Uma dúvida muito comum hoje em dia é em relação a como a cirurgia de mama pode interferir com a amamentação! Confira abaixo!
Oi Mamães e Papais! Hoje vamos falar sobre cirurgia de mama e como ela pode interferir com a amamentação.
Já foi divulgado várias vezes que “o Brasil é o país com o maior número de realizações de cirurgias plásticas no mundo. Com aproximadamente 1.5 milhões de cirurgias ao ano, o país ultrapassa os Estados Unidos e o México, em segunda e terceira posição, respectivamente.” (Fonte: Portal Hospitais Brasil)
E ainda, que a cirurgia de implante mamário (silicone) é uma das cirurgias mais comuns.
Mas, hoje trouxemos a Dra. Larissa Sumodjo – Cirurgiã Plástica – para desmistificar a questão da interferência da cirurgia de mama como a amamentação.
No pos abaixo, ela detalha as 3 principais modalidades de cirurgias mamárias com foco estético e o impacto delas para as mulheres que planejam em serem mães.
Então, confira e se quiser compartilhar seu relato no final do post, adoraríamos ler!
A mama é um órgão glandular cuja função é produzir leite.

Para isso, ela é constituída por lóbulos que o produzem e ductos que o drenam até a porção central, a papila, por onde o bebê é alimentado.
Um procedimento que interfira de forma relevante com esta estrutura poderia então prejudicar a produção do leite.
E por conta disso, eu ouço: “Mas, eu vou poder amamentar?” de praticamente todas as mulheres que procuram por uma cirurgia mamária e ainda têm planos de ser mãe.
Para responder a esta pergunta, é importante sabermos o setor onde a glândula mamária será manipulada, bem como o grau dessa manipulação.
E assim, são três as principais modalidades de cirurgias procuradas pelas mulheres para melhorar a estética de suas mamas, bem como trazer conforto e autoestima para si:
#1 Inclusão de prótese de silicone
Nesse caso, a glândula é descolada como um todo da parede do tórax para acomodar o implante. Então, não viola a estrutura glandular e, sozinha, não interfere com a amamentação.
#2 Redução de mama
A quantidade de glândula que é removida nesta cirurgia é muito variável. Quanto mais esse volume é reduzido, entende-se que é maior a probabilidade de haver uma diminuição na capacidade de produção do leite.
#3 Cirurgia para levantar as mamas
O principal fator a ser considerado neste caso é a aréola. Quando ela se encontra em uma posição muito baixa, a manobra que fazemos para a elevarmos até a posição ideal pode comprometer a drenagem do leite pelos seus ductos.
Mas, quando digo que tal manipulação de tecido pode interferir com a amamentação, não estou dizendo que vá impedir o aleitamento, e muito menos que ele não deva ser estimulado.
O mais importante é entender que a indicação de uma cirurgia que pode trazer tal prejuízo deve ser feita com cuidado e de forma individualizada.
Então, ponderamos o impacto do resultado do procedimento na vida daquela mulher, o tempo planejado para uma eventual gravidez (se é que esse planejamento sequer existe) e o próprio entendimento individual de uma possível dificuldade lactacional.
De forma resumida, eu entendo que quando estamos falando de uma provável gestação em um futuro nem tão próximo – e isso é relativo, mas entendo que acima de 5 anos – e nos deparamos com alguém que apresenta um importante grau de insatisfação ou até mesmo sofrimento por alguma questão mamária, a cirurgia faz bastante sentido.
Então, a transparência tanto da paciente quanto do cirurgião plástico ao avaliar a indicação cirúrgica nesses casos é fundamental para trazer tranquilidade para a mulher, bem como assegurar um possível procedimento bem sucedido.
Por fim, se gostou de desse post sobre como uma cirurgia de mama pode interferir com a amamentação, aproveite para ler também: “O tratamento da diástase de reto abdominal é obrigatório?”, “O formato do corpo muda depois da gravidez?” e “A cicatriz da cesárea é um problema sem solução?”.

SOBRE A DRA. LARISSA SUMODJO (CRM124749-SP)
Instagram: @DraLarissaSumodjo
Mãe de dois, é médica Cirurgiã Plástica pela Universidade Federal de São Paulo, e em constante busca de propagar a cirurgia plástica mais consciente!
É membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e ainda é chefe de equipe de reconstrução mamária do programa de filantropia do Hospital Sírio Libanês.