Emojis, códigos secretos e grupos fechados: o que parece inofensivo pode esconder riscos sérios para crianças e adolescentes. Saiba como orientar e proteger.
Oi Mamães e Papais! Quem ai não ficou sabendo dos códigos nos APPs, grupos privados e emojis com duplo sentido que estão rolando entre os Adolescentes?
Você sabia que aquele emoji “inocente” usado em um grupo de WhatsApp pode esconder um significado perigoso?
Ou que existem códigos secretos circulando entre adolescentes para driblar a supervisão dos adultos?
O mundo digital fala uma linguagem própria — e muitos pais ainda não a dominam.
Este post, escrito pela nossa Colunista e Pediatra – Dra. Juliana Alves – é um alerta necessário sobre os riscos (muitas vezes invisíveis) que rondam crianças e adolescentes nos aplicativos e redes sociais.
Então, saiba como proteger seu filho no universo (nem sempre seguro) dos aplicativos e redes sociais. Vem com a gente!
A minissérie Adolescência, da Netflix, joga luz sobre um tema urgente: o uso de emojis, siglas e códigos em aplicativos como WhatsApp, Telegram, Discord e redes sociais. Apesar de retratar uma realidade britânica, o alerta serve — e muito — para nós, pais e mães, em qualquer lugar do mundo.
Esses códigos aparentemente inofensivos podem esconder conteúdos perigosos, como símbolos de misoginia, discursos extremistas, comportamentos violentos e até apologia ao nazismo.
Muitas vezes, essas mensagens circulam em grupos fechados, alimentando uma cultura de ódio e exclusão.
Um aplicativo que merece atenção especial é o Discord. Ele funciona como uma espécie de “sala de bate-papo” por convite, muitas vezes enviado através de jogos online ou vídeos no TikTok.
Crianças e adolescentes entram nesses grupos privados e, em alguns casos, são expostos a ameaças, pressões e conteúdos inapropriados.
Então, é importante lembrar:
A idade mínima para utilizar o WhatsApp é de 13 anos. Caso o aplicativo identifique que o usuário não tem essa idade, a conta pode ser suspensa.
No Brasil, estamos entre os países com maior tempo de tela por dia, perdendo apenas para a África do Sul. Cerca de 56% do nosso dia é passado em frente a alguma tela.
Esse dado é preocupante, especialmente quando lembramos da alta prevalência de transtornos mentais na adolescência, como ansiedade, depressão, automutilação e, infelizmente, até risco de suicídio. E sabemos: quanto maior o tempo nas redes sociais, maior o risco para a saúde mental.
Por isso, é fundamental que a gente oriente nossos filhos e filhas sobre os riscos e benefícios do uso das redes sociais e dos aplicativos.
Conversar sobre como bloquear contatos estranhos, identificar casos de bullying, reconhecer discursos de ódio, evitar o compartilhamento de fotos e vídeos pessoais e criar perfis seguros são conversas que não podem esperar.
Também é essencial que os responsáveis tenham acesso e conhecimento sobre os aplicativos e redes que seus filhos utilizam. Não se trata de invadir a privacidade, mas de garantir segurança e construir confiança.
E falando em confiança:
O principal caminho para proteger nossos filhos é através do vínculo e do diálogo. Ter um espaço aberto em casa para conversas sinceras, sem julgamentos, faz toda a diferença.
Por fim, para quem tem crianças menores, esse é o momento ideal para construir essa conexão — ela será o alicerce quando seus filhos crescerem.
Então, fique atenta, fique por perto. O mundo digital está cheio de oportunidades, mas também de riscos. E nenhuma tecnologia é mais poderosa do que a presença de um adulto que cuida, escuta e orienta.
Se gostou desse post da Dra. Juliana, aproveite e veja o vídeo abaixo explicando um pouco mais sobre esses códigos ocultos entre os adolescentes:

Sobre a Dra. Juliana Alves (CRM 112646)
Instagram: @DraJuAlves
- Pediatra e Neonatologista pela Faculdade de medicina da USP.
- Fez Pós-Graduação em Medicina Integrativa, Suplementação Pediátrica e Pediatria Integrativa. AFMCP pela IFM (The Institute for Functional Medicine).
- Tem título de especialista em Pediatria e Neonatologia, é membro da Sociedade Brasileira de Pediatria.