Agora que já estou com o meu filho mais novo quase virando um mocinho (6 anos!), consigo enxergar com mais clareza de que material era feito o medo que tanto senti quando eles nasceram. Era o medo de ser tudo para outra pessoa.
Tenho um irmão que é veterinário e ele sempre diz que o filhote humano é o filhote mais incompetente da natureza. Se um filhote de cachorro é abandonado à própria sorte, há o risco de morrer, mas há grande probabilidade que, de alguma forma, sobreviva: ele anda, já tem instintos aguçados (que só vão se aprimorar ao longo dos anos) e come o que vier pela frente, já que em poucos dias estará abastecido de dentinhos. Arrisque abandonar um bebê humano. Morte certa.
Esse negócio de ter que alimentar, banhar, trocar, cuidar, ninar, beijar, amar, limpar de novo, alimentar de novo, olhar se não engasga… Afe! Que medo! Claro que a gente conta com a ajuda de muita gente mas, em última instância, o instinto grita e a gente no fundo sente (certo ou não) que se algo der errado… erramos.
O medo de não dar conta. O medo da culpa. A culpa de ter medo.
Só há pouco tempo consigo dormir em relativa paz, sem pensamentos terríveis de bebês que páram de respirar em seus berços ou de bebês esmagados se colocados para dormir com a gente. Ainda assim, confesso que, nesta noite mesmo, sonhei que trocava a fralda de um bebê com os olhos muito azuis. Ou seja, as pequenas criaturinhas ainda povoam meu subconsciente. Talvez para sempre. Mães reais são mães, eternamente.
Hugs to all.
Priscila Rocha Leite é colunista do Just Real Moms e escreve aqui toda terça-feira. Para ler (ou reler) o post #11 da Pri, cliquem AQUI.
Não é nada fácil se sentir tão responsável por alguém. Eu me apavorei quando cheguei em casa com meu filho nos braços…senti-me muito incapaz de cuidar de uma criaturinha tão frágil. Hoje, 2 anos depois desse primeiro pavor, sinto-ma bem mais segura em relação à maternidade. Mas, é um processo que exige calma, paciência e consciência de que o aprendizado jamais termina!
Gente, minha filha só tem 15 dias e desde que ela veio para casa passei a ter medo de tudo! Pensamentos horríveis simplesmente aparecem na minha cabeça. Bom saber que é normal e eu não sou uma neurada, hahaha.
Dé!! Pode ficar tranqüila que definitivamente nao é só na sua cabeça!!! Hahahaha!! Fofa, já completou 15 dias? Mil bjsss
Uau, essa frase diz tudo! Parabéns pelo texto!
“Era o medo de ser tudo para outra pessoa.”
Estou ficando viciada em ler esse blog viu! rs
Oi Denise!!! Melhor frase mesmo!!!!! A Pri escreve MUITO!!!! Continue viciada please!!!!!! AHahahah!! Mil Bjsss
Adorei esse texto!! A Priscila falou tudo do que eu sinto e mais um pouco!!! Parabéns Priscila e meninas do blog, vocês sempre nos ajudam com todo tipo de coisa! Beijos
Oi Duda!!! Eu adorei esse texto tmb!! Sou muito cheia de medos, acho que toda mãe, né?! A Pri manda muito bem nos textos, um melhor do que o outro!! Obrigada pelos elogios ao blog e continue sempre com a gente!!! Mil bjsss
Fê, o de afogar nunca me ocorreu. Vou colocar na lista. E vou cogitar de textos mais longos, mas é que acho que as pessoas em geral não tem tempo (ou paciência??) de ler. Beijo
Muito medo, e o medo de se afogar? Sonho direto, adorei o texto pena que estao cada vez mais curtos. Bj