Olá, meninas!
Esses dias estava conversando com meu marido sobre as crianças aprenderem a andar de bicicleta sem rodinhas. Imediatamente eu disse: “Isso é coisa de pai!” Acho que disse isso porque tenho uma lembrança muito clara do meu pai me ensinando a andar de bicicleta sem rodinhas. Aquela cena clássica dele empurrando a bicicleta, soltando sua mão (mas fingindo que ela ainda estava lá para me dar segurança), e eu andando sozinha toda feliz por ter conseguido! Mas depois fiquei pensando: Afinal, existem “coisas de pai” ou “coisas de mãe”?
Não sei qual é a razão, mas tenho a impressão de que as “coisas de mãe” são mais funções cotidianas. Talvez seja porque, na maioria das vezes, passamos mais tempo com as crianças do que os papais. Pensando nisso e fazendo um paralelo com as situações daqui de casa, acredito que são “coisas de mãe”, dentre muitas:
– Cuidar da higiene dos filhos (como dar os banhos, trocar as fraldas, escovar os dentes, pentear os cabelos).
– Cuidar dos nossos filhos quando estão doentes. Isso ninguém faz melhor do que nós, mães. As crianças mesmo querem muito mais a gente do que os pais quando a coisa aperta, é verdade ou não é?
– A manipulação de medicamentos eu também prefiro fazer para ter certeza de que está correta – coisa minha mesmo!
– Fazer penteados em meninas. Isso os pais simplesmente não sabem fazer, e quando tentam, geralmente, não acertam e temos que fazer tudo de novo!
– Ensinar boas maneiras e regras de educação: por favor, obrigado, bom dia, boa noite, cumprimentar as pessoas… Aqui em casa, sou eu que “pego” mais no pé dos filhos com os bons modos. Meu marido também ajuda, mas acho que muita coisa ele deixa passar…
– Organizar as coisas da escola, entender sobre o que é ensinado, ir às reuniões (apesar que neste caso meu marido geralmente me acompanha), bem como fazer a lição de casa. Todas essas coisas, as mães puxam para si.
Já as “coisas de pai”, pelo menos aqui em casa, são normalmente mais relacionadas à diversão, aventura, esporte ou até mesmo às broncas. Vamos lá:
– Ensinar a andar de bicicleta, para mim (não vou generalizar), é “coisa de pai”!
– Jogar bola é “coisa de pai”!
– Levar os filhos ao estádio de futebol também considero uma “coisa de pai”! A mãe pode até curtir futebol e ir junto, mas levar sozinha os filhos em um estádio, acho um pouco demais.
– Fazer “lutinha” com o filho homem!
– Desbravar florestas, enfrentar o mar…
– Dar “bronca”, principalmente quando a situação aperta e ficamos sem saída. O famoso “vou chamar seu pai” ou “espera seu pai chegar.” Sei que não é certo “vilanizar” a figura paterna, mas muitas vezes fico sem saída e uso deste expediente. Talvez porque a voz e a figura do pai seja mais forte e imponente, mas às vezes os gêmeos simplesmente não me obedecem, rsrs!
Pensando bem, tanto o pai quanto a mãe são igualmente responsáveis pelos filhos. Ou seja, apesar de existirem “coisas” que são preferencialmente de mãe ou pai, ambos devem se ver como um time, onde um complementa e ajuda o outro. O importante mesmo é o pai e a mãe se envolverem na vida dos filhos da melhor forma possível, seja a mãe ensinando a andar de bicicleta, seja o pai trocando fraldas ou levando e buscando na escola todos os dias. O fundamental é participar e estar presente, educando, brincando, ensinando e transformando nossos filhos em pessoas melhores, seguras, alegres e respeitosas!
Agora, se vocês pensaram em outras “coisas” que são de pai ou de mãe e que não estão nesta lista, dividam com a gente. Tenho certeza de que existem muitas outras e que iremos nos divertir muito com os comentários!
Mil Bjs
Queridas mamães e mulheres lindas,
aqui em casa, sou só eu e a minha filha, de 3,8 anos.
Sem ser de minha vontade, ou dela, fazemos parte situação que acomete a maioria das famílias: o lar sem a criação diária de pai e mãe.
Desde que vimo-nos nessa situação, não temos oportunidade de pensar bem o que é Coisa de Mãe e o que é Coisa de Pai.
Lendo seu post, pude sentir o AMOR em cada palavra . Sei que o post se referiu às habilidades, e não ao gênero, especificamente.
Para a tranquilidade de todos os lares que são como o meu, convido a todas para a reflexão de que, sempre que a gente consiga, não deixe transpassar e distinção de gênero para cada coisa, para cada função em casa e na vida. E que possamos estimular nossos parceiros a desenvolver as mesmas habilidades que nós, uma vez que podemos faltar de vez em quando, ou de vez. E vice-versa.
Mais: que possamos criar melhor nossos meninos de hoje, para que sejam pais que correm atrás de superar suas limitações e crenças, para que nossas filhas tenham mais confiança na educação e criação de seus próprios filhos com seus parceiros, no futuro.
A Livia, aqui nos comentários, nos disse que , curiosamente, é o pai que dá o banho. Seguindo seu raciocínio, quem tem mais facilidade/habilidade para determinadas atividades, que cuide bem, que presenteie seu filho com isso. Quando se tem os dois em casa, né?!rs
No meu caso, a oportunidade, a solução, é única: de fazer , eu mesma, e contando com as avós e o avô muito presentes, todas as coisas listadas acima, em seu texto, e todas as que não estão na lista. :)
E, sabem, tem uma coisa boa a respeito da minha realidade:
as crianças nos imitam em nossas opiniões e atitudes por boa parte da vida delas, não é mesmo?
Então devo acreditar que a minha filha será como eu, que invariavelmente vai botar a mão na massa na bicicleta, no banho, nas lutinhas, mesmo sem toda aquela habilidade! Sem realmente prestar atenção se o que faço é coisa de pai ou de mãe, mas sobretudo que todas as coisas sejam feitas com ela, e para ela, por quem está ao seu lado, por tudo, e desejosamente, para sempre.
Parabéns pelo seu site!
Com amor e carinho,
Babi Xavier
Que lindo Babi. Eu fui lendo o post e pensando e-xa-ta-men-te o que você escreveu no seu comentário. Minha realidade é diferente da sua, sou casada com o pai da minha filha e ele, assim como eu, trabalha e participa muuuuito da vida familiar e das tarefas com a nossa pequena. Têm coisas que as vezes sou eu que faço, as vezes ele; num momento ele está mais disponível, noutro sou eu… E assim vamos, sem tantas definições estabelecidas, apenas algumas, rs… Por aqui eu que ensinei a andar de bicicleta porque achei que eu ia curtir fazer isso, e assim foi; meu marido é quem supervisiona as lições da escola porque ele é melhor para ensinar que eu; alguns dias da semana ele que manda ela para o banho (porque ela já toma banho sozinha), noutros sou eu; às vezes quando não consigo levá-la numa festinha é ele quem tenta acompanhá-la, enfim… E tem uma coisa que você escreveu que eu concordo muito: às vezes, aqui em casa, também arriscamos (tanto eu quanto ele) fazer coisas que não sabemos fazer muito bem, e ainda assim é tão bom… As vezes é só por isso que é tão bom, né? Para dar lugar ao risco, ao novo, para colocar-se disponível para tentar… E acho, estou pensando isso aqui agora, que nossa disponibilidade de tentar fazer as coisas mesmo quando não somos os melhores nisso, pode ensinar à nossa filha, que amar também é dar aquilo que não temos, que não sabemos; portanto, amar também é deixar-se sair do comando e que poder correr o risco do fracasso é uma lição de vida, especialmente em tempos em que ninguém fracassa, já reparou??? Beijos, amo o blog também, descobri há pouco mas estou curtindo muito. Parabéns!
Muito legal o post! Mas aqui em casa, desde recém-nascidos, o banho é “coisa de pai”. Mas a bicicleta também é “coisa de pai”. Comigo não deu certo, e com o meu marido foi no primeiro dia… Vai saber qual é o segredo. Beijos!
Por incrível que pareça, penso igual…estas atividades que você listou são as que eu faço e o pai faz as demais relacionadas as brincadeiras, os dois têm papéis importantes no desenvolvimento da criança e dou muito mérito com honra aos que fazem os dois papéis!!! Gostei muito!!!