quarta-feira, 10 setembro, 2025

Bullying: Como identificar e combater esse tipo de agressão?

A chegada do Dia Escolar da Não Violência e da Paz, em 30 de janeiro, é a oportunidade ideal para falarmos de um problema que afeta a vida de muitas crianças: o bullying. Então, como identificar e combater esse tipo de agressão?

Just Real Moms Bullying Como Identificar por Twinkl

Nem sempre é fácil identificar o combater o bullying e vamos a equipe da Twinkl o porquê.

Chamada de cyberbullying em sua versão online, a atitude se caracteriza, principalmente, como um comportamento deliberado que é feito para magoar ou perturbar alguém por um período contínuo de tempo.

É claro que mães e pais têm o desejo de proteger seus pequenos de qualquer tipo de abuso, mas no caso do bullying, isso nem sempre é fácil.

Explico o porquê: primeiro, ainda existem muitas pessoas que confundem essa agressão, que pode ser física ou verbal, com as brincadeiras e implicâncias normais da infância. E, embora essas brincadeiras inofensivas de fato existam, elas são diferentes do bullying.

Este último tem a característica de ser repetitivo e de intencionalmente causar estresse emocional à vítima – normalmente, o agressor sabe que está fazendo mal, ou seja, é diferente de uma briga pontual.

Além disso, o bullying envolve uma relação de poder, já que a criança que o pratica em geral é percebida como mais forte, maior ou mais popular.

Se há décadas atrás esse comportamento agressivo já existia, mas não era caracterizado e definido como é hoje, atualmente há um novo meio pelo qual o bullying acontece.

Quando esse tipo de situação ocorre por meios digitais, é conhecido como cyberbullying.

Entre os exemplos mais comuns de cyberbullying estão espalhar mentiras ou compartilhar fotos constrangedoras de alguém nas redes sociais, enviar ameaças ou conteúdo que humilha pelas plataformas de mensagens e se passar por outra pessoa para enviar mensagens maldosas aos outros em seu nome.

E o número de jovens que já passou por isso é assustador.

Segundo a pesquisa TIC Kids Online Brasil 2017, do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic), 41% dos usuários de Internet entre 9 e 17 anos declararam ter visto alguém ser discriminado ou sofrer algum tipo de preconceito na internet.

O estudo afirma ainda que 22% dos jovens usuários disseram ter sido tratados de maneira ofensiva online.

Os tipos de discriminação mais citados foram por cor ou raça (24%), por aparência física (16%), por gostar de pessoas do mesmo sexo (13%), por religião (10%) e por ser pobre (8%).

É pelo fato de ser um problema tão disseminado que precisamos nos informar e conhecer as ferramentas que servem de auxílio.

No Brasil, existe a Lei 13.185/2015, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática (bullying) em todo o território nacional.

Ela caracteriza o bullying, entre outras coisas, como ataques físicos, insultos pessoais, ameaças e isolamento social consciente e premeditado.

Também classifica o bullying em oito eixos (verbal, moral, sexual, social, psicológico, físico, material e virtual). Estabelecer que é dever das escolas e clubes “assegurar medidas de conscientização, prevenção, diagnose e combate à violência e à intimidação sistemática”.

Adicionalmente, vale ressaltar também que por vezes o próprio agressor tem esse comportamento por estar passando por dificuldades emocionais.

É possível que ele esteja enfrentando problemas com os quais não sabe lidar e, por isso, tente descontar a frustração naqueles que identifica como mais vulneráveis.

Essa criança também deve receber uma atenção especial, não apenas para que pare com o comportamento de bully, mas também para que as causas disso sejam reconhecidas e resolvidas.

Por último, uma questão mais pessoal que dificulta a identificação de um caso de bullying é o fato de ser bastante comum que a vítima não fale sobre o assunto, seja por medo ou vergonha.

Por isso, é importante que os responsáveis saibam reconhecer os sinais de que algo não anda bem.

Como saber se meu filho está sofrendo bullying?

  • Observe e conheça o comportamento da criança. Fique atento caso seu filho ou filha esteja indo pior do que o normal na escola;
  • Repare também se a criança parece ter se isolado dos amigos e da família. Se ela está com o humor alterado negativamente ou se passou a ter pesadelos;
  • Outro sinal é seu filho ficar frequentemente angustiado depois de passar um tempo online ou no telefone celular (sem uma explicação razoável);
  • E também tornar-se excessivamente reservado, especialmente quando se trata de atividades online.

Como prevenir que meu filho sofra ou faça bullying?

  • Eduque seus filhos sobre o bullying. Explique o que é e ajude-os a identificar os sinais do problema, seja com eles mesmos ou quando ocorre com colegas;
  • É fundamental que os pais exercitem uma relação de confiança e mantenham sempre um diálogo aberto com as crianças e com os adolescentes. Eles precisam se sentir seguros para expor a situação que estão passando;
  • Reforce a autoestima do jovem. Estimule-o a se desenvolver, a tentar coisas novas e a fazer o que gosta. Ao se envolver em atividades que o interessam, seu filho vai conhecer outras pessoas com os mesmos gostos;
  • Dê o exemplo: mostre qual é a maneira correta de tratarmos uns aos outros. Seja educado, simpático e prestativo. Você é o modelo no qual os pequenos se espelham;
  • Se o seu filho falar sobre algo que o deixou desconfortável, não ria, mesmo que pareça uma situação boba para você. Lembre-se que se trata de uma criança e que o desdém por parte dos adultos pode aumentar a aflição e a sensação de isolamento.

Ah, vamos deixar aqui uma última dica bacana: a Unicef reuniu uma lista com os endereços para denúncia de abuso e acesso a recursos de segurança nas principais redes sociais.

Por fim, vale a pena dar uma conferida e, se necessário, entrar em contato.

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Texto: equipe de redação Twinkl
Fontes: Unicef, Unicef 2Governo FedralCetic – Global Kids Online

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