Olá!
Nós, mães (e pais), temos um instinto de superproteção.
Quando os gêmeos nasceram, eu mal deixava as pessoas me ajudarem a cuidar deles: eu dava todos os banhos (na época, eles tomavam dois por dia, ou seja, eu dava no total quatro banhos diários), eles iam brincar com outras crianças e eu ficava grudada o tempo todo, não os largava nem um minuto sequer.
Mas, aos poucos, percebi que isso não estava fazendo tão bem para eles socialmente. Eles não iam com muita gente e eu acabava até “travando” as brincadeiras deles.
Claro que a maior parte do tempo ainda fico muito com eles, mas em certos momentos acho que precisam de um pouco de liberdade. Eles brincam melhor com outras crianças quando não estou por perto, não ficam com vergonha, se soltam mais.
Enfim, eu recebi um texto por e-mail que fala sobre a “mãe desnecessária” e foi escrito pela psicanalista, pós-doutora e doutora em Psicologia Clínica, Márcia Neder, que achei superinteressante. É um ponto de vista diferente do que eu já havia lido e acho que tem muito fundamento.
Espero que gostem!
Mil Bjsss
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A boa mãe é aquela que vai se tornando desnecessária com o passar do tempo. Várias vezes ouvi de um amigo psicanalista essa frase, e ela sempre me soou estranha.
Até agora. Agora, quando minha filha de quase 18 anos começa a dar voos-solo.
Chegou a hora de reprimir de vez o impulso natural materno de querer colocar a cria embaixo da asa, protegida de todos os erros, tristezas e perigos. Uma batalha hercúlea, confesso. Quando começo a esmorecer na luta para controlar a super-mãe que todas temos dentro de nós, lembro logo da frase, hoje absolutamente clara.
Se eu fiz o meu trabalho direito, tenho que me tornar desnecessária.
Antes que alguma mãe apressada me acuse de desamor, explico o que significa isso.
Ser “desnecessária” é nã o deixar que o amor incondicional de mãe, que sempre existirá, provoque vício e dependência nos filhos, como uma droga, aponto de eles não conseguirem ser autônomos, confiantes e independentes.
Prontos para traçar seu rumo, fazer suas escolhas, superar suas frustrações e cometer os próprios erros também. A cada fase da vida, vamos cortando e refazendo o cordão umbilical. A cada nova fase, uma nova perda é um novo ganho, para os dois lados, mãe e filho.
Porque o amor é um processo de libertação permanente e esse vínculo não pára de se transformar ao longo da vida. Até o dia em que os filhos se tornam adultos, constituem a própria família e recomeçam o ciclo.
O que eles precisam é ter certeza de que estamos lá, firmes, na concordância ou na divergência, no sucesso ou no fracasso, com o peito aberto para o aconchego, o abraço apertado, o conforto nas horas difíceis.
Pai e mãe – solidários – criam filhos para serem livres. Esse é o maior desafio e a principal missão.
Ao aprendermos a ser “desnecessários”, nos transformamos em porto seguro para quando eles decidirem atracar.
“Dê a quem você ama:
Asas para voar…
Raízes para voltar…
Motivos para ficar…”
Dalai Lama
Fonte: Marcia Neder
Conteúdo exclusivo do site Just Real Moms.
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Tentando… filhas adultas já, moram no exterior, fiquei sozinha e não soube (não sei…) buscar meu próprio caminho. Muitas vezes me vejo nesse papel de superproteção perniciosa…
Então humildemente busco leituras que me ajudem a ser desnecessária. Gratidão 🙏
lendo esse texto pela primeira vez hoje, me foi apresnetado da reunaio pais e mestres de meu neto, me vi nesse texto e me vi sendo essa mae desnecessaria, fiquei orgulhosa de mim mesma.
Amei,Ouvi o testo na radio 9 de julho com o Pde Albery . Tenho uma filha com 15 anos,estava preocupada com tantos cuidados, Foi um grande apoio para mim .Obgd.
Simplesmente magnífico !
Texto totalmente verdadeiro. Desde q minha filha nasceu, sempre fui uma mãe totalmente presente , amiga e possessiva. Acho q por ser mãe e pai, por ter criado ela sózinha desde q nasceu, embora tenha uma mente totalmente aberta, não conseguia deixar de dominar minha filha, tomando por ela todas as decisões q a mim não cabiam. Desde amigos, namoro e carreira. Em tudo ela era dependente de minha opinião, e eu, cada vez mais super protetora, em vista de ela ter se tornado uma linda mulher . Após 30 anos desse meu domínio, ela decidiu fazer um intercâmbio na Europa, pela primeira vez por sua conta e eu, já bem convencida de que eu tinha q libertar minha filha para q ela tb se libertasse de mim, concordei totalmente e mudei meu comportamento sendo em primeiro lugar, a melhor amiga q torce pela sua felicidade. E foi assim q minha filha se trasformou em uma mulher madura, responsável e demasiadamente feliz.
Disse tudo!
Amar, ensinar, educar e deixa-los voar!
Esse é o verdadeiro amor que uma mãe possa dedicar a seu filho.
Marcia Mansur
Eu sempre tive este pensamento de que crio um filho para o mundo e ñ para mim,ñ quero dizer que sou ou fui desleixada como mãe,mas todos os dias ensino ao meu príncipe que tem 16anos que deve andar com suas próprias pernas,ñ eh fácil mais Deus eh a minha base e me sustentável para me segurar de pé.
Eu adorei este artigo,espero que ajude as mães que ainda ñ conseguem deixar de ser supermegaprotetoras… Bjhus ;-)