma criança que sente que pode confiar nos seus pais, com o tempo, passa a assimilar a segurança que essa relação proporciona, ou seja, ela experimenta a sensação de segurança e confiança dentro de si. A pergunta “Como fazer meu filho confiar em mim?” passa pela cabeça das mães, mas muitas não sabem agir. Construir uma relação de confiança com seu filho, portanto, é o principal cuidado para ajudá-lo a se tornar uma criança segura! Confiram algumas dicas sobre como construir uma relação de confiança com seu filho para estimular que ele possa usufruir dessa sensação tão importante!
1. Quando seu filho estiver “tomado” por uma emoção, chorando ou gritando, por exemplo, com muita intensidade, antes de criticá-lo, tente acalmá-lo.
Esse cuidado é importante por dois motivos. Primeiro porque quando a criança está vivendo uma emoção com muita intensidade, nada do que os pais disserem será assimilado por ela. Ou seja, o momento em que a criança perde o controle das suas ações não é o momento ideal para lhe transmitir valores ou a necessidade de obedecer às regras. Isso só vai ser possível depois que ela se acalmar. E o segundo motivo é que a criança percebe que perdeu o controle das suas emoções e que está agindo de maneira impulsiva. Mesmo que ela não consiga pedir, nessas situações, ela anseia que alguém consiga ajudá-la a voltar a se sentir bem. Quando os pais conseguem deixar a frustração e irritação que o comportamento da criança pode provocar de lado e empatizam com o sofrimento da criança, oferecendo o apoio necessário para que ela se acalme, com o tempo, eles passam a ser vistos pela criança como alguém com quem “podem contar” nas situações em que precisam de ajuda. Ou seja, a criança não se sente sozinha, ela sabe que tem companhia para enfrentar seus problemas, lidar com seus sentimentos e compartilhar suas experiências!
2. Esteja presente (física e emocionalmente) na relação com seu filho!
Não dá para a criança sentir que pode confiar nos seus pais, se eles nunca estão por perto ou se estão sempre distraídos quando ela tenta conversar com eles. Para a confiança ficar cada vez mais fortalecida na relação, a criança precisa tanto de uma dedicação de tempo dos seus pais quanto de dedicação afetiva, ou uma presença “inteira” sem distrações. Isso quer dizer que é importante dedicar um momento do dia para ficar junto com a criança, ao lado dela, assistindo televisão ou fazendo uma refeição juntos, pois estes são momentos em que a criança pode compartilhar algo que seja importante. Nesses momentos, é importante deixar o iPad e celular de lado e olhar para a criança quando ela fala. A escuta atenta ao que a criança tem a dizer pode ser benéfica também para os pais. Nessas interações eles podem esquecer um pouco os problemas do dia a dia. A relação com as crianças têm esse poder!
Quando os pais precisam trabalhar muito e o tempo disponível para o filho é escasso, uma boa sugestão pode ser pensar junto com ele em um passeio simples, como ir até a padaria ou dar uma volta no quarteirão com o cachorro. Algo que possa ser feito com uma frequência semanal, por exemplo, para que a criança entenda que terá oportunidade de recorrer a alguém que lhe ofereça uma presença atenta e afetiva quando necessário.
3. Inclua (não quer dizer que precisa atender) e respeite as necessidades, desejos e sentimentos da criança nas decisões familiares.
Essencial para a questão “Como fazer meu filho confiar em mim?”. Esse cuidado vale para todas as idades. Se os pais decidem organizar uma viagem só para eles e deixam os filhos por alguns dias na casa dos avós, por exemplo; é importante compartilhar essa decisão com a criança, seja qual for a sua idade. Desde muito cedo as crianças têm a capacidade de entender o que lhes é dito. Esse cuidado é importante não só para que elas se sintam seguras nesses momentos em que os pais saem, sabendo que é uma situação temporária, como também para fortalecer a confiança na relação. Para entender porque esse cuidado é importante, tente se colocar no lugar de uma criança quando os pais a levam para a casa dos avós e não voltam para buscá-la. Passam-se dias e a criança, por não saber o que aconteceu, pode fantasiar que foi abandonada, que fez algo errado… Com o tempo, se essas situações se repetem, a confiança na relação pode ficar prejudicada.
No dia a dia, esse cuidado também é necessário, mesmo que não seja possível atender o que a criança deseja, como quando ela diz que quer voltar para casa porque esta cansada e os pais gostariam de continuar o passeio, por exemplo. É importante ouvir e respeitar a sensação da criança, propondo um combinado e dizendo que entende o cansaço da criança. Nesses casos, além da criança aprender a esperar para ter seu desejo atendido, a relação também sai fortalecida, pela experiência de respeito que a criança vivencia na companhia dos seus pais.
Carla Poppa é psicóloga formada pela PUC-SP, fez especialização em Gestalt Terapia pelo Instituto Sedes Sapientae. É Mestre e Doutoranda em Desenvolvimento Infantil na PUC-SP.
Atende em seu consultório, na Rua Dr. Veiga Filho, 350, em Higienópolis, crianças, adolescentes e adultos, onde também orienta pais em sessões individuais ou em grupo.
Para falar com ela, escrevam para: poppa.carla@gmail.com, ou acessem o site da Carla Poppa.
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Gostaria de saber um pouco sobre Ansiedade Infantil.
Especialmente diante de situações de espera.