Não existe uma mãe que não pense que poderia ser uma mãe melhor, mais presente, mais atenciosa, né? Mas mamãe, calma, você não é a mulher maravilha!
Oi Mamães, hoje trouxemos uma mamãe amiga para desmistificar essa imagem de mulher maravilha que provavelmente todas vocês devem “idealizar”.
Essa nossa amiga e colunista, Karina Godoy, trouxe um relato pessoal muito bacana e traz uma conclusão que vai tranquilizar os nossos corações e expectativas.
Como a Ka sempre fala: Calma, você não é a mulher maravilha! (E nem precisa ser!)
Há dois meses eu quase perdi minha mãe para uma Pneumonia grave.
Foram dias de UTI e me bateu medo. Ali eu deixei de ser a mãe da Maitê por alguns dias para ser filha da minha mãe.
Nada mais era importante, eu queria morar no hospital para ter notícias. Tive crise de ansiedade e junto veio a sensação de que a gente não tinha feito tudo que eu gostaria, que precisávamos de mais tempo.
Esse mesmo tempo que escorre pelas mãos quando a gente se torna mãe. A cada piscar de olhos a criança vai crescendo e você tentando encontrar seu lugar ao sol.
Eu estava me cobrando como filha, porque desde que a Maitê nasceu eu sempre estou equilibrando pratinhos e, obviamente, falhando com outras relações. Porque nasce um filho, nascem outras prioridades, na maioria das vezes envolvendo a criança.
Parece que nada é mais importante do que ser uma excelente mãe. Falhar como mãe é doído.
Dai eu respiro e lembro: Calma, você não é a mulher maravilha, Karina.
Mas a gente se esquece tanto disso, né?
Assim como a minha mãe me deu tudo, abdicou de várias coisas para estar comigo, por que 40 anos depois isso seria tão diferente?
Acredito que agora seja até mais difícil, porque temos mais informação, cobranças e seguimos tentando lidar com essa síndrome de mulher-maravilha que, no final das contas, a gente sabe que existe só no imaginário, nos quadrinhos e passa muito longe da nossa realidade.
Digo que vai ter um dia em que serei uma mãe incrível e em outros mais ou menos, numa outra oportunidade vou arrasar como amiga, depois uma profissional excepcional, no outro dia serei uma filha mais do que presente, e assim vai.
Mas, não tem como ser excelência em tudo e com todos ao mesmo tempo.
Quando a gente entende que um pratinho pode cair no chão, que amanhã será um outro dia e que está tudo bem, é como se aquela pose da mulher-maravilha com as mãos na cintura fizesse sentido. Isso aí, sim, é maravilhosa.
A gente precisa se aceitar mais, se cobrar menos. Essa sobrecarga em estar sempre lá no futuro, atropelando o presente, é injusto demais com a nossa saúde mental.
Observe os sinais que seu corpo dá e respire, respeite…! Tenha o tempo como seu aliado, não corra com ele.
Assumir fraquezas é o faz parte da nossa virada, porque de guerreira não temos nada.
Seja mais tolerante com você, se permita ser humana. Porque você não é a mulher-maravilha, mas é muito maravilhosa!
Por fim, se gostou desse post, aproveite para ler também esses dois relatos de mães: “Ser Mãe é se colocar em segundo plano?” e “Terapia Infantil – Seu filho também precisa?”.